quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Como preparar a ceia de natal para diabéticos do jeito certo

 A época de reunir a família em volta da mesa e, para quem acredita, comemorar o aniversário de nascimento de Jesus Cristo é esperada mundialmente! Enfeites pela casa e nas ruas, presentes, décimo terceiro salário e outras atividades são aguardadas no famoso 25 de dezembro. Dentre elas, a grande ceia que é montada! Porém, a fim de cuidar da saúde, ceia de natal para diabéticos deve, sim, ser uma prioridade. Para resolver isso, a Saver Home preparou este artigo com dicas de nutricionistas e, claro, receitas deliciosas! Anote tudo e feliz natal!

Importância da ceia de natal para diabéticos

2019 12 10 Ceia De Natal Para Diabetico Como Fazer


A resposta é clara: quem sofre de diabetes, uma doença crônica, precisa seguir uma dieta regrada. Portanto, a ceia de natal para diabéticos elimina alguns alimentos perigosos e os substitui por opções melhores. Além de proporcionar uma noite confortável e saudável para quem sofre da doença, todos acabam aproveitando das vantagens de um cardápio mais leve. A seguir, listamos os alimentos proibidos, como fazer a troca e receitas do que não pode faltar na mesa de Natal.

Quais alimentos são proibidos?

  • Álcool, refrigerantes, sucos industrializados, café com xarope de milho e açúcar refinado;
  • arroz branco, massas em geral, carnes processadas, alimentos em conserva, produtos lácteos;
  • vegetais amiláceos por conta do índice glicêmico como ervilha, milho, batata, vegetais ricos em amido;
  • condimentos artificiais;
  • frutas com teor alto de frutose (melão, pêssego, banana) ou frutas enlatadas e secas.

Dicas rápidas para ceia de natal para diabéticos

  • Arroz branco pode ser substituído por arroz de couve-flor;
  • aposte em proteínas baixas em carboidratos (sementes, nozes, ovos e lentilhas);
  • inclua frango e carne vermelha;
  • receitas com frutas como maçãs e abacates;
  • medir, sempre, o nível de açúcar do diabético duas horas antes do consumo dos alimentos;
  • batata doce, legumes grelhados/assados/cozidos à vapor e couve;
  • peixes e mariscos.

Anote as receitas!

Rabanada

Separe: 1 gema, 3 claras, ½ xícara (chá) de leite desnatado, 4 colheres (sopa) de adoçante dietética em pó, 1 colher (chá) de essência de baunilha, 1 colher (sopa) de óleo e 8 fatias grossas de pão específico para rabanada;

Polvilhe: 1 colher (café) de canela em pó, 1 colher (sopa) de adoçante em pó e 2 colheres (sopa) de leite em pó desnatado;

Faça: bata a gema e claras de forma ligeira e misture com leite, adoçante próprio para forno e fogão e baunilha. Após, mergulhe as fatias de pão, afogando-o completamente. Separe metade do óleo em uma frigideira e grelhe 4 fatias de pão, cada uma em sua vez, até dourarem os dois lados. Por fim, polvilhe canela misturada com adoçante e o leite em pó.

Lombo

Separe: carne e 1 kg de lombo de porco magro;

No tempero: 2 dentes de alho amassados, 1 xícara (chá) de cerveja preta, 1 colher (chá) de sal, 1 pitada de pimenta-do-reino e 1 colher (sopa) de farinha de trigo;

No recheio de farofa: 1 cebola picada, 2 colheres (sopa) de óleo, 2 bananas da terra picadas, 2 xícaras (chá) de farinha de milho, 1 colher (café) de sal e 4 folhas de couve.

Faça: comece abrindo a lateral do lombo até formar uma bolsa – lembre-se de não separar as partes. Misture o tempero sem a farinha em uma bacia e deixe o lombo de molho por uma hora. Para fazer a farofa, refogue a cebola no óleo e acrescente a banana. Assim que começar amaciar, borrife água na farinha de milho e coloque nas bananas. Após mexer, tempere com sal e deixe em reserva. Passada uma hora, retire o lombo e, em sua cavidade, insira folhas de couve escaldadas e farofa por cima. Com palitos, feche o lombo e costure. Para finalizar, insira em uma assadeira e jogue calmamente o tempero e cubra com papel alumínio. Leve ao forno (180ºC) por uma hora. Depois, retire o papel alumínio e deixe dourar por mais vinte minutos. Para compor o prato, dissolva farinha de trigo em 1 xícara (chá) de água e deixe engrossar na assadeira e coloque sobre o lombo.

