segunda-feira, 29 de agosto de 2016

FALSAS PROMESSAS DA CURA DO DIABETES!


Edição do dia 28/08/2016
28/08/2016 22h27 - Atualizado em 28/08/2016 22h33

Médicos iludem pacientes com tratamentos para Aids e diabetes



Uma planta que é capaz de eliminar o HIV e uma dieta que pode diminuir 
e até acabar com a necessidade de insulina estão sendo vendidas pela web.

ma planta capaz de eliminar o vírus da Aids; o controle do diabetes apenas com uma dieta. A ciência não encontrou a cura para essas doenças crônicas, mas existem médicos que tentam ganhar dinheiro e iludir pacientes com falsas promessas de tratamento para elas. É o que revela reportagem exclusiva do Fantástico.






FONTE:http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2016/08/medicos-iludem-pacientes-com-tratamentos-para-aids-e-diabetes.html

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

ENTREVISTAS E COBRAÇAS DO GOVERNO PARA SANAR A FALTA DE INSUMOS E MEDICAMENTOS



Durante o encontro presencial do Programa Nacional de Jovens e Adultos com Diabetes, os participantes decidiram escolher a política pública de levantamento de medicamentos e insumos, que estão faltando nos diversos municípios, e realizar ações municipais, estaduais e federais, para sanar ou diminuir esta problemática  por todo o país.  Assim, as lideranças em diabetes têm denunciado a falta de insumos e de medicamentos, devido ao corte de investimento do governo na pasta da saúde.

Para melhorar esta política pública, o Grupo optou trabalhar a sensibilização da mídia para pressionar as autoridades responsáveis a concederem as respostas sobre os motivos desta falta. De acordo com as autoridades, as causas são: período de licitação, falta de recursos do governo ou de planejamento, entre outros.

Pensando nisso, o Grupo começou a trabalhar em quatro cidades diretamente: Petrolina, situada em Pernambuco; São Luís, capital do Maranhão; Fortaleza, capital do Ceará; e Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, e indiretamente em Maceió, capital de Alagoas.

Foram realizadas mais de quatro entrevistas nas principais mídias de cada município. As autoridades de Petrolina foram sensibilizadas e voltaram a abastecer as fitas e lancetas. Em São Luís, apesar de todas as entrevistas, as autoridades se pronunciaram que estão em período de licitação e ainda não têm previsão de abastecer a população. Com base neste resultado, a presidente da Associação Maranhense do Diabetes tipo 1 vai se reunir com o secretário de saúde para saber a data prevista de entrega das insulinas.

Já em Fortaleza, a presidente da Associação Cearense de Diabetes e Hipertensos, além das entrevistas, realizou no último sábado, o Dia Nacional de Combate ao Colesterol e aproveitou a data para medir a glicemia das pessoas e, ao mesmo tempo, chamar a atenção da população sobre a falta de medicamentos e de fitas. Inclusive já realizou a primeira reunião com a secretária de saúde do município. Segundo as últimas informações, alguns postos já voltaram a receber os insumos.

Em Belo Horizonte, a situação ainda não foi reestabelecida. A Associação de Diabetes Infantil promoverá o 2º Fórum de Diabetes de Minas Gerais, para chamar a atenção das autoridades e ter apoio da população para que os participantes discutam oportunidades de acesso ao tratamento da pessoa com diabetes.

Em Maceió, a população está com falta de tiras reagentes faz seis meses. Segundo a entrevista no Programa Bem Estar, da TV Globo, o governo está concluindo o processo de compras e logo fornecerá à população:https://globoplay.globo.com/v/5203190/

Temos consciência de que outros municípios estão apresentando o mesmo problema e todas as lideranças de diabetes foram sensibilizadas para concederem entrevistas e cobrarem do poder público iniciativas para sanar a falta de abastecimento! Estamos de olho!!!

