A Sociedade Brasileira de Diabetes lançou o primeiro Manual Oficial de Contagem de Carboidratos em 2003 que, desde então, vem sendo aperfeiçoado com ampliação da lista de alimentos, para atender as necessidades das pessoas com diabetes. O novo Manual aqui apresentado está com uma formatação mais moderna e textos com linguagem de fácil entendimento. Para melhorar o acesso à informação, mais ilustrações foram incluídas, visando auxiliar no manuseio por pessoas de todas as idades. Além disso, para facilitar o uso rotineiro, o alimento foi listado por ordem alfabética e de acordo com a sua medida caseira.
A elaboração da nova versão do Manual teve a coordenação da nutricionista Luciana Bruno e contou com a expertise de Nutricionistas das 05 regiões do Brasil, integrantes do Departamento de Nutrição (gestão 2014-2015). A realização desse material foi fruto do grande esforço e dedicação de várias pessoas e, sobretudo, da perseverança daqueles que transformam com ética, o saber técnico em qualidade de vida para a pessoa com diabetes.
A continuidade e finalização de um trabalho sólido e de alta relevância como esse, não só inaugura a gestão 2016-2017 com chave de ouro, como fortalece a parceria entre os profissionais e coordenações envolvidas. Sendo assim, é com muito orgulho que apresentamos o novo Manual Oficial de Contagem de Carboidratos e esperamos que esse seja uma ferramenta útil, transformadora e que facilite o dia-a-dia das pessoas com diabetes e profissionais envolvidos.
Encontrei no site da Tia beth um texto que fala sobre os benefícios de andar de bicicleta e a sua relação com o diabetes tipo II, achei interessante e resolvi republicar para os meus leitores.
Espero que gostei do texto e aproveitei a leitura e que possam por em prática as dicas do mesmo.
"ANDAR DE BICICLETA PODE AJUDAR A REDUZIR O RISCO DE DIABETES TIPO 2"
Um passeio em duas rodas em vez de quatro poderia ajudar a reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em adultos, revelou um novo estudo na Dinamarca.
As pessoas que andavam de bicicleta para o trabalho ou que pedalavam apenas por diversão tinham menos probabilidade de obter a doença, descobriram os pesquisadores. Isto era verdade mesmo para aqueles que só começaram o hábito do ciclismo mais tarde na vida.
ROTINA DE CICLISMO
O estudo feito por amostragem, que foi liderado por Martin Rasmussen, da Universidade do Sul da Dinamarca, envolveu cerca de 24.000 homens e 27.000 mulheres da Dinamarca que foram recrutados entre idade de 50 a 65 anos.
Os pesquisadores examinaram a ligação entre os hábitos de ciclismo de lazer auto-relatado pelos participantes do estudo e sua incidência de diabetes tipo 2, que foi medida no Registro Nacional Dinamarquês de Diabetes.
No final, Rasmussen e sua equipe descobriram que os participantes que pedalaram habitualmente tinham menos chances de desenvolver diabetes tipo 2.
Quanto mais tempo esses participantes passaram praticando ciclismo, menor o risco para a doença, disseram pesquisadores.
Após cinco anos, foram reavaliados os hábitos de ciclismo de participantes. Aqueles que começaram a andar de bicicleta em uma base regular tiveram um risco reduzido 20 por cento para a diabetes tipo 2 comparando-se com os participantes que não praticaram.
Rasmussen e seus colegas levaram em conta outros fatores que podem ter influenciado o risco de diabetes dos participantes, incluindo a dieta, a circunferência da cintura, história de tabagismo, consumo de álcool e outras formas de exercício.
Eles reconheceram que outros fatores podem ter afetado os resultados do estudo, que só descobriu uma associação entre o risco de diabetes tipo 2 e hábitos de bicicleta, mas não uma relação de causa e efeito.
O que achei mais interessante é o fato de que aqueles que iniciaram o hábito mais tarde na vida tiveram um menor risco de diabetes tipo 2, uma vez que os participantes eram homens e mulheres de meia-idade e velhice.
Os resultados sublinham que, mesmo quando uma pessoa entra em idade mais avançada, não é tarde demais para andar de bicicleta para reduzir o risco de diabetes tipo 2.
