quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Vigilância na adesão a mudanças de hábitos alimentares para prevenção do diabetes

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. A alta prevalência das DCNT está relacionada a fatores de risco modificáveis como tabagismo, sedentarismo, alimentação inadequada e uso nocivo de álcool.
No Brasil, foram responsáveis, em 2012, por 74% do total de mortes, com destaque para as doenças do aparelho circulatório (30,4% dos óbitos), as neoplasias (16,4%), o diabetes (5,3%) e as doencas respiratórias (6,0%) (OMS,2014)
O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011 – 2022 visa preparar o país para enfrentar e deter, em dez anos ,estas doenças , pois constituem o problema de saúde de maior magnitude e atinge fortemente camadas pobres da população e grupos mais vulneráveis, como a população de baixa escolaridade e renda.
O consumo de alimentos doces, ao lado do consumo de refrigerantes, é responsável por parte substancial do consumo de açúcar adicionado no Brasil (Levy et al 2012).
O Vigitel compõe o sistema de Vigilância de Fatores de Risco de Doenças do Ministério da Saúde e monitora por inquérito telefônico a frequência e distribuição dos principais determinantes das DCNT.
O consumo de alimentos doces foi estimado pelo Vigitel a partir de questão que indagou sobre a frequência semanal do consumo de sorvetes, chocolates, bolos, biscoitos ou doces.
Em 2013, no conjunto das 27 cidades, a frequência do consumo de alimentos doces em cinco ou mais dias da semana foi de 19,5%, sendo maior entre mulheres (21,6%) do que entre homens (16,9%). Já em 2014 esta frequência caiu para 18,1%, sendo ainda maior entre mulheres (20,3%) do que entre homens (15,6%).
Em ambos os sexos, nos dois anos, a frequência é maior entre os mais jovens (18 a 24 anos) e tendeu a aumentar de acordo com o nível de escolaridade.
No conjunto das 27 cidades, a frequência do consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana foi de 23,3% em 2013 e 20,8% em 2014 sendo mais alta entre homens (26,7% em 2013 e 23,9% em 2014) do que entre mulheres (20,4% em 2013 e 18,2% em 2014). Essa condição foi observada em um terço dos indivíduos na faixa etária entre 18 e 24 anos.
Em 2013, no conjunto das 27 cidades, a frequência do diagnóstico médico prévio de diabetes foi de 6,9%, sendo de 6,5% entre homens e de 7,2% entre mulheres. Já em 2014 esta frequência subiu para 8,0%, sendo de 7,3% entre homens e de 8,7% entre mulheres. Em ambos os sexos, o diagnóstico da doença se tornou mais comum com o avanço da idade, em particular após os 45 anos. Aproximadamente um quarto dos indivíduos com 65 ou mais anos de idade referiram diagnóstico médico de diabetes (24,4%). Em ambos os sexos, a frequência de diabetes diminuiu intensamente com o nível de escolaridade dos entrevistados.
Apesar da possibilidade de subestimação na informação autorreferida, o VIGITEL  indicou um contingente de mais de 9 milhões de adultos brasileiros com diagnóstico de diabetes.
O objetivo do Plano de Enfrentamento de DCNT é promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde voltados às doenças crônicas. Além disso, alguns dos fatores de risco conhecidos são potencialmente modificáveis, o que os tornam alvos importantes de políticas públicas com certo potencial de sucesso.
A vigilância da prevalência e características de adesão a fatores protetores e de risco já conhecidos constituem-se como o principal instrumento nessa tarefa, permitindo aferir as exposições atuais e as tendências futuras, possibilitando a análise e construção de cenários de riscos prospectivos.

Referências bobliográficas:
1. BRASIL. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Disponível na internet via http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/671-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/doencas-cronicas-nao-transmissiveis/14139-plano-de-acoes-estrategicas-para-o-enfrentamento-das-doencas-cronicas-nao-transmissiveis-dcnt-no-brasil-2011-2022. Em 21 de Agosto/2015.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigitel Brasil 2013: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.120p.: il. –(Série G. Estatística e Informação em Saúde)
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigitel Brasil 2014 : vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.152 p.: il.
4. LEVY, R. B. et al. Disponibilidade de açúcares de adição no Brasil: distribuição, fontes alimentares e tendência temporal. Rev. Bras. Epidemiol., [S.l.], v. 15, p. 3¬12, 2012.
5. WORLD Health Organization: Noncommunicable Diseases (NCD) Country Profiles, 2014.

FONTE: https://www.diabetes.org.br/publico/temas-atuais-sbd/1755-vigilancia-na-adesao-a-mudancas-de-habitos-alimentares-para-prevencao-do-diabetes

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Diabetes e Álcool: Beber ou não beber, eis a questão...

Mas será que nem mesmo na festa de final de ano? Nem na confraternização do trabalho? Estas perguntas acontecem comumente durante as consultas médicas de muitos pacientes diabéticos. Para esclarecer este dilema, e deixar você mais informado, é importante definirmos alguns conceitos... 

O que acontece no corpo quando bebemos?

Quando você bebe, o álcool sai do seu estômago rapidamente e ganha a corrente sanguínea, chegando ao fígado. Sabemos que o fígado metaboliza, isto é, consegue desativar, a quantidade de um drink a cada 2 horas em média. Dessa forma, se o consumo for maior que um drink no período de 2 horas, o excesso de álcool permanece na corrente sanguínea e causa seus efeitos, principalmente no cérebro: tontura, desinibição, diminuição da capacidade de raciocínio, euforia. No corpo, o excesso de álcool provoca aumento do ritmo dos batimentos cardíacos e da frequência da respiração, problemas de equilíbrio e movimento. E, é claro, se a quantidade de álcool na corrente sanguínea é muito alta, há risco de perda de consciência e parada respiratória, podendo levar até à morte.

