sábado, 29 de abril de 2017

METADE DOS CERCA DE 12 MILHÕES DE BRASILEIROS QUE TEM DIABETES NÃO SABEM QUE TÊM A DOENÇA

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 422 milhões de adultos viviam com diabetes até o ano de 2014 em todo o mundo, um montante que corresponde à 8,5% da população mundial. Para efeito de comparação, em 1980 esse total era de 108 milhões, representando um aumento de 290% em menos de 30 anos. O órgão ainda aponta que metade destes pacientes está dividida entre cinco países: China, Índia, Estados Unidos, Brasil e Indonésia.
Embora seja uma doença crônica, que pode ser controlada, a diabetes ainda é considerada fator de risco para complicações como cegueira e amputação de membros, em decorrência da falta de diagnóstico precoce e tratamento adequado. Um dos principais agravantes para tanto pode ser o acesso dos pacientes à saúde tanto antes dos primeiros sinais da diabetes quanto depois.
É o que aponta uma estimativa da Sociedade Brasileira de Diabetes (SDB). Segundo Marco Krakauer, Diretor de Novas Tecnologias da SBD, cerca de metade das 12 milhões de pessoas que têm diabetes no Brasil não sabem que apresentam a doença. Fatores como falta de tempo e problemas financeiros também são motivos apresentados para a negligência da doença. Mais do que trazer danos ao paciente, o diagnóstico tardio ainda eleva o custo com gastos de saúde, tanto nas famílias como no sistema público de saúde. No Brasil, os custos com internações no SUS por complicações decorrentes do diabetes chegaram a R$92 milhões em 2015, de acordo com a OMS.

PROPICIANDO ACESSO

Em um cenário como o esperado, de cada vez mais pacientes com diabetes precisando de diagnóstico e acompanhamento, novas tecnologias que propiciem esse acesso à saúde são decisivas para definir como o País lidará com a chamada “epidemia de diabetes”. Com a capacidade laboratorial insuficiente para o volume de testes que seriam necessários para esse controle, a tecnologia Point of Care (POC) aparece como uma das principais alternativas.
Esses testes rápidos, também chamados de exames laboratoriais remotos, permitem a realização de exames confiáveis no local do atendimento, utilizando apenas uma pequena amostra de sangue ou urina do paciente. Por esse motivo, o diagnóstico é mais rápido e permite o acompanhamento correto e mais eficaz para pacientes com doenças como a diabetes.
“Por demandar apenas um aparelho pequeno, essa tecnologia é usada para fazer exames rápidos e pode ajudar muito no tratamento das pessoas com diabetes, especialmente aquelas que têm dificuldade para ir a suas consultas ou mesmo ao laboratório realizar seus exames. Além disso, o imediatismo do Point of Care ajuda a combater a evasão dos pacientes, que por motivos diversos acabam não retornando ao médico ou mesmo ao laboratório para buscar seus resultados”, explica Krakauer.
Segundo ele, a tomada de decisão do médico é outro fator importante e extremamente dependente da estrutura de diagnóstico, uma vez que diminui problemas como deslocamento do paciente e a demora no resultado do exame. “O POC também acaba propiciando uma condição melhor de trabalho, pois o especialista não precisa ficar aguardando muito tempo para ministrar um tratamento ou sugerir alguma mudança de dieta do paciente com diabete. A grande vantagem disso é antecipar as modificações de tratamento, economizar no tempo, levar mais acesso ao tratamento ao paciente quem não tem e, em termos de saúde pública, economizar o dinheiro do sistema”, finaliza.