Nutrição domiciliar para pacientes com diabetes

Para uma ceia de natal para diabéticos mais adequada, consulte sempre um nutricionista. Exclusivamente para pacientes diabéticos, o serviço de nutricionista domiciliar da Saver Home é altamente indicado. O profissional identifica as urgências e oferece as soluções precisas! Entre em contato conosco e solicite já o orçamento!

Agora que já sabe como montar uma ceia de natal para diabéticos, estenda seu conhecimento com outros artigos do nosso blog. Por lá, já falamos sobre dieta via oralintolerância alimentaralimentos essenciais para idosos e muito mais!

Fonte:https://saverhome.com.br/ceia-de-natal-para-diabeticos/

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

GADA (Grupo de Amigos Diabéticos em Ação) realiza mais uma edição Dia Mundial do Diabetes em parceria com a Estratégia de Saúde da Família do Mutirão I.

 GADA (Grupo de Amigos Diabéticos em Ação) realiza mais uma edição Dia Mundial do Diabetes em parceria com a Estratégia de Saúde da Família do Mutirão I.

Na manhã dessa quarta-feira, ocorreu a 10° Edição do Dia Mundial do Diabetes em Cajazeiras pelo Grupo de Amigos Diabéticos em Ação e Estratégia de Saúde da Família do Mutirão I.

O Grupo de Amigos Diabéticos em Ação (GADA), se preparou para mais uma edição do Dia Mundial do Diabetes, no ano de 2021. A Ação ocorreu com o apoio da Estratégia de Saúde da Família do Mutirão I e da Secretaria Municipal de Saúde de Cajazeiras.

A ação contou com o patrocínio da empresa Novo Nordisk, com exigência do uso de máscara e respeitando os protocolos sanitários em razão da pandemia da Covid 19.

O que não pode deixar de ser mencionada, é o comprometimento e carinho do Médico Olivandro que vai além de hierarquias da profissão. Ele olha seus pacientes com zelo, como família.

O Escalda-pés do cuidado é uma proposta que busca, não apenas uma avaliação clínica dos membros inferiores de pacientes com Diabetes, mas proporcionar um intervalo de relaxamento, auto cuidado e escutar dúvidas e por vezes propormos a melhor forma de observar o ser humano como um todo.

Com a isso e outras ações que visam o cuidado minimamente integral em saúde, @esfmutirao1 e a comunidade, partilham de ações que acontecem de forma sistemática e pautadas nas reais demandas de saúde. Tanto na @esfmutirao1 como @olivandroduarte divulgamos nosso bom serviço, não como estratégia de marketing, mas oportunidade de ampliarmos Caminhos Possíveis.

Na oportunidade, também parabenizar Ronaldo Rodrigues pelo excelente desempenho e comprometimento no GADA. Sua luta é importante e seu valor é grandioso.

Confira no link: http://canalnoite.com.br/galeria.php?id=3967&t=10-edicao-do-dia-mundial-do-diabetes-

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

10° Edição do Dia Mundial do Diabetes será realizada em Cajazeiras pelo Grupo de Amigos Diabéticos em Ação e Estratégia de Saúde da Família do Mutirão I. Confira!

 

O Grupo de Amigos Diabéticos em Ação (GADA), se prepara para mais uma edição do Dia Mundial do Diabetes, no ano de 2021 será sua 10° edição.

Ação acontecerá com o apoio da Estratégia de Saúde da Família do Mutirão I e da Secretaria Municipal de Saúde de Cajazeiras.

Será no dia 24 de Novembro (quarta-feira), com inicio previsto para as 8:00 horas da manhã com oferta de serviços.

