quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O Diabetes não é meu rotulo!

Diante das diversas situações onde muitas vezes nós que somos docinhos ficamos chateados e pela falta de informação muitas vezes as pessoas acabam rotulando por termos Diabetes. Em minhas pesquisas na net sobre este tema encontrei um texto do Dr. Mark Baron que fala sobre a não rotulação em relação ao diabetes. Não, é por que tenho diabetes que tenho que ser identificado por meu problema, vale a pena ler e refletir:
Confira na integra o texto:
Muitos acreditam que essa polêmica em torno do termo “diabético” não passa de uma questão desimportante, de ordem pessoal. A discussão não é nova.1 Além de debates a respeito, pesquisas já foram feitas e entidades internacionais têm divulgado seu posicionamento. Vejamos, então, qual a importância do assunto em pauta.
Recentemente, o repórter da área de saúde e bem-estar do U.S.News, Amir Khan, publicou artigo a esse respeito.2No subtítulo ele já dá o alerta, “tire a palavra com D do seu vocabulário quando se referir a alguém com diabetes”. No artigo, discute-se também o fato de existir um estigma de culpa relacionado ao diabetes, que é reforçado ao se usar o termo “diabético”. A educadora em diabetes Evan Sisson afirma: “referir-se a alguém como ‘diabético’ implica que ele não é nada mais do que a disfunção, é como se o diabetes o definisse como pessoa”. 2Ela alerta, também, que, ao usar o termo com uma criança, se está passando a ideia de que ela é diferente dos demais, o que fere sua autoestima.
O Prof. Dr. Micheal Bergman concorda que o uso das alternativas, como: “pessoa com diabetes” ou “ele/ela/você tem diabetes”, mantém a pessoa, e não a doença, em primeiro lugar.2 Assim, ao perguntar sobre a disfunção, propomos que se use “você tem diabetes?”, no lugar de perguntar se a pessoa é “diabética”.
O Dr. Bergman revela que quando fala com seus pacientes, nunca os trata por “diabéticos”, o que “torna muito mais fácil estabelecer uma relação que nos coloca no mesmo patamar”, diz. 2 Da mesma forma, pessoas com outras disfunções não gostam ou não gostariam de ser abordadas com o uso de adjetivos ou substantivos como: “asmático”, “canceroso”, “epilético” ou “aidético”.3,4
Apesar de “nem todos ligarem”, 40,7% admitem que se incomodam quando chamados de “diabéticos”.5 Adicionalmente, 25% das pessoas com diabetes tipo 1 no Brasil escondem a disfunção e 54,1% considerarem o diabetes a pior coisa que aconteceu em suas vidas.5 Portanto, deve-se entender que a maioria prefere ser referida e reconhecida por outras de suas características.
Levando tudo isso em consideração, as maiores entidades internacionais dedicadas ao diabetes, incluindo a American Diabetes Association (ADJ) e a International Diabetes Federation (IDF), não admitem o uso em suas revistas científicas (Diabetes Care, Diabetes, Diabetes Research and Clinical Practice, entre outras) do substantivo “diabético” para se referir às pessoas com diabetes.6
Assim, cabe a nós uma adequação de vocabulário que, além de permitir alinhamento com entidades internacionais, deixará o paciente mais à vontade, sentindo-se respeitado, e quem sabe até, em uma relação mais próxima com sua equipe de saúde, motivado a se dedicar mais ao tratamento.   

Referências
  1.     Barone, Mark. Diabético, uma palavra a ser eliminada! Disponível em:http://tenhodiabetestipo1eagora.blogspot.com.br/2012/09/diabetico-uma-palavra-ser-eliminada.html Acesso em: Fev. 2015.
  2.     Kahn, Amir. Why “diabetic” is a dirty word? U.S.News. Disponível em:http://health.usnews.com/health-news/health-wellness/articles/2014/12/10/why-diabetic-is-a-dirty-word Acesso em: Fev. 2015.
  3.     Labate, Claudia. Ninguém é a diabetes. Disponível em:www.facebook.com/TenhoDiabetesTipo1EAgora/photos/pb.368388199915711.-2207520000.1423141494./660861324001729/Acesso em: Fev. 2015
  4.     Grupo de Incentivo à Vida, Rede Nacional de Direitos Humanos em HIV e Aids (RNDH). Não para a palavra “aidético”. nº 4, maio de 1997. Disponível em:http://www.giv.org.br/ativismo/artigo03.htm Acesso em: Fev. 2015.
  5.     Publicado na Revista Diabetes, da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), em julho de 2012.
  6.     Barone, Mark. Diabetes: conheça mais e viva melhor. São Paulo: All Print Editora, 2014. 
Informações do Autor

Dr. Mark Barone
Doutor em Fisiologia Humana (ICB/USP)
Especialista em Educação em Diabetes (ADJ-IDF-SBD, UNIP e IDC)
Autor dos livros “Tenho diabetes tipo 1, e agora?” e “Diabetes: conheça mais e viva melhor”
e do blog www.tenhodiabetestipo1eagora.blogspot.com

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Primeiro Post do Ano "Preconceito Problema meu e seu".

Neste Primeiro poste do ano encontrei no site do amigo influenciador Pablo Silva um texto de sua autoria que fala sobre o preconceito. Achei interessante e resolvi republicar logo a baixo, sabemos que nós docinhos Tipo 1 muitas vezes somos olhados com olhares tortos e muitas vezes as pessoas não compreende o nosso problema de saúde. Mesmo estando em uma sociedade moderna ainda sofremos muito com o preconceito que existe muitas vezes pela falta de informação.
Espero que o Texto de Pablo Silva possa auxiliar e nós ajudar a refletir :
 
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Ou o mundo anda careta demais ou tudo está exalando PRECONCEITO.
Sabe, não precisa ter desenhado na testa a palavra que representa o preconceito que lhe atinge.
Olhem! A patrulha do politicamente correto está ali, pronta para defender com afinco aquele ponto de partida e gerar toda a polêmica necessária.
Claro, nos tempos do virtual, essa missão se torna muito mais fácil e os poetas da literatura urbana atacam e transbordando informações tendenciosas para que elas se tornem algo “viral”.
Lembro que nos tempos de criança, sofri uma série de situações, que hoje seriam facilmente traduzidas como bullying. Bem, naquela época eram apenas molecagens e tudo se resolvia.
Fico pensando se o preconceito foi introduzido em nosso cotidiano. Seria uma espécie de picada de mosquito da dengue. Contaminando e pulverizando informações deturpadas do dia a dia.
Não estou afirmando que ele não exista, mas acho que está tudo ultimamente em excesso.
Etnia, opção sexual, condição social e patologia. Tudo farinha do mesmo saco!
Ah! Mas qual bandeira estou levantando? A do respeito.
Por essas e outras, que não basta a queda de um governante, do fim da corrupção e dos problemas de um país. Precisamos muito mais de humanidade nesta nação.
E o diabetes entra como mais um coadjuvante nessa história. Será que precisa colar na testa ou no nosso cotidiano sofremos algum tipo de afrontamento. Aliás, será que diabético também é ofensivo pra você?
Na verdade precisamos de mais amor, cultura, respeito, dignidade e dias melhores!
Afinal diabetes não dá em poste, mas tem horas que parece, pelo descaso existente nela e situações que vivemos. Isso é um conceito péssimo!
Bem, confesso que pra mim ser diabético ou ter diabetes pouco importa nesse mar de hipocrisia e desrespeito.
Disponível em: http://www.eueabete.com.br/preconceito/