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segunda-feira, 24 de abril de 2017

MENOS DE 1% DOS DIABÉTICOS DO BRASIL TÊM ACESSO À TERAPIA MODERNA

Se você precisar de algo mais moderno que uma metformina, vai ter que pagar caro por ele
Embora o Brasil disponha de tecnologia avançada voltada ao tratamento da diabetes, menos de 1% da população acometida pela doença atualmente – cerca de 14 milhões de pessoas no País – têm acesso a estes tratamentos. O cenário é resultado da lentidão com que estes recursos são incorporados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o que acaba restringindo àqueles que pagam o uso das terapias modernas.
O panorama do Grande ABC em relação ao problema é semelhante ao nacional: estima-se que dos 270 mil moradores acometidos pelo mal, pelo menos metade não tenha ciência de que possui a doença, destaca o diretor do departamento de Tecnologia da Sociedade Brasileira de Diabetes, presidente da Adiabc (Associação de Diabetes do ABC) e coordenador da Endocrinologia do Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama, Márcio Krakauer.
“Estamos falando de insulinas diferenciadas e que têm menor risco de episódios de hipoglicemia, bombas infusoras de insulina (aparelho com comando eletrônico que envia microdoses do medicamento de forma contínua), materiais para testes mais avançados, além de sensores para o monitoramento da glicose, tecnologias já incorporadas nos Estados Unidos e na Europa”, destaca Krakauer. Em média, o custo de tratamentos que fazem uso de meios modernos parte do mínimo de R$ 300 até R$ 2.000 ao mês.
Devido ao alto custo, as terapias em questão ficam restritas à rede privada de Saúde. “Com exceção das pessoas que de alguma forma têm conhecimento e certo poder aquisitivo para contratar advogado e conseguem essa medicação via ação judicial, no Brasil, somente quem paga por essa tecnologia tem acesso”, ressalta o endocrinologista.
Segundo o especialista, dos 14 milhões de portadores de diabetes no Brasil, cerca de 700 mil são do tipo 1, sendo a maioria crianças. A estimativa é a de que 80% a 90% do total de doentes sejam acometidos pelo tipo 2 (geralmente se desenvolve após os 40 anos de idade). “É uma doença lenta e silenciosa, mas de diagnóstico fácil. O que acontece é que muita gente não quer saber que tem porque acha que não pode mais comer doce, o que não tem relação”, diz.
Krakauer coordenou, até ontem, o Simpósio Internacional de Tecnologias em Diabetes, na Capital. “Uma das maiores atenções deste encontro está voltada para estudos internacionais sobre a prevenção da diabetes tipo 1, causada pela baixa produção de insulina suficiente para transformar o açúcar em energia e que, em geral, é diagnosticado na infância ou adolescência.”

terça-feira, 4 de abril de 2017

AUDIÊNCIA PÚBLICA DEBATERÁ TRATAMENTO DO DIABETES NO BRASIL E SUA JUDICIALIZAÇÃO

Evento é organizado pelo mandato do deputado estadual Gil Lancaster e pela ADJ Diabetes Brasil





A ADJ Diabetes Brasil promove no dia 6 de abril, às 14h, a audiência pública: A realidade do tratamento do diabetes no Brasil e sua judicialização, que será realizada no auditório Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa. Nele, estarão presentes deputados, representantes do Ministério Público da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e do Ministério da Saúde, bem como da Sociedade Brasileira de Diabetes e da ADJ Diabetes Brasil.

Esta iniciativa faz parte do III Programa Nacional de Jovens e Adultos com Diabetes, dando continuidade à articulação da rede de lideranças em diabetes, capacitando os participantes e outros representantes de associações, que se unirão à proposta.

O projeto tem como objetivos: articular a rede para realização de iniciativas que promovam a melhoria do tratamento do diabetes no Brasil; incentivar a troca de experiências e iniciativas nos municípios e estados, mobilizando-os para realização de campanhas; tornar os participantes polos difusores de informações, principalmente nas redes sociais, orientando-os a chamar a atenção do poder público e promover campanhas de advocacy dentro das associações que representam; e estimular a divulgação das ações na mídia. 
 
Dessa forma, com a união de lideranças de associações do país, o tema diabetes ganhará mais visibilidade no panorama nacional, como também boas práticas serão implantadas para melhorar a universalidade, a equidade e a integralidade do tratamento da pessoa com diabetes no Brasil.


