quarta-feira, 22 de março de 2017

Audiência pública debaterá tratamento do diabetes no Brasil e sua judicialização

Audiência pública debaterá tratamento do diabetes no Brasil e sua judicialização
Evento é organizado pelo mandato do deputado estadual Gil Lancaster e pela ADJ Diabetes Brasil
A ADJ Diabetes Brasil promove no dia 6 de abril, às 14h, a audiência pública: A realidade do tratamento do diabetes no Brasil e sua judicialização, que será realizada no auditório Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa. Nele, estarão presentes deputados, representantes do Ministério Público da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e do Ministério da Saúde, bem como da Sociedade Brasileira de Diabetes e da ADJ Diabetes Brasil.
Esta iniciativa faz parte do III Programa Nacional de Jovens e Adultos com Diabetes, dando continuidade à articulação da rede de lideranças em diabetes, capacitando os participantes e outros representantes de associações, que se unirão à proposta.
O projeto tem como objetivos: articular a rede para realização de iniciativas que promovam a melhoria do tratamento do diabetes no Brasil; incentivar a troca de experiências e iniciativas nos municípios e estados, mobilizando-os para realização de campanhas; tornar os participantes polos difusores de informações, principalmente nas redes sociais, orientando-os a chamar a atenção do poder público e promover campanhas de advocacy dentro das associações que representam; e estimular a divulgação das ações na mídia.  
Dessa forma, com a união de lideranças de associações do país, o tema diabetes ganhará mais visibilidade no panorama nacional, como também boas práticas serão implantadas para melhorar a universalidade, a equidade e a integralidade do tratamento da pessoa com diabetes no Brasil.

Para esta iniciativa se realizar, contamos com apoio da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, do Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e da Federação Internacional de Diabetes da Região da América Latina (IDF SACA).

Sobre a ADJ Diabetes Brasil
Fundada em 10 de março de 1980, a ADJ Diabetes Brasil é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, legalmente registrada no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Seu objetivo é promover educação nesse campo para pessoas com diabetes, familiares, profissionais de saúde e comunidade.
Atende gratuitamente as pessoas com todos os tipos de diabetes, de qualquer faixa etária e classe socioeconômica. Oferece um trabalho integrado realizado por uma equipe multidisciplinar.

Informações à imprensa:
Jornalista: Vanessa Pirolo
Tel.: 11 20637638/ 993872603


segunda-feira, 20 de março de 2017

CONHEÇA OS 5 MELHORES ALIMENTOS QUE COMBATEM A DIABETES TIPO 2

Diabetes é a sétima principal causa de mortes nos Estados Unidos, e dobra o risco de ataque cardíaco e derrame. No entanto, diabetes tipo 2 muitas vezes pode ser consequência de um estilo de vida inadequado – nossas escolhas alimentares podem prevenir ou promover a luta contra a insulina e resultar em diabetes.

