Pelos dados de 2014, a estimativa é que cerca de 11,9
milhões de brasileiros apresentam diabetes e que em 2035 este número chegue a
19 milhões. Diante deste cenário, é – e será – cada dia mais comum que esses
pacientes precisem passar por algum procedimento cirúrgico. Dessa forma, saber
informar e preparar o paciente para que não aconteçam complicações é o objetivo
da equipe de profissionais envolvidos. E, para facilitar, é importante que
você, paciente diabético, saiba de algumas informações. Vamos começar?
Quanto mais a glicemia está controlada, melhor a recuperação. Sabemos que
tanto pelo risco de infecções e na cicatrização, quando mais controlado está o
Diabetes, menores riscos de infeção e melhor a qualidade da cicatrização. Mesmo
em pequenas cirurgias, o risco de infecção existe e, portanto, evitar tanto
hiperglicemia (aumento de glicose) como hipoglicemia (queda de glicose) é
fundamental para o processo cirúrgico.
Diabetes controlado é igual a coração com menos riscos. Uma dos fatores
que preocupa quando um paciente diabético vai se submeter à procedimentos
cirúrgicos é o risco cardíaco. Sabemos que pacientes diabéticos apresentam
maiores chances de infartos, por exemplo, e quanto mais bem controlado está o
paciente, os riscos são menores.
Para cirurgias programadas, as ditas eletivas, prefere-se um nível de
Hemoglobina glicada menor que 8,5%. A escolha da melhor hemoglobina glicada, no
entanto, pode variar conforme o procedimento que o paciente vai ser submetido e
do julgamento do médico que o acompanha.
Monitorizar, esta é a palavra chave durante o internamento. Manter
controlados os níveis de açúcar no sangue do paciente e no período do
procedimento e do pós operatório, evitando oscilações. Também é importante
saber quanto tempo o paciente ficará de jejum e também os ajustes necessários
dos medicamentos.
Cada hospital deve estar preparado. É muito importante que o paciente
diabético saiba se o hospital tem uma equipe treinada para atender pacientes
diabéticos internados. Oscilações dos níveis de glicose são esperadas e ter
protocolos de atendimento (com insulina, por exemplo, caso a glicemia suba)
torna mais fácil de manejar estas situações.
FONTE: http://www.diabetes.org.br/publico/diabetes-em-debate/1596-diabetes-e-cirurgias-da-cicatrizacao-a-infeccao
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