Para esta iniciativa se realizar, contamos com apoio da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, do Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e da Federação Internacional de Diabetes da Região da América Latina (IDF SACA).

fonte:http://www.convivenciacomdiabetes.com.br/2017/03/audienciapublica-debatera-tratamento-do.html

sábado, 1 de abril de 2017

MELANCIA É BOM PARA DIABETES? SAIBA COMO ELA BENEFICIA DIABÉTICOS

Quem não gosta de melancias? A vermelha brilhante, doce e suculenta fruta é um deleite agradável em verões. Mas, melancia é bom para a diabetes? Melancia tem um monte de açúcares naturais, e por isso as pessoas assumem que não é bom para o diabetes.
De acordo com a American Diabetes Association, 25,8 milhões de americanos atualmente têm diabetes, e até 2020, quase metade de todos os americanos terão esta doença. Diabetes é uma condição quando o corpo é incapaz de utilizar o açúcar absorvido a partir do alimento. Isso aumenta o nível de açúcar no sangue e pode causar complicações como insuficiência renal, cegueira, ataque cardíaco, dano nervoso, acidente vascular cerebral, má circulação sanguínea e perda auditiva.
Pessoas diabéticas precisam sempre monitorar sua dieta, especialmente a ingestão de carboidratos, pois alimentos açucarados podem causar um aumento nos níveis de açúcar no sangue. Manter um nível normal de açúcar é essencial. Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association mostra que picos sustentados nos níveis de açúcar no sangue e insulina podem levar ao aumento do risco de diabetes. Isso é conhecido como o estágio pré-diabetes. No entanto, através da incorporação de algumas mudanças de estilo de vida, esta condição pode ser controlada. Na verdade, os diabéticos podem levar uma vida saudável se eles controlarem seu açúcar no sangue bem através de uma dieta saudável, exercício e medicamentos prescritos (se houver).
A principal restrição para os diabéticos é controlar a sua ingestão de açúcar. No entanto, eles podem comer carboidratos e frutas que têm um índice glicêmico baixo, enquanto observam a quantidade de carboidratos que consomem e praticando atividade física diariamente. Como um diabético, você pode consultar o seu médico (ou um nutricionista) para traçarem um plano onde você possa desfrutar de seus alimentos favoritos e frutas sazonais, como manga e melancia.

MELANCIA É BOM PARA DIABETES?


Fatos da nutrição da melancia
A quantidade de açúcar na melancia não é muito alta. Uma porção de 100 gramas de melancia contém seis gramas de açúcar e apenas 30 calorias. Tem boas quantidades de vitamina A e vitamina C, cerca de 11% e 13%, respectivamente. Ele também tem folato, colina, potássio, magnésio, zinco e cobre. Melancia tem mais de 90% de água, e o fruto é uma ótima opção para manter-se hidratado, em vez de beber açúcar-carregado refrigerantes.
Melancia contém boas quantidades de licopeno, que dá a fruta sua cor vermelha. O licopeno é um pigmento carotenoide natural e fitoquímico. É um forte antioxidante que pode ajudar a reduzir o risco de doença cardiovascular. Além disso, pode ser útil na prevenção de vários tipos de cânceres, asma e cataratas, embora seja necessária mais pesquisa nessas áreas.
Melancias também têm fitoesteróis. Uma porção de 100 gramas de melancia contém 2 miligramas de fitoesteróis. Estes são basicamente esteróis vegetais que se assemelham estruturalmente ao colesterol. Embora os consumamos através de vários alimentos, eles não são absorvidos muito no sangue. Estes são úteis uma vez que servem para dificultar a absorção de colesterol em nosso sangue. Alguns estudos mostram que comer alimentos com fitoesteróis ajuda a reduzir os níveis séricos de LDL.

