Fonte:
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
CONSIDERAÇÕES SOBRE DIABETES E PRÉ-DIABETES
Informações do Autor
Dra. Andressa Heimbecher Soares
Endocrinologista
Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Médica colaboradora do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e Membro Ativo da Endocrine Society.
Endocrinologista
Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Médica colaboradora do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e Membro Ativo da Endocrine Society.
Será que o pré-diabetes é reversível ou não? Afinal, o que realmente distingue o diabetes do pré-diabetes?
O diabetes é uma doença causada pelo aumento da glicose (açúcar) na corrente sanguínea. Pode acontecer quando há falta de insulina ou uma dificuldade da insulina do nosso corpo em exercer adequadamente seus efeitos.
A insulina é um hormônio que tem o papel de reduzir a glicemia ao permitir que o açúcar presente no sangue entre dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. Na falta da insulina ou quando a insulina não funciona corretamente, há um aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes.
No diabetes tipo 1, o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina, enquanto que no diabetes tipo 2, o corpo vai se tornando resistente à insulina. A diferença básica é que no tipo 1 o organismo não produz a insulina enquanto que, no tipo 2, inicialmente os níveis da insulina produzida varia de casos a caso.
Pré-diabetes é um termo usado para indicar que o paciente tem potencial para desenvolver a doença, como se fosse um estado intermediário entre a pessoa saudável e o diabetes tipo 2. Geralmente, no quadro de pré-diabetes, já conseguimos identificar alterações de glicemia e também resistência dos pacientes à ação da insulina.
O ponto central nos cuidados do pré-diabetes é que ele indica a ponta do iceberg, ou melhor, o começo de uma escada que, no seu final, termina com o diabetes estabelecido como doença e todas as suas possíveis complicações: retina, rins, coração, nervos... enfim, uma série de problemas que enquanto o paciente ainda tem pré-diabetes, é possível evitar.
Se a glicemia de jejum estiver entre 70 mg/dL e 100 mg/dL, fica caracterizado um estado de normalidade. Resultados de 100 mg/dL a 126 mg/dL sugerem a presença de pré-diabetes. O estado de diabetes pode ser sugerido se a glicemia de jejum for superior a 126 mg/dL.
O ganho de peso, a tendência genética, o sedentarismo e a alimentação baseada em alimentos hipercalóricos estão todos envolvidos como possíveis causas de pré-diabetes. Mas, o principal fator de risco, atualmente, para o desenvolvimento do pré-diabetes é o ganho de peso. Com o aumento do peso, o pâncreas passa a produzir mais insulina na tentativa de controlar os níveis de açúcar. E, no entanto, o organismo não interpreta este aumento na produção de insulina de forma benéfica e o estado de resistência insulínica surge, fazendo com que apesar de muita insulina estar disponível, ela acabe funcionando pouco.
Mas será que o diagnóstico de pré-diabetes é um kit de más notícias? Não, muito pelo contrário. Na maior parte dos casos, apesar do paciente ser diagnosticado com pré-diabetes e estar sem sintomas, conseguimos traçar uma estratégia de prevenção de evolução para o diabetes e os resultados, quando as orientações são seguidas, podem ser os melhores possíveis.
Nos pacientes com pré-diabetes, se estão em sobrepeso ou obesidade, uma perda de cerca de 5% a 7% do peso corporal já leva a uma melhora metabólica importante.
Com o uso de medicação de forma associada, também é possível evitar a progressão para diabetes em muitos casos.
As mudanças do estilo de vida são o pilar do tratamento do pré-diabetes. Sabendo que é um quadro reversível, a nossa preocupação é que o paciente adote novos hábitos saudáveis para o resto da vida. Atividades físicas programadas e não programadas como subir e descer escadas, dieta com redução de carboidratos simples e troca por carboidratos complexos, diminuição do consumo de gorduras saturadas e aumento do consumo de fibras e carnes magras, enfim, estas medidas somadas à avaliação médica regular e na maior parte dos casos, além da perda de peso vão levar ao controle e muitas vezes à regressão do pré-diabetes. Neste caso, de fato, o que queremos é um passo para trás nesta escalada do diabetes!
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
MENSAGEM NATALINA
Que neste Natal
Aquela magia toda guardada durante todo o ano
Venha presente nos corações daqueles que festejam o amor.
Que não apenas seja uma comemoração,
Mas um início para uma nova geração.
O Natal simboliza nova vida,
Pois nele comemoramos o nascimento do Homem
Que modificou a nossa maneira de ver o mundo.
Trazendo-nos amor e esperança.
Que neste natal sejam confraternizados todos os desejos
De um mundo melhor.
Que todos estabeleçam um novo vigor de humanidade.
E que nada seja mais forte do que a união
Daqueles que brindam o afeto entre eles.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo!
Aquela magia toda guardada durante todo o ano
Venha presente nos corações daqueles que festejam o amor.
