segunda-feira, 19 de abril de 2021

Ação “Biomedicina Solidária” é lançada e conta com a participação da categoria e pontos de coletas em todo o país.

 A iniciativa é do presidente do CFBM, Dr. Silvio José Cecchi, e foi aprovada unanimemente pelos Conselheiros Titulares em reunião plenária. O objetivo é  arrecadar donativos que serão entregues às Ongs e instituições filantrópicas indicadas pelos Conselhos Regionais de Biomedicina. O ponto alvo do evento será nos dias 21 e 22 de maio e contará com palestras e atrações online. Empresas e instituições que participarem receberão o selo “Empresa Solidária”


Com o objetivo de somar forças e ajudar quem mais precisa neste momento crítico em que se encontra o Brasil, o presidente do Conselho Federal de Biomedicina, Dr. Silvio José Cecchi, deu início a ação Biomedicina Solidária, que consiste em mobilizar toda a categoria biomédica para uma grande arrecadação de donativos em todo o país. Até o dia 22 de maio, as unidades dos Conselhos Regionais de Biomedicina, bem como suas delegacias servirão de ponto de apoio e receberão as doações. Laboratórios e estabelecimentos que quiserem aderir à ação – e desejarem se habilitar como ponto de coleta ou fazerem doações – receberão o selo de “Empresa Solidária” pelo CFBM e terão suas fotos e ações divulgadas nas redes sociais oficiais.

Mais de 116 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar, segundo pesquisa feita em dezembro de 2020 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). O levantamento revela ainda que no ano passado, mais de 19 milhões de pessoas passaram fome no Brasil. “A gente fala muito da necessidade da união na categoria. Mais uma vez, vamos mostrar essa união e ajudar ao próximo”, destacou o Dr. Silvio Cecchi. O presidente do CFBM reforçou ainda que a ideia do evento é formar uma grande rede de doações, que não se restringe apenas aos Biomédicos. “Todos podem participar”.

Sorteio de Prêmios

A 1ª edição da Biomedicina Solidária conta com o apoio de laboratórios, empresas do segmento de saúde e do segmento educacional (além de instituições de ensino superior), youtubers e influenciadores digitais que juntos promoverão sorteio de diversos prêmios nas redes sociais. “Além de todos esses estabelecimentos fazerem suas doações, ainda vamos sortear prêmios para os doadores. A ideia é dar ainda mais visibilidade para a Biomedicina e para a campanha. Boas ações geram boas ações”, reforçou o presidente do CFBM.


Selo Empresa Solidária

Laboratórios, estabelecimentos comerciais e instituições de ensino que aderirem à 1ª edição da Biomedicina Solidária receberão o selo de Empresa Solidária, chancelado pelo Conselho Federal de Biomedicina e pela Academia Brasileira de Biomedicina. “As instituições que receberem os selos terão autonomia para utilizá-lo em seus produtos, sites, redes sociais. Além do mais, nós queremos divulgar essas empresas. Serão nossas parceiras”, acrescentou Cecchi.

Para recebimento do selo, as empresas devem se cadastrar previamente e informar quais ações desenvolverão. (Clique aqui e cadastre-se a sua instituição)


As Organizações não Governamentais e as entidades filantrópicas que receberão as doações serão indicadas pelos Conselhos Regionais de Biomedicina.



terça-feira, 6 de abril de 2021

DOENÇA Coronavírus e diabéticos: os cuidados que devem ser redobrados!

 Você já deve ter escutado sobre pessoas que estariam no grupo de risco com relação ao coronavírus. Também provavelmente ouviu que, essas pessoas, ao se contaminarem com a doença, estariam propensas a uma evolução mais grave do estado de saúde. Muitos são capazes de enumerar pelo menos três características de pessoas que estariam nesses grupos relacionados à Covid-19: idosos, diabéticos e hipertensos. Porém, por que essas pessoas correm mais riscos?

Neste conteúdo, vamos focar nas ameaças existentes entre coronavírus e diabéticos. Assim, se você é diabético ou convive com alguém que seja, estará mais informado para poder ajudar. Acompanhe!

Afinal, o que é um grupo de risco?

Grupo de risco é como são designadas as pessoas de um grupo que, devido a determinadas características, comportamentos ou profissões, estão mais sujeitas a adquirirem uma doença ou a desenvolverem tal enfermidade de uma forma mais grave.

Pacientes que têm doenças crônicas são considerados do grupo de risco para várias patologias por diversos fatores. Isso inclui uma provável descompensação da doença de base em situação de infecção/inflamação e outras questões. Vamos, a seguir, entender melhor por que se fala que os diabéticos estariam correndo maior risco diante do coronavírus.

Coronavírus e diabéticos: por que o risco é maior?

É importante mencionar que a diabetes pode ser dividida em duas categorias de pacientes: diabéticos tipo 1 e diabéticos tipo 2.

Os diabéticos tipo 1 têm o que é considerada uma doença autoimune. Isso porque seu sistema imunológico tende a atacar células chamadas beta. Com esse ataque, o organismo passa a ter mais dificuldade de liberar insulina para o corpo, o que caracteriza a diabetes.

Já os diabéticos do tipo 2, que são a maioria, apresentam a patologia quando o organismo não consegue fazer uso corretamente da insulina por ele produzida.

Segundo a endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Adriana Martins Fernandes, os pacientes que têm de diabetes, principalmente do tipo 2, apresentam um estado inflamatório crônico secundário ao diabetes, e isso pode exacerbar a resposta inflamatória causada por uma infecção (que pode ser causada pelo coronavírus).