POR QUE O CICLISMO É BOM PARA SUA SAÚDE
Rasmussen diz que o ciclismo pode ser adicionado à rotina diária de uma pessoa.
A atividade também pode ser atraente para uma grande parte da população, incluindo aqueles que, devido à falta de tempo, não teriam os recursos para se envolver em outras formas de atividade física.
A equipe de pesquisa concluiu que os programas que suportam o ciclismo devem ser incentivados em todo o mundo.
Detalhes do estudo foram publicados na revista PLOS Medicine.
Neste
último dia 07 de Junho fui agraciado com a possibilidade de acompanhar 02 Japonês
e 02 Espanhóis aqui na minha cidade de Cajazeiras vindos junto com a Caravana
do Coração que está percorrendo todo o estado Paraibano e Pernambucano.
Relatar
este dia se faz necessário, pois observei que pesquisadores de todo o mundo
estão preocupados com estudos sobre Microcefalia e Dengue e receber estes
médicos pesquisadores em nossa cidade foi uma satisfação de toda a comunidade
local.
Mostras
das redes de esgotos de bairros considerados periféricos foram coletadas e serão
estudas pelos mesmos e algumas imagens de nossa cidade serão exibidas em um documentário
financiado pela BBC de Londres. Imagina a responsabilidade de ter que improvisar
no inglês sem saber uma única palavra, mais até que consegui me sair bem, com
os gestos manuais e ajuda de um interprete que estava com os mesmos.
Que
nossa cidade seja agraciada a cada dia mais com estes tipos de eventos onde
cidadãos muitas vezes vulneráveis possam ter acesso a serviços de alta
qualidade com profissionais realmente humanizados.
Não
poderia deixar de registar a participação do Ministro da Saúde do Japão o
médico infectologista Mazataro
Norizuki que contribui bastante nas explicações do curso sobre manejo da
dengue e que tenho certeza que irá levar os serviços prestados pela caravana do
coração como modelo a ser apresentado no Japão.
O que nós comemos e bebemos afeta nossa saúde. A relevância desta associação é ainda mais significativa entre aqueles que têm pré-diabetes e aqueles que realmente têm diabetes. Refrigerantes, diet ou zero, com açúcar ou sem, são todos nocivos, tóxicos para o corpo de adultos e crianças. Refrigerantes aumentam o risco de síndrome metabólica. Sucos de frutas processadas também são insalubres. Comer as frutas frescas (ou beber o suco da fruta que você extraiu sem quaisquer aditivos) é a opção mais saudável.
Que tal um café, para começar o dia ou durante uma pausa pela tarde, uma das bebidas mais populares do mundo? Estudos clínicos recentes concluíram que o consumo de café pode efetivamente reduzir o risco do desenvolvimento de diabetes. Mas qual a ação do café para aqueles que já têm pré-diabetes ou diabetes? Isso afeta a glicose (açúcar no sangue) e níveis de A1c? Uma xícara de 250 ml de café contém 140 miligramas de cafeína. Tomar dois copos por dia, ou até mesmo consumir até 400 miligramas de cafeína, parece ser seguro para a maioria dos adultos saudáveis. Tomar esta quantidade não faz subir o nível de açúcar no sangue significativamente quando se adiciona uma ou duas colheres de chá de açúcar. Adicionando mais açúcar, creme, aroma (que são carboidratos) no café, obviamente, aumentam o nível de glicose em um grau maior entre os diabéticos, a não ser que já esteja incluído na contagem de calorias diária prescrita.
O CONSUMO DE CAFÉ
Em todo o mundo, cerca de 1,4 bilhões de xícaras de café são consumidos por dia, 45 por cento das quais (400 milhões de xícaras) nos Estados Unidos, de acordo com a Organização Internacional do Café. Mas o consumo per capita em nível mundial mostra que os Estados Unidos é o número 22, bebendo 4 quilos de café por pessoa ao ano, sendo superado pelos países escandinavos (Finlândia, 11 kg de café por pessoa ao ano; Noruega, logo abaixo 11, e na Suécia e na Dinamarca, cerca de 10).