Que não apenas seja uma comemoração,
Mas um início para uma nova geração.
O Natal simboliza nova vida,
Pois nele comemoramos o nascimento do Homem
Que modificou a nossa maneira de ver o mundo.
Trazendo-nos amor e esperança.
Que neste natal sejam confraternizados todos os desejos
De um mundo melhor.
Que todos estabeleçam um novo vigor de humanidade.
E que nada seja mais forte do que a união
Daqueles que brindam o afeto entre eles.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo!
sábado, 10 de dezembro de 2016
ADJ Informa: Conitec concede parecer positivo sobre a incorporação das insulinas análogas de ação rápida
No evento Conitec 5 anos, ocorrido esta semana, foi relatado que a Conitec concedeu a recomendação para incorporação das insulinas análogas de ação rápida pelo SUS para pessoas com diabetes tipo 1.
A ADJ Diabetes Brasil ressalta que o parecer precisa passar pela aprovação do Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde para ser incorporado.
Por isso, ainda não sabemos se todos as pessoas com diabetes tipo 1 serão beneficiadas.
A ADJ Diabetes Brasil, uma das Entidades envolvidas neste processo, agradece a todos os demais que também se envolveram, os representantes da Sociedade Brasileira de Diabetes, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Associação Nacional de Assistência ao Diabético (ANAD) e Federação Nacional de Associações e Entidades de Diabetes (FENAD).
Além disso, a ADJ agradece todos os membros das 30 associações de pacientes com diabetes pelo apoio, pela assinatura da petição e pelo envolvimento nas consultas públicas.
É de se ressaltar que o trabalho do departamento de advocacy da ADJ Diabetes Brasil, representado pela Vanessa Pirolo, em conjunto com a Dra. Karla Melo representante da SBD foi importante na sensibilização dos membros, que participam da plenária da Conitec.
Não podemos deixar de agradecer a todos que participaram assinando a petição, que fez parte do processo encaminhado à CONITEC.
COM ADJ DIABETES BRASIL
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
DIABETES HOJE E AMANHÃ: PODEMOS MELHORAR AS PERSPECTIVAS?
Em 2014 estimou-se em 422 milhões o número de diabéticos no mundo, 4 vezes mais que em 1984.
Um terço da população adulta apresenta pré-diabetes e houve 3,7 milhões de mortes atribuídas ao pré-diabetes e ao diabetes, principalmente relacionadas à doença cardiovascular, câncer e doença renal crônica. Ou seja, a hiperglicemia mata mais que a AIDS e é um problema de saúde pública em ebulição!
Quando oferecido um tratamento adequado, o paciente diabético vive muito bem. É cada vez mais comum vermos diabéticos correndo maratonas, explorando trilhas ou escalando os picos das montanhas mais elevadas do mundo. Pessoas com a doença desde a infância agora vivem a oitava e nona décadas de vida de maneira prazerosa, coisa rara no passado. São excelentes as notícias do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos: reduziram-se em 67,8% os infartos, 65% as mortes por crises hiperglicêmicas, 50% as amputações e derrame cerebral e 28% a doença renal terminal causada pelo diabetes.
Mais recentemente contamos com um arsenal de novos tratamentos que estão se demonstrando eficazes em prevenir que o paciente com diabetes tenha os problemas renais, oculares e cardiovasculares relacionados à doença. Esta é a realidade atual aplicada em nossa prática privada.
No entanto, o que oferecemos para a nossa população no sistema público de saúde? Poucas oportunidades de atendimento, acesso restrito aos exames oftalmológicos que previnem a cegueira, insulinas antiquadas e de aplicação desconfortável e inacessibilidade a novos medicamentos que possuem sua eficácia comprovada. Tem sido frustrante se perceber a distância cada vez maior do atendimento privado e o oferecido na rede pública. Temos que discutir com o Estado as melhores práticas de avaliação e tratamento.
Na Inglaterra, 20 mil pessoas em risco de diabetes receberam, em 2016, uma mudança personalizada de estilo de vida para prevenção da doença. Em 2020 serão 100 mil. Nos Estados Unidos, a incorporação dessas medidas demonstrou economias de U$ 2,650.00 por paciente. Apenas com dieta adequada e atividade física! Podemos fazer igual aqui. Que este Dia Mundial do Diabetes seja de virada contra a doença no Brasil.
Dr. Fernando Gerchman, MD, PhD
Prof. Adjunto do Departamento de Medicina Interna da UFRGS;
Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre;
Membro do corpo clínico do Hospital Moinhos de Vento
Secretário da Sociedade Brasileira de Diabetes – regional Rio Grande do Sul
Prof. Adjunto do Departamento de Medicina Interna da UFRGS;
Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre;
Membro do corpo clínico do Hospital Moinhos de Vento
Secretário da Sociedade Brasileira de Diabetes – regional Rio Grande do Sul
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