sábado, 18 de junho de 2016

Novidades Sobre o Frestyle no Brasil e as Políticas Públicas a Nível do encontro Nacional. CONFIRA!

Venho mais um vez buscar levar um pouco de informação aos meus leitores, neste momento republico uma importante informação do Blog da minha amiga Vanessa Pirollo publicada este mês.
 Estive lendo e acho que todos vão gostar deste novo avanço de tecnologia que chega ao Brasil e irá beneficiar a nossa população com diabetes.  Sem contar mais um avanço de políticas públicas em razão do andamento do projeto de lei sobre os Glicosimetros no estado de São Paulo. Não perca e leia:


Blogueiros convidados pela Abbott para evento do lançamento
                        


No dia a dia, lidar com a glicemia não é fácil. Para quem tem diabetes tipo 1 principalmente, dependendo da prescrição médica, realizamos a ponta de dedo seis, sete, oito vezes ao dia para que possamos ter o controle adequado, a fim de não ter complicações.

Muitas vezes esta consciência demora a chegar, após a descoberta do diabetes na vida de uma pessoa. Dados de um estudo de 2004 (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14999899) mostram que apenas 1/3 das pessoas com diabetes seguem a recomendação dos médicos com relação ao monitoramento de glicose. E os participantes do estudo comentaram que não seguem a recomendação, devido ao estilo de vida, dor da picada, custo das tiras, entre outros fatores inconvenientes...

O lançamento nesta semana no Brasil pode ajudar as pessoas a aderirem ao tratamento. Eu testei o Libre e comprovei os resultados. O sensor é bem pequeno e pode ser colocado facilmente no braço (a recomendação é que seja neste local, pois foram testados somente neste lugar). Eu não senti dor, em nenhum momento e me acostumei com ele fácil. O sistema Flash de monitoramento permite ler a glicemia de 1 em 1 minuto e ainda oferece a tendência da taxa. O leitor consegue ler os dados em cima da roupa, o que facilita muito a vida da pessoa com diabetes, pois não precisa higienizar os dedos, furar e aplicar a gota de sangue na fita.




O sensor permanece no corpo durante 14 dias, o leitor armazena os dados e gera relatórios para que a pessoa saiba o que está acontecendo de errado no tratamento e ter uma conversa com o médico para alinhar todas as medidas. A leitura se dá por meio de um microfilamento que, sob a pele, consegue medir a glicose no líquido intersticial.

Eu tomei banho, realizei meu treino da academia, corri meus 30 km na esteira durante a semana, dormi em cima do braço e o sensor ficou bonitinho no meu braço. Mas de qualquer forma, a equipe da Abbott durante o encontro fez algumas recomendações. A pessoa não pode deixar de fazer o exame da ponta de dedos nas primeiras horas de inserção do sensor. Percebi que o valor da glicemia demorou seis horas para ficar equiparado aos testes de ponta de dedo. Outro caso recomendado para realização do dextro é quando você tem uma hipoglicemia. Como ele tem um delay de leitura de 4,5 minutos, é importante fazer o exame para saber a taxa certinha da hipoglicemia. Outra situação recomendada é quando a pessoa sente sintomas de hipo e o leitor não fornece os dados como tal. Durante o evento, a equipe também orientou as pessoas a realizarem o teste de ponta de dedo caso a seta de tendência de glicemia estiver totalmente para cima ou totalmente para baixo.

De qualquer forma, nestes 14 dias eu dei um descanso para meus dedos e gostei muito da experiência. Infelizmente hoje acabou meu período de teste e vou voltar a fazer os oito dextros novamente por dia. Se houver uma pessoa interessada nesta tecnologia, precisa esperar mais alguns dias. O primeiro passo é necessário fazer o cadastro no site (https://www.freestylelibre.com.br/) e esperar ser chamado. A venda estará disponível somente no site, neste primeiro momento. A primeira compra contém o leitor e o sensor. A partir da segunda compra será necessário só adquirir o sensor. Este tem o custo de R$239,90 e duração de 14 dias, acrescido do valor do frete de entrega de R$15,00.

Projeto de Lei 106
Há dois anos estou com a ideia fixa que preciso fazer algo para que as compras públicas dos glicosímetros não sejam feitas preocupadas somente com o preço, mas também com a acurácia, ou seja, que os resultados das glicemias informadas por eles sejam reais. A marca Injex, fornecida pelo Estado de São Paulo, oferece um valor muito acima do valor real da glicemia, principalmente em episódios de hiperglicemia. O valor fornecido é muito maior do que é permitido pela Anvisa. Assim se preciso injetar insulina para corrigir uma glicemia alta, como vou confiar em um glicosímetro destes?

Com base nisso, desde o ano passado tenho conversado com um assessor parlamentar, que conseguiu escrever um projeto de lei, que já foi submetido para votação da Assembleia Legislativa. A PL 106/2016 determina que os aparelhos de medição de glicemia, chamados de glicosímetros, tenham o selo do INMETRO ou do IPEM (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo). Este projeto é de extrema importância, pois com avaliação de uma das instituições, será possível atestar a segurança dos glicosímetros das pessoas com diabetes.

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa de São Paulo, aprovou a PL 106, depois de a rede de 30 associações de diabetes terem entrado em contato com todos os deputados da Comissão. Este projeto será o primeiro passo para que o governo, na hora da licitação, não aprove somente os glicosímetros, que tenham o menor preço, mas sim aqueles que tenham aprovação de um órgão competente e que apresente o valor da glicemia condizente com o resultado de referência.

Por lei, os resultados exibidos nos monitores de glicemia capilar – ou seja, dos testes de ponta de dedo – não podem variar mais do que 15% em relação aos valores de glicose plasmática. Ou seja, a diferença entre o resultado do monitor de glicemia e o exame do laboratório pode ser de 15% para mais ou para menos. Este valor inclusive é utilizado pela American Diabetes Association (ADA).

Em duas semanas haverá outra votação, da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais, dentro da Assembleia. Se os deputados aprovarem este projeto, o mesmo será levado para a Ordem do Dia dentro da Instituição e submetido à votação dos 94 deputados, para depois ser submetida ao governador. 

Assim, se houver promulgação da PL 106, a lei beneficiará milhares de pessoas com diabetes no estado de São Paulo e poderá ser levada a outros estados para favorecer ao todo 14, 3 milhões de pessoas diagnosticadas com diabetes no país.

http://www.convivenciacomdiabetes.com.br/2016/06/novidades-do-freestyle-libre-e-da.html

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