DIABETES TIPO 2
Em 2012, havia 29,1 milhões de americanos (9,3 por cento da população dos EUA) que tinham diabetes, dos quais cerca de 8,1 milhões foram diagnosticados. No mundo, há mais de 422 milhões de pessoas (dos 7,4 bilhões de pessoas na Terra hoje) que têm diabetes.
A prevalência de diabetes entre os idosos, com 65 anos e mais velhos, é de 25,9 por cento, ou cerca de 11,8 milhões. Todos os anos, cerca de 1,4 milhões de americanos são diagnosticados com diabetes. Em 2012, haviam 86 milhões de americanos maiores de 20 anos supostamente com pré-diabetes, 8 milhões a mais do que em 2010. Diabetes continua a ser a 7ª principal causa de morte nos Estados Unidos.
Por raça / etnia, a taxa de prevalência é a seguinte:
Brancos não-hispânicos, 7,6 %;
Asiático-americanos, 9,0 %;
Hispânicos, 12,8 %;
Negros não-hispânicos, 13,2 %;
Índios americanos / nativos do Alasca, 15,9 %.
CAFÉ E CAFEÍNA
A cafeína é o ingrediente químico natural no café. É um estimulante do sistema nervoso central, que é encontrado em mais de 60 plantas, como grãos de café e folhas de chá. A cafeína afeta o modo como uma pessoa se sente e se comporta. Ela acorda o cérebro na parte da manhã, melhora o foco e concentração, e ajuda a aliviar a sensação de fadiga. Cafeína processada em laboratório é usada como um aditivo para alimentos, bebidas energéticas e medicamentos sob prescrição. Embora a cafeína seja o ingrediente mais conhecido do café, há outros que são benéficos para a saúde. Os polifenóis são um deles, antioxidante que previne doenças inflamatórias, tais como diabetes tipo 2. Os outros dois são minerais: magnésio, que também está associado com a redução do risco de diabetes tipo 2, e crômio.
RESULTADOS DA PESQUISA
A avaliação clínica e análise de 28 estudos (envolvendo 1,109,270 pessoas, 45.335 diabéticos entre eles, todos acompanhados por 20 anos), liderado pela Harvard School of Public Health mostra que “aqueles que tomaram uma quantidade de café acima de uma xícara por dia durante um período de 4 anos tiveram um risco 11 por cento menorde diabetes tipo 2, em comparação com aqueles que não fizeram alterações em sua ingestão de café”. As descobertas eram válidas para o café regular e descafeinado. Por outro lado, aqueles cujo consumo de café era inferior a um copo por dia tiveram 17 por cento maior risco de desenvolver diabetes tipo 2.
EXERCÍCIO E CAFÉ
Outros estudos investigaram o efeito do exercício em conjunto com o consumo de cafeína entre aqueles com diabetes tipo 2. Os resultados revelaram que “aqueles que faziam 40 minutos de exercício físico apresentaram redução significativa em seus níveis de açúcar no sangue em comparação com outros grupos. As descobertas sugerem que a cafeína juntamente com o exercício prolongado poderia reduzir os níveis de açúcar no sangue”. Indiretamente, isso sugere que entre os não-diabéticos, o exercício e café em conjunto fornecem benefícios para a saúde.
LIMITES DA BEBIDA
A Clínica Mayo recomenda não mais do que 3 a 5 xícaras de café por dia para quem gosta de café, pois beber mais do que isso pode causar efeitos graves em algumas pessoas, como aumento do batimento cardíaco, arritmia cardíaca, nervosismo, agitação, irritabilidade, acidez estomacal, tremores musculares e insônia. Enquanto algumas pessoas podem tolerar mais de 5 xícaras por dia, é aconselhável prestar atenção neste limite acima. Café, assim como outros produtos químicos em medicamentos, pode afetar as pessoas de forma diferente, mesmo em seu nível de açúcar no sangue. Como sempre, em caso de dúvida, sugerimos discutir suas preocupações com a saúde com o seumédico.