A ação conta com o patrocínio da empresa Novo Nordisk, será aberta ao público, com exigência do uso de máscara e respeitando os protocolos sanitários em razão da pandemia da Covid 19.





quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Novembro Diabetes Azul • 2021


 

CAMPANHA PELO DIABETES: NOVEMBRO DIABETES AZUL


 

CAMPANHA PELO DIABETES: NOVEMBRO DIABETES AZUL

 A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, através do Departamento de Diabetes e a Comissão de Campanhas, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Diabetes* realizam ao longo de novembro uma série de ações pelo mês do Diabetes – chamado de Novembro Diabetes Azul.

Serão publicadas informações no site e nas redes sociais da SBEM, compartilhando também informações das Regionais, e de atividades em conjunto pela data da Sociedade Brasileira de Diabetes.dia mundial do diabetes

O tema central do Dia Mundial do Diabetes, definido pela International Diabetes Federation e seguido por todas as afiliadas no mundo, faz uma homenagem aos enfermeiros, que são profissionais de saúde na linha de frente para a Covid-19: Enfermeiros Fazem a Diferença.

Segundo os organizadores da campanha, a informação será, mais uma vez, a chave para divulgação. Para isso, serão usadas as redes sociais das duas Sociedades – SBEM e SBD – e das Regionais para compartilhar conteúdo que seja útil às pessoas com diabetes.

No dia 6 de novembro, o Dr. Rodrigo Moreira e Dr. Augusto Malerbi, respectivamente presidentes da SBEM e da SBD, falarão sobre a campanha. Os conteúdos em vídeos das Regionais serão publicados, também, no Diabetes Play, uma plataforma criada para a campanha 2020.

As Regionais estão publicando mensagens sobre diabetes e enviando vídeos , ao longo do mês, para serem incluídos no canal do Youtube da SBEM Nacional.

Estão programadas informações para novembro, relativas ao D-Foot International (DFI), com foco na prevenção e cuidados com o Pé Diabético. Serão atividades online de debates científicos, além da divulgação do mais recente Guideline do International Consensus on the Diabetic Foot sobre o tema.

Fazendo a Diferença

Logo no lançamento da campanha, no dia 1 de novembro, a reação do público foi muito boa, com a valorização dos enfermeiros no acompanhamento de pessoas com diabetes.

O tema da Campanha reforça que os enfermeiros desempenham um papel vital às pessoas com diabetes para compreender a sua condição e como viver com ela. A mensagem fortalece também que é preciso mais educação e condições financeiras para permitir aos enfermeiros apoiarem as pessoas que vivem com diabetes.

  

*Dra. Hermelinda Pedrosa, presidente do Departamento de Diabetes da SBEM Nacional; Dra. Mariana Guerra e Dra. Carolina Ferraz, da Comissão de Campanhas da SBEM Nacional; Dr. Domingos Malerbi, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.

domingo, 24 de outubro de 2021

CÂNCER DE MAMA E DIABETES, UMA RELAÇÃO COMPLICADA

 


Um estudo realizado no Canadá mostrou uma forte ligação do diabetes com o câncer de mama em estágios mais avançados. A pesquisa foi feita pelo Institute for Clinical Evaluative Sciences (ICES) and Women’s College Hospital, em Toronto e publicado no Breast Cancer Research and Treatment.

De acordo com os resultados, mulheres com câncer de mama, portadoras de diabetes, são significativamente mais propensas a apresentar câncer de mama em estágios mais avançados quando comparadas a mulheres que não têm diabetes. Mulheres diabéticas têm 14% a mais de chance de apresentar tumores em estágio II, 21% em estágio III e 16% em estágio IV.

Além disso, o estudo mostrou que mulheres portadoras de diabetes apresentam um alto risco de desenvolver metástases nos linfonodos e tumores maiores que as mulheres não diabéticas. Tumores em estágios mais avançados são mais difíceis de tratar, por isso estão ligados a alta mortalidade. O estudo mostrou ainda que o risco é maior ainda em mulheres jovens e naquelas portadoras de diabetes há bastante tempo.

Os pesquisadores acreditam que níveis elevados de açúcar no sangue possam incentivar o crescimento de células cancerosas, por isso o controle rigoroso do diabetes é fundamental para prevenir o câncer de mama, assim como outras complicações da doença.