CARGA GLICÊMICA E ÍNDICE GLICÊMICO DA MELANCIA

Alimentos que têm um IG baixo ou médio são menos propensos a aumentar os níveis de açúcar no sangue. Um IG acima de 70 é alto e 55 ou menor é baixo. O IG da melancia é 72. Embora a melancia tenha um IG elevado, o índice de carboidratos em uma única dose é baixo, e há alguma quantidade de fibra dietética.
A carga glicêmica é um número que estima a probabilidade de certos alimentos aumentarem os níveis de glicose no sangue. É calculado multiplicando o IG pelos gramas de carboidrato no alimento e dividindo esse número por 100. Uma única porção de alimento que tem CG maior que 20 é considerada alta e aqueles com um CG menor que 10 é baixo.
O teor de carboidratos em 100 gramas da melancia é oito gramas. Portanto, a CG da melancia é 5,76 (8 X 72 ÷ 100), o que equivale a uma baixa CG. Uma vez que tem uma carga glicêmica baixa, consumir melancia com moderação não aumenta significativamente os níveis de glicose no sangue. Então, melancia é bom para diabéticos? Sim, os diabéticos podem colher os benefícios das vitaminas e minerais essenciais contidos nas melancias, mas a moderação é a chave. Comer porções limitadas, juntamente com outros alimentos de baixo IG, pode, de fato, ser benéfico para os diabéticos.

BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE DA MELANCIA PARA DIABETES

Agora você sabe, melancia tem amplos nutrientes e diabéticos se beneficiam de muitas maneiras. Aqui estão alguns dos benefícios para a saúde da melancia.

1. AJUDA COM PERDA DE PESO

Melancia é baixa em calorias e tem um alto teor de água. Pode ser consumida como um lanche, ou como suco sem adicionar um monte de calorias em seu corpo. Diabéticos se queixam de se sentir meio cheio depois de uma refeição. Comer melancia faz você se sentir completo, uma vez que tem um alto teor de água. Isso evitará uma fome excessiva e ajuda a manter um peso saudável, que é um fator essencial para diabéticos.

2. BENEFICIA OS OLHOS

Um aumento nos níveis de açúcar no sangue em diabéticos pode levar a vários distúrbios oculares ou mesmo cegueira. É uma das principais causas de cegueira entre as pessoas com idade entre 20 a 74. Melancia tem 11% de vitamina A. Esta vitamina ajuda na manutenção da saúde ocular. A vitamina C na melancia também é útil para os olhos.

3. CONTROLA A PRESSÃO ARTERIAL

Diabéticos são mais propensos à pressão arterial elevada, o que pode aumentar o risco de doenças cardíacas. O potássio e o magnésio na melancia ajudam a controlar a pressão sanguínea. Um estudo publicado em Physiologia Plantarum afirma que uma dieta rica em potássio reduz a pressão arterial em pacientes com pressão arterial média e pressão arterial elevada.

4. PREVINE PROBLEMAS RENAIS

Pessoas diabéticas são propensas a distúrbios renais. Melancia pode estimular a função renal e reduzir a inflamação dos rins. O estudo publicado em Physiologia Plantarum também afirma que uma alta ingestão de potássio impede o desenvolvimento de diabetes que ocorre com o tratamento prolongado com diuréticos tiazídicos. O fruto atua como um diurético natural, e ajuda a diminuir o ácido úrico no sangue. O alto teor de água na melancia induz a micção freqüente, e ajuda os rins a liberar toxinas do corpo.

5. COMBATE AS INFECÇÕES

Uma pessoa diabética é suscetível a infecções. Melancia tem boas quantidades de vitamina C e antioxidantes que ajudam a combater infecções e aumentar a imunidade. Assim, consumir melancia pode reduzir o risco de infecções em diabéticos.

6. AUMENTA A ENERGIA

Diabéticos muitas vezes sofrem de fadiga. Como o nível de glicose no sangue aumenta, interrompe com a circulação sanguínea, privando as células de oxigênio adequado. Mesmo se o nível de açúcar cair até certo ponto, uma pessoa diabética pode se sentir cansado. Melancia tem vitaminas B1 e B6, que ajudam a manter os níveis de energia elevada. Comer melancia regularmente ajuda a estabilizar os níveis de açúcar no sangue e aumenta a energia.