terça-feira, 5 de julho de 2016

O CAFÉ E O DIABETES

O que nós comemos e bebemos afeta nossa saúde. A relevância desta associação é ainda mais significativa entre aqueles que têm pré-diabetes e aqueles que realmente têm diabetes. Refrigerantes, diet ou zero, com açúcar ou sem, são todos nocivos, tóxicos para o corpo de adultos e crianças. Refrigerantes aumentam o risco de síndrome metabólica. Sucos de frutas processadas também são insalubres. Comer as frutas frescas (ou beber o suco da fruta que você extraiu sem quaisquer aditivos) é a opção mais saudável.
Que tal um café, para começar o dia ou durante uma pausa pela tarde, uma das bebidas mais populares do mundo? Estudos clínicos recentes concluíram que o consumo de café pode efetivamente reduzir o risco do desenvolvimento de diabetes. Mas qual a ação do café para aqueles que já têm pré-diabetes ou diabetes? Isso afeta a glicose (açúcar no sangue) e níveis de A1c? Uma xícara de 250 ml de café contém 140 miligramas de cafeína. Tomar dois copos por dia, ou até mesmo consumir até 400 miligramas de cafeína, parece ser seguro para a maioria dos adultos saudáveis. Tomar esta quantidade não faz subir o nível de açúcar no sangue significativamente quando se adiciona uma ou duas colheres de chá de açúcar. Adicionando mais açúcar, creme, aroma (que são carboidratos) no café, obviamente, aumentam o nível de glicose em um grau maior entre os diabéticos, a não ser que já esteja incluído na contagem de calorias diária prescrita.

O CONSUMO DE CAFÉ

Em todo o mundo, cerca de 1,4 bilhões de xícaras de café são consumidos por dia, 45 por cento das quais (400 milhões de xícaras) nos Estados Unidos, de acordo com a Organização Internacional do Café. Mas o consumo per capita em nível mundial mostra que os Estados Unidos é o número 22, bebendo 4 quilos de café por pessoa ao ano, sendo superado pelos países escandinavos (Finlândia, 11 kg de café por pessoa ao ano; Noruega, logo abaixo 11, e na Suécia e na Dinamarca, cerca de 10).

DIABETES TIPO 2

Em 2012, havia 29,1 milhões de americanos (9,3 por cento da população dos EUA) que tinham diabetes, dos quais cerca de 8,1 milhões foram diagnosticados. No mundo, há mais de 422 milhões de pessoas (dos 7,4 bilhões de pessoas na Terra hoje) que têm diabetes.
A prevalência de diabetes entre os idosos, com 65 anos e mais velhos, é de 25,9 por cento, ou cerca de 11,8 milhões. Todos os anos, cerca de 1,4 milhões de americanos são diagnosticados com diabetes. Em 2012, haviam 86 milhões de americanos maiores de 20 anos supostamente com pré-diabetes, 8 milhões a mais do que em 2010. Diabetes continua a ser a 7ª principal causa de morte nos Estados Unidos.
Por raça / etnia, a taxa de prevalência é a seguinte:
  • Brancos não-hispânicos, 7,6 %;
  • Asiático-americanos, 9,0 %;
  • Hispânicos, 12,8 %;
  • Negros não-hispânicos, 13,2 %;
  • Índios americanos / nativos do Alasca, 15,9 %.

CAFÉ E CAFEÍNA

A cafeína é o ingrediente químico natural no café. É um estimulante do sistema nervoso central, que é encontrado em mais de 60 plantas, como grãos de café e folhas de chá. A cafeína afeta o modo como uma pessoa se sente e se comporta. Ela acorda o cérebro na parte da manhã, melhora o foco e concentração, e ajuda a aliviar a sensação de fadiga. Cafeína processada em laboratório é usada como um aditivo para alimentos, bebidas energéticas e medicamentos sob prescrição. Embora a cafeína seja o ingrediente mais conhecido do café, há outros que são benéficos para a saúde. Os polifenóis são um deles, antioxidante que previne doenças inflamatórias, tais como diabetes tipo 2. Os outros dois são minerais: magnésio, que também está associado com a redução do risco de diabetes tipo 2, e crômio.

RESULTADOS DA PESQUISA

A avaliação clínica e análise de 28 estudos (envolvendo 1,109,270 pessoas, 45.335 diabéticos entre eles, todos acompanhados por 20 anos), liderado pela Harvard School of Public Health mostra que “aqueles que tomaram uma quantidade de café acima de uma xícara por dia durante um período de 4 anos tiveram um risco 11 por cento menorde diabetes tipo 2, em comparação com aqueles que não fizeram alterações em sua ingestão de café”. As descobertas eram válidas para o café regular e descafeinado. Por outro lado, aqueles cujo consumo de café era inferior a um copo por dia tiveram 17 por cento maior risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Que tal uma pausa para um cafezinho?! humm...
Que tal uma pausa para um cafezinho?! humm…

EXERCÍCIO E CAFÉ

Outros estudos investigaram o efeito do exercício em conjunto com o consumo de cafeína entre aqueles com diabetes tipo 2. Os resultados revelaram que “aqueles que faziam 40 minutos de exercício físico apresentaram redução significativa em seus níveis de açúcar no sangue em comparação com outros grupos. As descobertas sugerem que a cafeína juntamente com o exercício prolongado poderia reduzir os níveis de açúcar no sangue”. Indiretamente, isso sugere que entre os não-diabéticos, o exercício e café em conjunto fornecem benefícios para a saúde.

LIMITES DA BEBIDA

A Clínica Mayo recomenda não mais do que 3 a 5 xícaras de café por dia para quem gosta de café, pois beber mais do que isso pode causar efeitos graves em algumas pessoas, como aumento do batimento cardíaco, arritmia cardíaca, nervosismo, agitação, irritabilidade, acidez estomacal, tremores musculares e insônia. Enquanto algumas pessoas podem tolerar mais de 5 xícaras por dia, é aconselhável prestar atenção neste limite acima. Café, assim como outros produtos químicos em medicamentos, pode afetar as pessoas de forma diferente, mesmo em seu nível de açúcar no sangue. Como sempre, em caso de dúvida, sugerimos discutir suas preocupações com a saúde com o seumédico.

CONCLUSÃO

A água ainda é a melhor bebida para todos nós, especialmente para aqueles com diabetes tipo 2. Beber café, regular ou descafeinado, parece conferir bons benefícios para a saúde de ambos, os não-diabéticos e diabéticos igualmente. Para os não-diabéticos, a glicose e os níveis de A1c não aumentam significativamente ao se tomar  3-5 xícaras de café por dia adicionando-se creme e açúcar. Para aqueles com diabetes que tomam regularmente os seus medicamentos, beber a mesma quantidade por dia, especialmente sem creme e açúcar, poderá causar um pequeno pico instantâneo do nível de glicose, que irá se reduzir, e em nada irá afetar o nível de A1c, contanto que esta bebida esteja incluída na ingestão calórica diária prescrita ao indivíduo. Os outros benefícios do consumo de café sob contínuo estudo clínico incluem a melhoria da atenção entre os indivíduos com transtorno de déficit de atenção, a redução do risco de depressão, e redução do risco de doenças cardiovasculares, doenças hepáticas, Parkinson, Alzheimer e até mesmo câncer.

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