Esse estudo é muito importante e traz um alerta para as mulheres diabéticas, que devem avaliar junto ao médico um acompanhamento mais regular da saúde das mamas.


fonte: https://silviobromberg.com.br/entenda-melhor-relacao-diabetes-com-o-cancer-de-mama/


sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Grupo Gada inicia parceria com secretarias de educação do alto sertão para execução de projeto de fortalecimento de educação em diabetes em cidades sertanejas. Confira!

 


O Grupo de Amigos Diabéticos em Ação (GADA), iniciou parceria com as Secretarias de Educação dos municípios de Joca Claudino, Monte Horebe, Carrapateira e Bernardino Batista, a parceria objetiva oferecimento de capacitação com a temática da diabetes tipo I, direcionada aos professores que atuam na rede municipal de ensino.

Segundo o Presidente do Gada, Ronaldo Rodrigues a parceria tem como foco fortalecer a rede de educação em diabetes, visando promover junto as secretarias de educação a implementação da temática junto as escolas da rede municipal, contando com patrocínio da empresa Novo Nordisk, empresa parceira das ações desenvolvidas pelo Gada.

Confira a relação de escolas selecionadas na etapa de expansão do projeto:

Município

Instituição de Ensino

Endereço

01)- Carrapateira*

EMEIF. Alfredo Cavalcanti da Silva

R. José Viêira, 6, Carrapateira - PB, 58945-000

02)- Monte Horebe*

EMEIF. José Dias Guarita

R. Pres. Médici- Centro.

03)- Joca Claudino*

EMEIEF Padre Antonio José Duarte

R. Camboeiro Manoel Mamoso- Centro/ Joca Claudino-PB.

04)- Bernardino Batista*

EMEI. Erika Kethlen Andrade Barbosa.

Rua Edinete Dantas Abreu, S/n Centro.

 


Com Ascom

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Doze Dicas Para Suspeitar de Charlatanismo

 Nas mais diversas áreas, existem pessoas mal-intencionadas e aproveitadores. Quando envolvemos ciência e, especialmente saúde, pode ser muito difícil identificar se uma informação, tratamento ou profissional são de fato éticos e estão embasados em evidências sólidas. Chamo de evidências sólidas resultados de pesquisas científicas com alto rigor metodológico, isto é, avaliações realmente justas e bem-feitas de uma determinada intervenção. Abaixo, alguns indícios que sugerem que você está sendo enganado…

1- Retórica: o processo de tomada de decisão compartilhado entre médico e paciente é uma das prerrogativas da Medicina atual. Para que uma pessoa possa optar entre este ou aquele procedimento é importante que seja informada de maneira clara e compreensível. Linguagem excessivamente técnica muitas vezes é usada como artifício para induzir o paciente a escolhas menos corretas, já que este é levado a acreditar que o profissional de saúde detém conhecimento de ponta, quando não é verdade.

2- Pseudotítulos: no Brasil, médicos se tornam especialistas após realizarem estágio supervisionado em programas de residência médica ou através de provas de título rigorosas ministradas por sociedades médicas reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina. Não raro, maus profissionais apresentam “pseudotítulos”, isto é, titulação conferida por “sociedades” não reconhecidas, muitas vezes criadas por eles próprios.

3- Glamourização: ostentação de clínicas luxuosas frequentadas por celebridades, consultas e tratamentos a preços exorbitantes, exclusividade, servem para passar uma imagem de “sucesso” ao público geral. É uma estratégia há muito usada por marcas de luxo para agregar valor e criar um certo desejo no consumidor (no caso, no paciente).

4- Falta de rigor científico: o método científico é rigoroso e hierarquiza os estudos de acordo com sua qualidade metodológica e força de evidência. Isto quer dizer que a conclusão de um estudo feito numa cultura de células não tem o mesmo peso que a conclusão de um estudo realizado em grande número de pessoas. O mesmo serve para estudos metodologicamente bem feitos e mal feitos. É comum que estudos ruins e de baixa qualidade sejam usados para justificar as opiniões pessoais do mau profissional. Assim como estudos robustos e bem desenhados são deixados de lado, se assim convier. É uma leitura viciada da literatura médica.

