quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O DIFÍCIL CAMINHO ATÉ O DIAGNÓSTICO DO DIABETES TIPO 1


Trago hoje a História da Mãe de Alice Gonzales publicada no site da Sociedade Brasileira de Diabetes e republicada aqui no meu blog como forma de auxiliar e contribuir no tratamento do diabetes vale a pena ler, confira:

Relato da mamãe Alice Gonzalez
Senti-me culpada, pensando em tudo que poderia ter acontecido. Hoje não me culpo e não penso mais o que poderia ter acontecido. Penso no que aconteceu e o quanto mudamos nossas vidas. Deus estava no controle e ainda está.
Meu filho Leonardo, com 12 anos na época, reclamava muito de dores na barriga. Ele sempre comeu muito mal, não gostava de frutas e nem de legumes. Levei-o à uma gastroenterologista que pediu vários exames, inclusive glicemia. Tudo estava perfeito, com exceção a alta taxa de colesterol. Uma dieta foi recomendada. Mas as dores não passaram, e vieram as dores nas pernas. Chegou o verão de 2014, praia, sol, muita água e muito xixi.
Tínhamos uma viagem programada para Israel no carnaval. Fomos, toda família, com um grupo da Igreja. Lá, todos mexiam com o Léo, pois estava sempre cansado e com uma garrafinha de água na mão. Eu e meu marido achávamos que o cansaço e a sede eram devidos a viagem, pois não parávamos e o xixi, consequente da quantidade de água ingerida. A excursão em Israel finalizou, mas nós continuamos em um passeio para Jordânia. O quadro de cansaço, sede e xixi se intensificaram. Novamente associamos a viagem, ao deserto.
Retornamos ao Brasil, com uma escala em Roma, onde ficamos 4 dias. Foram os piores 4 dias. No dia do retorno tínhamos que chegar ao aeroporto às 16 horas, mas já não aguentava ver o cansaço de meu filho e pedi a meu marido para irmos logo para o aeroporto. Após 12 horas de voo, desembarcamos no Rio. Meu sogro quando viu o Léo levou um susto, pois ele viajou gordinho, e voltou 11 kg mais magro, perdidos em 19 dias de viagem.
Fomos para casa, como ele estava com o cabelo muito grande, resolvi levá-lo para cortar. Mas, na cadeira da cabeleireira, ele pediu várias vezes para ir ao banheiro e tomou muita água. Agora não tínhamos mais a desculpa do deserto, do cansaço dos passeios. Veio em minha mente o diabetes, mas não poderia ser, não temos ninguém na família com diabetes.
Telefonei para o pediatra que o acompanhou desde o nascimento, Dr. Paulo Perricelli, e relatei o ocorrido. Perguntei se poderia levá-lo ao consultório. Ele disse - não, não o traga aqui, vá direto para o hospital, e peça um teste glicêmico, me ligue de lá. Fomos direto para o hospital, meu filho conversava normalmente, andava normalmente. Chegando à emergência pediátrica pedi urgência no atendimento de enfermagem, para realizar o teste glicêmico. As pessoas olharam para ele e devem ter imaginado que eu era uma mãe "louca", pedindo emergência para uma criança que aparenta estar saudável. Eles não conheciam meu filho, não sabiam que estava 11 kg mais magro, em 19 dias. Mas o teste foi feito, e acusou HI (glicemia acima de 600 mg/dL).
Quando vi, fiquei sem chão. Meu marido não estava entendendo o que estava acontecendo. Ele foi levado no mesmo instante para outra sala e foi feito a gasometria, quanta dor. Resultado, cetoacidose. Dois dias de CTI, mais 1 semana no quarto e hoje, 1 ano, 8 meses e 13 dias depois estamos ainda, aprendendo a conviver, como meu filho carinhosamente chama "tiabete". Seu hábito alimentar mudou, ainda não é o ideal, mas está bem melhor.

Confira em:http://www.diabetes.org.br/conte-sua-historia/o-dificil-caminho-ate-o-diagnostico-do-diabetes-tipo-1

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