ESCOLHAS ALIMENTARES QUE PODERIAM DIMINUIR O RISCO DE DIABETES

Muitas dietas predizíveis do diabetes confiam na ingestão da carne ou dos grãos como fonte principal da caloria. Mas, essas estratégias têm sérias desvantagens. Alimentos com alto níveis de nutrientes e com baixa carga glicêmica (CG) são os alimentos ideais para diabéticos, e estes alimentos também podem ajudar a prevenir o diabetes em primeiro lugar:
  1. Vegetais verdesvegetais verdes nutritivos – folhas verdes, vegetais crucíferos, e outros legumes verdes – são os alimentos mais importantes para se concentrar a fim de prevenir o diabetes ou, para aqueles que já tem, tentar revertê-lo. Uma maior ingestão de vegetais verdes está relacionada ao menor risco de desenvolver diabetes tipo 2, e entre os diabéticos, uma maior ingestão de vegetais verdes está associada a menores níveis de HbA1c. Uma análise recente descobriu que uma maior ingestão de folhas verdes pode diminuir o risco de diabetes tipo 2 até 14 por cento. Um estudo relatou que cada porção diária de folhas verdes produz uma diminuição de 9 por cento no risco de diabetes.
  2. Vegetais sem amido:  não-verde, vegetais sem amido, como os cogumelos, cebolas, alho, berinjela, pimentão, etc, são componentes essenciais de uma dieta para a prevenção da diabetes. Estes alimentos têm efeitos quase inexistentes na glicose no sangue e são embalados com fibras e fitoquímicos.
  3. Feijão: feijão, lentilhas e outras leguminosas são a fonte de carboidratos ideal. Feijão são baixos no índice glicêmico devido à sua proteína moderada, fibra abundante e amido resistente, carboidratos que não são discriminados no intestino delgado. Isso reduz o número de calorias que podem ser absorvidas de feijão; Mais, amido resistente fermentado por bactérias no cólon, formando produtos que protegem contra câncer de cólon. Assim, feijão e legumes estão associados a um menor risco de diabetes e câncer de cólon.
  4. Nozes e sementes: nozes possuem baixo índice glicêmico, promovem a perda de peso e têm efeitos anti-inflamatórios que podem evitar o desenvolvimento de resistência à insulina. O estudo Nurses Health Study encontrou um risco reduzido de 27 por cento de diabetes em enfermeiros que comeram cinco ou mais porções de nozes por semana. Entre os enfermeiros que já tinham diabetes, essa mesma quantidade reduziu o risco de doença cardíaca em cerca de 47 por cento.
  5. Frutas frescas: As frutas são ricas em fibras e bons antioxidantes, e são uma escolha baseada em nutrientes que satisfazem os desejos de doces também. Comer três porções de frutas frescas todos os dias pode diminuir o risco de diabetes em 18 por cento. Para aqueles indivíduos que já são diabéticos, recomendamos a aderência em algumas frutas de baixo nível de açúcar como kiwi, laranjas e melão para minimizar os efeitos glicêmicos.

CIENTIFICAMENTE COMPROVADO EM REDUZIR O RISCO OU ATÉ MESMO REVERTER A DIABETES

Este estilo funciona. Em um estudo recente em que diabéticos tipo 2 seguiram esta dieta, os resultados mostraram que 90 por cento dos participantes poderiam abandonar todos os medicamentos para diabetes, e a média HbA1c após um ano foi de 5,8, que está no intervalo normal ou não-diabético. Uma dieta de alimentos veganos, nozes, sementes, feijão e frutas frescas pode prevenir ou mesmo reverter o diabetes enquanto incentiva a saúde a longo prazo.
Ninguém deve ter diabetes tipo 2, e aqueles com diabetes tipo 1 podem melhorar sua expectativa de vida, saúde e qualidade de vida com este plano de dieta.
FONTE:http://www.tiabeth.com/index.php/2017/01/29/conheca-os-5-melhores-alimentos-que-combatem-a-diabetes-tipo-2/
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quinta-feira, 2 de março de 2017

Presidente da Associação de Diabéticos de Cajazeiras representará Sertão em São Paulo

O presidente do Grupo de Diabéticos de Cajazeiras, o jovem Ronaldo Rodrigues, representará o Alto Sertão paraibano nos dias 05, 06 e 07 de abril na cidade de São Paulo. Será realizado III Encontro Nacional de Jovens e Adultos com Diabetes, uma iniciativa promovida pela Associação Nacional de Diabetes Juvenil-ADJ. E desde 2015 reuni 30 ativistas de associações do Brasil elaborando estratégias e articulações sobre a prática de advocacy nos estados Brasileiros.
Para o jovem ativista esse momento serve de fortalecimento do coletivo que busca a melhoria do acesso das pessoas com diabetes, o mesmo ressalta que o momento é importante para que ocorra a troca de experiências e cada associação possa trocar experiências sobre a realidade vivenciada em sua localidade.
Ronaldo Rodrigues irá compartilhar com o grupo os passos sobre a sanção de projetos de lei.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Judicialização da saúde: a culpa é de quem?

Do ano passado para cá, os jornais da grande mídia tem feito um intenso debate sobre a explosão da judicialização da saúde, sempre associada aos pedidos judiciais dos cidadãos de medicamentos e tratamentos pelo SUS. A narrativa consolida duas visões: de ineficiência do sistema público de saúde, e de abuso da busca do Poder Judiciário pelos usuários do SUS.