5- Excessos de exames e tratamentos: aprendemos desde cedo que um exame só deve ser solicitado quando for capaz de beneficiar o paciente de alguma forma, seja prevenindo, identificando ou monitorando o tratamento de uma doença. O excesso de exames disfarça a falta de perícia clínica. Passa a falsa impressão de que se está sendo bem avaliado. Exames não devem ser solicitados sem uma indicação precisa sob a pena de levarem a mais exames e a mais tratamentos desnecessários ou, inclusive, deletérios.

6- Co intervenções: são frequentes as prescrições com extensas fórmulas manipuladas, associadas a dietas restritivas e outras mudanças na rotina para pacientes saudáveis ou pouco doentes. Grande parte do que consta na receita serve para passar a falsa impressão de exclusividade do tratamento que, diversas vezes, é muito parecido ao convencional, com alguns floreios, além de disfarçar o uso de substâncias ilícitas ou de indicação controversa. “Esta receita é tão exclusiva que precisa ser manipulada de acordo com minhas necessidades biológicas”. Será? “Esse HCG está me ajudando a emagrecer”. Nananão.

7- Ritualização: duas pílulas de açúcar, funcionam melhor do que uma. Uma injeção de água destilada, funciona melhor que 2 pílulas de açúcar. Uma infusão de soro colorido por vitaminas, funciona melhor que a injeção de água. Quanto mais complexo e ritualístico for o tratamento, mais forte é o sugestionamento e o efeito placebo. Alguns tratamentos têm a complexidade de verdadeiros rituais esotéricos.

8- Promessas: corpo perfeito, desintoxicação, juventude, vigor físico, antes versus depois, cura de doenças crônicas são promessas frequentes.

9- Gurus: o conhecimento científico é de livre disponibilidade. Qualquer profissional de saúde bem-intencionado consegue, com boa vontade, ter acesso, interpretar a literatura científica e citar suas referências. O mau profissional muitas vezes costuma citar outro charlatão de maior destaque. “Eu faço, porque o Dr. Fulano, superfamoso, faz”. Muitos destes “gurus” ministram cursos e ganham a vida vendendo informações distorcidas para os maus profissionais.

10- Polarização: é frequente a polarização entre “produtos naturebas” versus “indústria farmacêutica”, “Medicina moderna e inovadora” versus “Medicina tradicional e retrógrada”, “hormônio bioidêntico que previne” versus “remédio que promove a doença”, “eu que quero ajudar meus pacientes” versus “todos os outros médicos que têm inveja do meu sucesso”. O discurso do “bem contra o mal” visa criar uma aura de pureza e honestidade em quem usa a Medicina para ludibriar e lucrar.

11- Incriticabilidade: a crítica faz parte da ciência. Como evoluir se algo é inquestionável? O mau profissional gosta de criticar a “Medicina tradicional” com discurso filosófico e fracamente embasado, como vimos anteriormente. Contudo, se torna extremamente agressivo quando se vê encurralado e lhe faltam argumentos para defender o indefensável.

12- Intangibilidade: é frequente que tais profissionais sofram com processos éticos ou mesmo judiciais. Contudo, se dizem injustiçados e perseguidos. Discurso infelizmente frequente no Brasil dos dias atuais…





Sugestão de leitura: Ciência Picareta – Ben Goldacre – Ed. Civilização Brasileira

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Diabetes mellitus e saúde óssea.

 

O tratamento do paciente que convive com diabetes mellitus é complexo. Os cuidados não se restringem ao controle da glicemia. Tanto os pacientes diabéticos do tipo 1 quanto do tipo 2, muitas vezes, apresentam comorbidades ou complicações associadas à doença. Pressão e colesterol altos, problemas cardíacos e vasculares, acometimento dos olhos, nervos e rins são de amplo conhecimento. Porém, não infrequentemente, a saúde óssea do paciente diabético fica negligenciada. Isso pode elevar o risco de fraturas. Vamos entender porque.

Nos pacientes com diabetes tipo 1 existe deficiência absoluta de insulina. Além de ser importante para a captação da glicose pelas células, a insulina também tem efeito anabólico, ou seja, estimula o crescimento de diferentes tecidos do nosso organismo. Diversos estudos mostram menor densidade mineral óssea em pacientes com diabetes tipo 1. Além disso, crianças diabéticas acabam tendo um pico de massa óssea menor. Isto é, por formarem menos osso, têm uma “poupança óssea menor”, o que propicia o surgimento de osteopenia ou osteoporose em idade mais precoce.