FONTE: http://www.convivenciacomdiabetes.com.br/2016/08/entrevistas-e-cobracas-do-governo-para_7.html

PORQUE A SBD CONDENA A PRÁTICA PERIGOSA DAS FALSAS PROMESSAS

DR. LUIZ A. TURATTICREMESP 82.009Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes
DR. AUGUSTO PIMAZONI NETTOCREMESP 11.970Coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes doHospital do Rim – Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP
Principalmente nos últimos anos, vem se tornando uma lamentável realidade a divulgação intensiva de falsas promessas de cura e controle do diabetes, de forma absolutamente promocional e mercantilista. Defendendo a utilização de soluções simplistas baseadas unicamente em propostas dietéticas, ao mesmo tempo em que tentam promover a satanização dos tratamentos farmacológicos, tais práticas ignoram as particularidades sobre o estado clínico de cada paciente.
Antes de tudo, é importante salientar que as entidades profissionais relacionadas ao diabetes reconhecem plenamente a importância vital da abordagem dietética, quando bem praticada e, principalmente, quando definida levando em conta as peculiaridades médicas de cada paciente. Em outras palavras, o tratamento dietético é necessário, porém, não suficiente para o efetivo controle de grande parte da população de pessoas com diabetes. Na verdade, as estratégias de controle do diabetes serão sempre melhoradas com a implementação de estratégias educacionais, nutricionais, automonitorização domiciliar e de tratamento medicamentoso, quando indicado. A figura 1 resume uma proposta efetiva de estratégias conjuntas e interdisciplinares. 
Figura 1 – Resumo de proposta efetiva de estratégias conjuntas e interdisciplinares
Profissionais médicos responsáveis pela divulgação de práticas condenáveis de falsas promessas podem estar infringindo alguns artigos importantes do Código de Ética Médica de 2013, tais como: Art. 37 - Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente; Art. 75 - Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em meios de comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente; Art. 111 - Permitir que sua participação na divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação de massa, deixe de ter caráter exclusivamente de esclarecimento e educação da sociedade. Art. 114 - Consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa.
Art. 115 - Anunciar títulos científicos que não possa comprovar e especialidade ou área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado no Conselho Regional de Medicina. Art. 116 - Participar de anúncios de empresas comerciais qualquer que seja sua natureza, valendo-se de sua profissão. 
A recomendação para suspensão do tratamento medicamentoso, sem conhecer o paciente, é uma postura ilegal e perigosa, podendo trazer consequências sérias, inclusive com morte do paciente.
Um exemplo vivo dos riscos de recomendações visando a suspensão arbitrária do tratamento farmacológico de pacientes com diabetes pode ser visto no filme “Promised a Miracle”, baseado numa história real que pode ser assim resumida: os pais de uma criança de onze anos, portadora de diabetes tipo 1 e em tratamento insulínico permanente, acabam se influenciando pela comunidade religiosa que frequentavam e acabaram por suspender o tratamento insulínico da criança, uma vez que Deus se encarregaria de curá-la. Evidentemente, a pobre criança acaba morrendo e os pais acabaram condenados por homicídio culposo. Vale a pena assistir a este comovente filme lançado em 1988 e que talvez ainda esteja disponível em videolocadoras (Figura 2).
Figura 2 – Um filme que aborda as graves consequências da suspensão do tratamento insulínico em uma criança com diabetes
Em resumo, a Sociedade Brasileira de Diabetes reconhece a importância das estratégias nutricionais, desde que acompanhadas de estratégias educacionais, de automonitorização domiciliar e de caráter farmacológico medicamentoso. Por outro lado, CONDENA com total veemência a recomendação irresponsável de suspensão de tratamentos para o diabetes, sem sequer nunca ter examinado o paciente. E esta é a razão pela qual as autoridades públicas devem intervir para coibir essa prática.
Fonte: Código de Ética Médica: Código de Processo Ético Profissional, Conselhos de Medicina, Direitos dos Pacientes. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, 2013. 96 p.
Fonte:http://www.diabetes.org.br/noticias-destaque/1348-porque-a-sbd-condena-a-pratica-perigosa-das-falsas-promessas