No entanto, dados recentes sobre judicialização da saúde em São Paulo sugerem outro cenário: aumentaram as ações judiciais envolvendo questões de saúde no Estado, mas o crescimento mais expressivo ocorreu no setor privado. Isso significa que a grande mídia responsabiliza o SUS pela falhas dos planos de saúde sob análise do Poder Judiciário, e culpa os cidadãos que buscam a efetivação do direito à saúde na Justiça pelos abusos das empresas de saúde suplementar.

Duas notícias relatando pesquisas acerca do número de ações de saúde em São Paulo foram publicadas neste mês de fevereiro de 2017. No portal da FAPESP, 3 pesquisas revelam que nos últimos cinco anos a quantidade de processos movidos por usuários contra a gestão estadual de saúde aumentou 92%. No mesmo período, segundo a pesquisa coordenada pelo Professor da Faculdade de Medicina da USP Mário Scheffer, o número de ações judiciais contra planos de saúde no Estado de São Paulo aumentou 631% em primeira instância, e 146% em segunda instância.

É certo que as ações movidas contra a gestão estadual desconsideram os processos do interior do Estado movidos contra as gestões municipais. Mas um comparativo entre os dados coletados pela equipe coordenada por Mário Scheffer e pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo em 2015, e ainda pelo Conselho Nacional de Justiça entre 2011 e 2012, indica que o aumento dos problemas da saúde privada levados à apreciação do Poder Judiciário vem sendo ignorado em boa parte das notícias e análises sobre judicialização da saúde.

Conforme dados da pesquisa coordenada por Mário Scheffer, em 2016 havia 19.025 ações judiciais contra planos de saúde em primeira instância, e 11.377 em segunda instância, somando o total de 30.402 processos em andamento. 

Na relatório "Judicialização em Saúde no Estado de São Paulo" apresentado pela Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo durante a II Jornada de Direito da Saúde, verifica-se que em 2015 havia 43 mil ações judiciais contra as gestões estadual e municipal do SUS.

Na pesquisa "Judicialização da saúde no Brasil - dados e experiências" do Conselho Nacional de Justiça, constata-se que entre 2011 e 2012 foram proferidas 26.838 decisões em segunda instância em processos de saúde, sendo 10.940 em ações contra o SUS e 9.485 em ações contra planos de saúde (vide página 20 do relatório).

Referidos dados sugerem que, embora o número de ações judiciais contra o SUS ainda supere o número de ações contra os planos de saúde no Estado de São Paulo, o maior crescimento de processos vem se dando na área de saúde privada. 

Assim, os dados do Poder Judiciário em São Paulo não corroboram a ideia da privatização como melhor solução para a saúde no Brasil. O SUS não é tão ruim, tampouco os planos de saúde tão bons, como se apregoa nos noticiários. E considerando que o SUS atende 45 milhões de paulistas com pouco (e cada vez menor após a Emenda Constitucional 94) financiamento, e os planos de saúde cobrem (insatisfatoriamente) apenas 18 milhões de pessoas no Estado com todos os incentivos fiscais que recebem, os dados da judicialização da saúde também indicam que o "SUS faz mais e melhor com menos recursos que a saúde privada".

Esses dados também podem indicar que o crescimento da judicialização da saúde no país não se deve apenas ao aumento da busca legítima do Poder Judiciário pelos cidadãos para a efetivação do direito à saúde integral e para o aperfeiçoamento do SUS, mas também aos crescentes abusos praticados pelos planos de saúde. 

Portanto, é preciso um outro olhar (e mais pesquisas) sobre o aumento da judicialização da saúde, e em todos os Estados do Brasil: para que não recaia sobre o SUS e sobre os cidadãos (e suas expectativas legítimas de realização na prática das políticas públicas de saúde) a responsabilidade pelas falhas dos planos de saúde, provenientes da ganância (e da ausência de compromisso com a vida dos associados) das empresas de saúde privada.

E um debate mais democrático, a partir de múltiplos vieses, sem manipulação de dados, substituindo o falso consenso de busca abusiva do Poder Judiciário pelos cidadãos, quando lutam em defesa de seu direito à saúde e à vida digna.


imagem do portal uol


Agradeço as contribuições de Ricardo Teixeira, que compartilhou no facebook a notícia sobre a pesquisa coordenada por Mário Scheffer, e de Rubens Glasberg, que me enviou a notícia sobre as pesquisas da FAPESP por whatsapp.

Fonte:
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