No diabetes tipo 2, especialmente no início da doença, os níveis de insulina estão elevados. Isto acontece porque o pâncreas aumenta a secreção para tentar vencer a resistência à ação deste hormônio. Logo, pacientes com diabetes tipo 2 podem ter massa óssea aumentada. Mas não se engane! Este osso, apesar de parecer mais denso, na realidade é mais frágil. O diabetes, tipo 2 ou tipo 1, interfere nos mecanismos de remodelamento ósseo e na formação da matriz de colágeno. Isto quer dizer que a estrutura microscópica do osso fica comprometida. Imagine o pilar de uma ponte. A malha de aço é o colágeno e o concreto é o cálcio. Se a malha de aço não for boa, a ponte corre um risco maior de cair mesmo com concreto na quantidade certa. Nos nossos ossos acontece algo parecido. Por isso o diabetes aumenta o risco de fraturas independentemente da massa óssea (teor de cálcio).

Além disso, como dito no início do texto, muitos pacientes diabéticos, especialmente os de longa data, convivem com complicações. Diminuição da visão ou neuropatia podem aumentar o risco de quedas.

E quem cai com ossos frágeis, pode quebrá-los. Sem falar que o simples uso de alguns medicamentos para o tratamento da doença (glitazonas) pode aumentar o risco de fraturas.

Apesar do aumento no risco de fraturas, a avaliação da doença óssea no paciente diabético segue as mesmas recomendações dos pacientes não diabéticos. Além da avaliação clínica e metabólica, a densitometria óssea traz informações úteis para decisão terapêutica, que deve ser individualizada. Além do manejo adequado do diabetes, entre as opções de tratamento estão a suplementação de cálcio e de vitamina D e uso medicamentos que ajudam a preservar a densidade óssea, como os bisfosfonados. Exercícios físicos e prevenção/tratamento de complicações também são importantes para manter os ossos intactos.

Se você convive com diabetes, especialmente se há vários anos ou com complicações, procure seu médico e converse a respeito. Como tudo no diabetes, aqui a prevenção também é a melhor abordagem.

Fonte: Bone disease in diabetes mellitus – UpToDate OnLine

Ofício nº 07/2021/SBD – Insulinas análogas de ação rápida no tratamento do DM1.

 Recomendações da SBD, SBEM, ADJ Diabetes Brasil, ANAD e FENAD sobre a utilização de insulinas análogas de ação rápida por pessoas com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) e a substituição da insulina asparte pela insulina glulisina, no âmbito do SUS.


Acesse na íntegra!

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Presidente do Grupo Gada recebe primeira dose da vacina do Covid-19 dentro do grupo de prioridades de pessoas com comorbidades. Confira!

 

O Presidente do Grupo de Amigos Diabéticos em Ação (GADA), o jovem ativista da causa do diabetes, Ronaldo Rodrigues recebeu no último sábado (29/05), a aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19, no município de Cajazeiras, alto sertão da Paraíba.



Ronaldo Rodrigues se enquadra no grupo de pessoas com Comorbidades, tratadas no plano Nacional de Imunização no grupo terceiro.

Apresentando a patologia do diabetes Tipo I, o mesmo utilizou suas redes sociais para registrar o momento e assim convocar toda a população com Diabetes a procurar as Unidades e Estratégias de Saúde para recebimento de seus relatórios médicos, ou seus profissionais de saúde para que todos possam ser vacinados.

“Na condição de pessoas com doença crônica, vejo esse momento como uma grande conquista e avanço para a sociedade e ciência, mesmo em um País que vivencia um retrocesso em sua vacinação, me sinto privilegiado em conquistar essa primeira dose. Meu papel e orientar a população com comorbidade que procurem os pontos de vacinação, todos precisam ser vacinados”. Destacou Ronaldo Rodrigues.

O Grupo Gada tem um importante papel em sua atuação no município de Cajazeiras, pela pratica de ações de Advicacy e Garantia de direitos da população.


sexta-feira, 21 de maio de 2021

O que é diabetes, a “doença silenciosa”.