CONCLUSÃO
A água ainda é a melhor bebida para todos nós, especialmente para aqueles com diabetes tipo 2. Beber café, regular ou descafeinado, parece conferir bons benefícios para a saúde de ambos, os não-diabéticos e diabéticos igualmente. Para os não-diabéticos, a glicose e os níveis de A1c não aumentam significativamente ao se tomar 3-5 xícaras de café por dia adicionando-se creme e açúcar. Para aqueles com diabetes que tomam regularmente os seus medicamentos, beber a mesma quantidade por dia, especialmente sem creme e açúcar, poderá causar um pequeno pico instantâneo do nível de glicose, que irá se reduzir, e em nada irá afetar o nível de A1c, contanto que esta bebida esteja incluída na ingestão calórica diária prescrita ao indivíduo. Os outros benefícios do consumo de café sob contínuo estudo clínico incluem a melhoria da atenção entre os indivíduos com transtorno de déficit de atenção, a redução do risco de depressão, e redução do risco de doenças cardiovasculares, doenças hepáticas, Parkinson, Alzheimer e até mesmo câncer.
Eu sou Jay Shubrook, médico de família e diabetologista. Sou também professor do Departamento de Atenção Básica da Universidade de Touro, Faculdade de Medicina Osteopática, e eu atendo em clínicas saúde da família de Solano County. Estou falando para você hoje aqui da Sessão Científica da Reunião Anual da ADA. Agora irei compartilhar com vocês três coisas que costumo fazer na minha prática para tornar mais eficiente os cuidados de meus pacientes com diabetes.
Primeiro, é importante lembrar que a prevenção é uma grande parte do tratamento do diabetes. Sabemos que, para cada pessoa com diabetes, provavelmente há três outras pessoas que têm pré-diabetes. Ao realizar exames para o diagnóstico do diabetes, lembre-se que se o nível de A1c ou glicose estiver na faixa de pré-diabetes, temos tratamentos muito eficazes baseados em evidências que podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver o diabetes do paciente. Pense no Programa Nacional de Prevenção de Diabetes (NDPP). Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças tem um website nacional, que mostra todos os diferentes programas que estão disponíveis em cada comunidade. Lembre-se de incluir o NDPP como parte de seu algoritmo de tratamento para o diabetes.
A minha segunda sugestão diz respeito ao uso de metformina. Estamos todos de acordo que a metformina é o primeiro e provavelmente o tratamento mais importante para a diabetes tipo 2, juntamente com a modificação do estilo de vida. Mudança no estilo de vida por si só raramente é suficiente. Estudos mostram que a utilização de metformina no diagnóstico de diabetes de tipo 2 é muito mais eficaz do que esperar até que o paciente tente um período de intervenção no estilo de vida. Esperar apenas 3 meses após o diagnóstico de diabetes tipo 2 para iniciar a metformina pode reduzir sua eficácia e durabilidade em 50%. O tempo não é seu amigo no tratamento de diabetes tipo 2. Pense sobre as intervenções precoces e eficazes. Prescreva tratamentos com metformina a seus pacientes, com uma abordagem pontual, mas passo a passo para a titulação a fim de levá-los a uma dose terapêutica de pelo menos 1000 mg de metformina duas vezes por dia.
Minha terceira dica é para tratar a diabetes como uma doença crônica. Ajude seus pacientes a comemorar pequenos sucessos. Esta é uma doença que gasta algum tempo todos os dias para uma auto-gestão. Nas visitas que fazemos, vamos nos concentrar nos números, e essa é uma medida de sucesso. Lembre-se que toda mudança de número requer muitas horas de trabalho. Tanto quanto você puder, celebre o processo e não apenas o produto do trabalho de seus pacientes. Lembre-se de dar-lhes elogios enquanto eles estão fazendo o trabalho, e não apenas quando atingem o número que você quer que eles cheguem. Eu desenho carinhas sorridentes (smileys). Dou aos pacientes alta de cinco anos. Eu estou sempre surpreso com o quão importante são essas coisas para eles, e como eles acham que isso ajuda a envolvê-los para continuar o trabalho por mais 3 meses.
Finalmente, lembre-se que se você estiver trabalhando com seus pacientes e eles alcançarem o seu melhor A1c, felicite-os, pois sabemos que esta é uma doença crônica e nem sempre eles conseguirão melhorar novamente. Haverá solavancos na estrada. A capacidade de cuidar de si mesmo vai aumentar e diminuir. Trabalhe com eles através dos desafios, e ajude-os a celebrar os pequenos sucessos.