Para a endocrinologista, a diabetes tipo 2 parece estar mais relacionada a complicações, por ser vinculada a uma síndrome metabólica e um status basal já inflamado. “Mas ambas as diabetes, se descompensadas, podem piorar a resposta do organismo à infecção e ambas tendem a descompensar em vigência da infecção (causada pela Covid-19), o que piora o prognóstico”, explica.

E crianças diabéticas, correm um risco maior com o coronavírus?

Até o momento, a informação que se tem é de que crianças diabéticas são pouco afetadas pela infecção causada pelo coronavírus, assim como crianças não diabéticas. No entanto, para a endocrinologia Adriana Fernandes, as crianças com diabetes tipo 1 apresentam, sim, fator de risco para uma evolução da doença, mas os relatos de casos ainda são de menor taxa de complicação do que em adultos.

Quais são os sintomas da diabetes?

A diabetes é uma doença que pode chegar silenciosa. Por isso, 50% dos cerca de 13 milhões de diabéticos no Brasil não sabem que têm a enfermidade. Por ser pouco ou muito pouco sintomática no início do quadro, os sinais só são sentidos quando os níveis de glicemia já estão muito altos. E os sintomas costumam ser:

  • perda de peso;
  • excesso de sede;
  • aumento do volume urinário.

Também podem ocorrer (tanto para diabetes tipo 1 quanto para diabetes tipo 2) outros sintomas, como:

  • aumento da fome e sensação de insaciedade;
  • sensação de fadiga constante;
  • fraqueza no corpo;
  • náusea e vômito.

No que diz respeito a sintomas de coronavírus em diabéticos, ainda não se observou grande diferença entre os sintomas clássicos da infecção pela Covid-19.”Não há nenhum sintoma específico nos pacientes portadores de DM (Diabetes Mellitus). Mas algo que é frequentemente observado é uma piora no controle do DM no período da infecção”, indica a endocrinologista Adriana Fernandes.

O que fazer em caso de infecção de um diabético por coronavírus?

Coronavírus e diabéticos

Em caso de infecção por coronavírus, o paciente diabético deve ter atenção redobrada aos sinais de alerta, como febre persistente e falta de ar, já que tem maior risco de apresentar quadros graves da doença. Entrar em contato com o médico para receber as orientações é a primeira coisa a ser feita diante desses sinais.

“O tratamento da infecção por Covid-19 é o mesmo utilizado para todos os pacientes”, confirma a Dra. Adriana Fernandes. “E esses pacientes devem ficar atentos a uma piora do controle da glicemia durante a infecção, o que pode demandar ajustes no tratamento do diabetes”, relata.

Quais devem ser os cuidados do diabético diante da pandemia de coronavírus?

Para o infectologista do Einstein, Dr. Roberto Muniz Junior, “como são considerados grupos de risco, os diabéticos devem buscar ao máximo o distanciamento social e o isolamento domiciliar”.

Isso significa que a pessoa com diabetes deve:

  • evitar, dentro do possível, sair de casa;
  • quando sair, fazer o uso de máscara que proteja boca e nariz;
  • é aconselhado o uso de óculos ou viseira para a proteção da região dos olhos;
  • cuidar para não ter contato com pessoas doentes.

A atenção ao tratamento da diabetes faz toda a diferença, e é muito importante:

  • cuidar da regularidade do tratamento medicamentoso;
  • fazer os controles da doença de acordo com as orientações de seu médico com consultas e exames periódicos.

Em casa, os cuidados do diabético devem ser de:

  • manter hábitos de vida saudáveis;
  • cultivar uma alimentação balanceada;
  • tomar os remédios indicados da forma correta;
  • praticar exercícios físicos regularmente;
  • seguir medidas de higiene constantes.

É essencial o controle dos fatores de risco para o desenvolvimento da doença, como obesidade e sedentarismo. Esses pontos podem agravar o quadro do diabético no caso de uma infecção.

Vale também levar em consideração o histórico de diabetes na família. E, assim, fazer o rastreio da doença com exame de sangue a partir de determinada idade a depender dos fatores de risco observados.

As propostas não fogem muito do que já é recomendado para quase todas as pessoas que vivem a pandemia. Porém, queremos dar um enfoque na importância do diabético se manter saudável em casa. Acompanhe!

Como se manter saudável em casa?

A endocrinologia Adriana Fernandes ressalta que a pessoa com diabetes deve investir em um estilo de vida saudável. E isso, embora seja muito repetido pelos médicos, pouco é considerado pelos pacientes por diversas razões. Sendo assim, tente combinar cuidados com a saúde com algo que possa dar prazer, como:

  • praticar exercícios físicos enquanto assiste a um filme ou escuta uma música;
  • cozinhar legumes e verduras com pessoas queridas;
  • anotar lembretes ou colocar alarmes divertidos na hora de tomar os medicamentos;
  • manter máscaras na porta de casa, para não esquecê-las quando precisar sair.

Os médicos também indicam que os familiares de diabéticos auxiliem no processo de isolamento social em momentos de pandemia, evitando realizar visitas desnecessárias — deixando o contato para as relações telefônicas e online. Caso a visita seja fundamental, é importante que visita e morador façam uso da máscara para evitar qualquer contaminação.

Entender a relação entre coronavírus e diabéticos, grupo de risco e agravamento da doença ajuda a entender também a responsabilidade que todos têm diante de uma pandemia. Contamos com esse esforço coletivo para construirmos, juntos, uma vida mais saudável.

Por isso, aproveite para compartilhar o nosso conteúdo nas suas redes sociais. Mais pessoas bem-informadas pode significar melhores resultados para a saúde de uma população!

FONTE: https://vidasaudavel.einstein.br/coronavirus/coronavirus-e-diabeticos/