 


O que é diabetes, a “doença silenciosa” 

Atualmente, cerca de 387 milhões de pessoas vivem com diabetes no mundo, mas quase metade, ou 179 milhões, ainda não foi diagnosticada.1 Nem por isso, os riscos e consequências do diabetes são menos sérios. Na verdade, as pessoas que não sabem que têm diabetes – e que, portanto, não estão sob cuidados adequados – estão mais sujeitas aos riscos e complicações da doença.

Como os sintomas do diabetes muitas vezes demoram a se manifestar ou a ser percebidos pelos pacientes (apesar de estarem lá), o diabetes é considerado uma “doença silenciosa”.2 Na linguagem médica, a doença é chamada de assintomática, já que aparentemente não apresenta sintomas.M

diabetes é também uma doença metabólica, pois seu desenvolvimento está relacionado à forma com que o corpo humano metaboliza (ou transforma) os alimentos ingeridos em energia para manter-se em funcionamento. A doença é caracterizada por altos níveis de glicose no sangue, também chamado de hiperglicemia, que podem causar sérios problemas de saúde em diferentes vasos e órgãos do corpo.

Já se sabe que há fatores genéticos envolvidos no desenvolvimento do diabetes, mas a doença não é exclusivamente genética.3 Na maioria dos casos, é preciso que haja uma interação de fatores (genéticos e ambientais) para que o diabetes se desenvolva. Entre os fatores ambientais predominantes está o excesso de peso/obesidade; alimentação excessivamente rica em açúcares e gorduras e falta de atividades físicas.3, 4

Existem três principais tipos da diabetes (descritos abaixo), além do um estágio chamado de pré-diabetes ou tolerância diminuída à glicose. O diabetes tipo 2 é o mais prevalente, e corresponde de 90 a 95% de todos os casos da doença no mundo.5

O que acontece no corpo quando se tem diabetes tipo 2

o_corpo_e_a_diabetes

Quando uma pessoa se alimenta, o corpo dá início ao processo de digestão, que começa com a transformação dos alimentos em glicose, proteínas e gorduras. A glicose é o grande combustível do corpo humano, mas para que esse combustível possa ser utilizado como energia é preciso que ele seja transportado na corrente sanguínea e depois migre para o interior das células.4

Neste momento, entra em ação um hormônio produzido pelo pâncreas (órgão que fica atrás do estômago), chamado insulina. A insulina envia um sinal que “desbloqueia” as células do corpo, permitindo a entrada ou absorção da glicose nas células.4 No interior das células, a glicose é armazenada ou transformada em energia.

Dessa forma, a insulina é responsável por controlar a quantidade de glicose que circula no sangue, com objetivo de mantê-la em níveis saudáveis para o organismo.4

Quando uma pessoa têm diabetes do tipo 2, duas situações distintas ou simultâneas podem ocorrer, resultando em níveis elevados de glicose no sangue:4

  • o corpo têm dificuldade para usar a insulina produzida de forma adequada, e/ou;
  • o corpo não produz a quantidade suficiente de insulina.

 

As consequências do excesso de glicose no sangue podem demorar a aparecer, mas, ao longo do tempo, esse acúmulo pode danificar órgãos e vasos sanguíneos, causando doenças cardíacas, renais e necessidade amputações, entre outros riscos.2,6

Além disso, quando os vasos sanguíneos dos olhos são atingidos pelo excesso de glicose no sangue, eles podem se romper e derramar fluido na mácula (uma região da retina). Se essa complicação não for diagnosticada e tratada adequadamente, pode causar sérias complicações na visão,2 como a retinopatia diabética e o edema macular diabético, e até mesmo levar a cegueira completa e irreversível.

Diabetes tipo 2: uma doença que acomete pessoas cada vez mais jovens

diabetes_infantil

No passado recente, o diabetes tipo 2 estava principalmente associado a pessoas na faixa dos 45 anos ou mais velhas.2 Entretanto, nas últimas décadas, a doença têm se manifestado cada vez mais em jovens abaixo dos 30 anos, inclusive em crianças e adolescentes.2, 6

Estudos indicam que o aparecimento do diabetes nesses grupos está relacionado ao aumento dos índices de obesidade e à falta de atividades físicas regulares, somados ao histórico familiar.2, 6

Outros tipos de diabetes

Além do diabetes tipo 2 (descrito acima), existem outros tipos de diabetes, que também consistem em níveis elevados de glicose no sangue, mas que são classificados de acordo com as diferentes causas ou formas com que o diabetes se manifesta. São eles:

  • Pré-diabetes (ou tolerância diminuída à glicose): o pré-diabetes é na verdade um estágio que antecede o diabetes tipo 2. É quando os níveis de glicose no sangue de uma pessoa já estão elevados, mas não o suficiente para classificá-la com diabetes do tipo 2. Apesar disso, alguns pacientes com pré-diabetes já manifestam os sintomas e até mesmo algumas consequências da doença.2, 6

 

Se este estágio for identificado de forma precoce, com mudanças no estilo de vida e tratamento medicamentosos, é possível baixar os níveis de glicose no sangue e evitar o desenvolvimento da doença.6 Por isso, é importante que as pessoas com pré-diabetes passem por avaliação médica frequente.

  • Diabetes tipo 1: é normalmente diagnosticado em crianças, adolescentes e jovens adultos, pois de fato se desenvolve mais cedo. Neste caso, o próprio corpo confunde e ataca células saudáveis do organismo que ficam no pâncreas e são responsáveis pela produção da insulina (chamadas células beta). Por isso, a doença é considerada autoimune, já que parte de um ataque do próprio corpo. Este tipo de diabetes está mais relacionado a fatores genéticos, mas pode haver gatilhos externos que desencadeiem o início da destruição das células beta.2, 6

 

diabetes_gestacional

 

  • Diabetes gestacional: é um tipo de diabetes que só ocorre em mulheres grávidas, quando hormônios produzidos pela placenta e outros fatores relacionados à gravidez aumentam a resistência das mulheres à insulina.5 Para que o diabetes seja considerado gestacional (ou seja, referente ao período de gestação) é preciso que a mulher grávida não tenha apresentado altos níveis de açúcar no sangue antes da gravidez.

 

Assim como no diabetes tipo 2, o excesso de peso antes da gravidez ou adquirido durante a gravidez pode aumentar os riscos do aparecimento do diabetes gestacional.5 Assim como os demais tipos da doença, o diabetes gestacional precisa ser acompanhado e devidamente tratado, para diminuir os riscos à saúde da futura mamãe e do bebê. Na maioria dos casos, o diabetes naturalmente desaparece após o parto.2, 6, 7

Há ainda outros tipos bem menos comuns de diabetes, que resultam de mutações genéticas, retirada ou lesão direta do pâncreas ou ainda exposição a agentes tóxicos, por exemplo.6


Referências

1. Atlas do Diabetes 2014 – Atualização 6ª edição – IDF. Adaptado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e disponível em: http://www.diabetes.org.br/images/pdf/Atlas-IDF-2014.pdf Último acesso em maio de 2015.
2. Site da Sutter Health Palo Alto Medical Foundation (PAMF). Disponível em: http://www.pamf.org/diabetes/whatis/ Último acesso em maio de 2015.
3. Site da American Diabetes Association (ADA). Disponível em: http://www.diabetes.org/diabetes-basics/genetics-of-diabetes.html Último acesso em maio de 2015.
4. Site do National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK), do National Institutes of Health (NIH). Disponível em: http://diabetes.niddk.nih.gov/dm/pubs/riskfortype2/index.aspx Último acesso em maio de 2015.
5. Site do Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Disponível em: http://www.cdc.gov/chronicdisease/resources/publications/aag/ddt.htm Último acesso em maio de 2015.
6. Site do National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK), do National Institutes of Health (NIH). Disponível em: http://diabetes.niddk.nih.gov/dm/pubs/diagnosis/index.aspx#6 Último acesso em maio de 2015.
7. Am I at risk for gestational diabetes? U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES National Institutes of Health (NIH). Disponível em: https://www.nichd.nih.gov/publications/pubs/Documents/gestational_diabetes_2012.pdf Último acesso em maio de 2015.