O nosso fígado tem várias tarefas essenciais no nosso corpo. Uma delas é controlar os níveis de açúcar na corrente sanguínea. Isto acontece por um processo chamado glicogenólise, que é quando o fígado direciona suas reservas de açúcar para a corrente sanguínea em caso de queda destes níveis no sangue. Também é o fígado o responsável por fabricar glicose quando os níveis do sangue também estão baixos, processo este chamado de gliconeogênese.

Nos pacientes diabéticos que estão tomando medicações que aumentam a quantidade de insulina no sangue, ou mesmo naqueles diabéticos que aplicam insulina, ao beber álcool, o fígado fica muito ocupado desativando o álcool ingerido, e dessa forma não consegue regular a quantidade de açúcar no sangue de forma correta. O resultado é que as taxas de açúcar no sangue podem cair, levando ao risco de hipoglicemia. Além disso, um outro problema é que as bebidas alcoolicas são, geralmente, muito calóricas. E calorias a mais são iguais a ganho de peso.
Então, existe um limite para beber, se sou diabético?

A Sociedade Americana de Diabetes recomenda o consumo de no máximo 1 drink por dia para mulheres e 2 drinks por dia para homens. Mas claro, tudo de forma responsável. As orientações antes do consumo do álcool são:

1) Não beba de estômago vazio e não beba se suas taxas de glicose no sangue estão baixas. Geralmente o consumo de álcool está permitido em níveis de glicemia entre 100 e 140 mg/dL.
2) Beba lentamente e não ultrapasse a quantidade máxima por dia.
3) Enquanto estiver bebendo, sempre beba água junto, para manter sua hidratação.
4) Sintomas de hipoglicemia e intoxicação por álcool são muito similares. Por isso, é importante nunca ultrapassar a quantidade máxima de bebida.
5) E, é claro, nunca dirija depois de beber.

Para finalizar, a grande questão aqui é se você, sendo diabético, vai decidir beber ou não. Uma consulta com seu médico pode te ajudar a esclarecer esta dúvida. Mas, aqui vai um recado: mesmo liberado pelo seu médico, a responsabilidade e a moderação contam sempre em primeiro lugar, porque saúde é um bem muito preciso para ser desperdiçado, pense nisso!
Fonte: https://www.diabetes.org.br/publico/colunas/88-dra-andressa-heimbecher-soares/782-diabetes-e-alcool-beber-ou-nao-beber-eis-a-questao

Publicidade:



quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Nota de esclarecimento da Sociedade Brasileira de Diabetes à lista publicada pela Anvisa sobre o cancelamento dos registos de produtos de medição de glicose (glicosímetros)

A Sociedade Brasileira de Diabetes, em virtude de muitas dúvidas e inseguranças de profissionais de saúde e pacientes sobre os produtos cancelados, esclarece sobre o anúncio publicado pela Anvisa por meio do diário oficial.

Sobre a ISO 2013
A ISO (International Standardization Organization) é uma organização internacional não governamental independente, com a adesão de 162 órgãos nacionais de normatização. Esta organização reúne especialistas para compartilhar conhecimentos e desenvolver Normas Internacionais relevantes, voluntárias, baseadas no consenso e no mercado, que apoiem a inovação e forneçam soluções paras os desafios globais.
A ISO 15.197:2013 especifica requisitos para sistemas de monitoramento de glicose in vitro que medem as concentrações de glicose em amostras de sangue capilar,  para procedimentos de verificação em projetos específicos, seja ele científico, clinico ou para validação de desempenho no manuseio e resultados para o usuário/consumidor. Este sistema destinam-se à automedição por leigos para o controle da glicemia,  por isso, a ISO 15.197:2013 é uma avaliação que regulamenta de forma única e é aplicável aos fabricantes desses sistemas e a outras organizações (por exemplo, autoridades reguladoras e órgãos de avaliação  de conformidade) que tem a responsabilidade de avaliar o desempenho desses sistemas, garantido a segurança de resultados apresentados.  

TABELA ANVISA
RELAÇÃO PARCIAL DAS MARCAS DE GLICOSÍMETRO APROVADOS NO BRASIL (*)

ANO DE APROVAÇÃO
MARCA DO MONITOR
FABRICANTE
APROVADO ISO 2003
APROVADO ISO 2013
2001-2005
Accu-chek Active
Roche
Sim
Sim
2014-2017
Accu-chek Guide
Roche
Sim
Sim
2006-2013
Accu-chek Performa
Roche
Sim
Sim
2001-2005
On Touch Ultra
Johnson & Johnson
Sim
Sim
2014-2017
Free Style Fredom Lite
Abbott
Sim
Sim

*Os monitores que não aparecem na tabela acima podem não ter sido aprovados pela ISO 15.197:2013 ou porque não foram avaliados pela ANVISA.

Sobre a determinação da Anvisa
Desde maio de 2018, motivada por constante reclamação das associações que representam os interesses dos profissionais de saúde e dos pacientes,  a Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou através da Instrução Normativa Nº24 que todas as empresas detentoras de registros de comercialização de produtos para auto-medição de glicemia apresentassem relatórios de desempenho segundo a norma técnica ISO 15.197:2013. Estes relatórios deveriam ser entregues com o prazo de 180 dias após a publicação.
Sendo assim, cada empresa assumiu a responsabilidade de apresentar para a ANVISA a documentação necessária de comprovação dessa certificação para os produtos que mantém registro e comercialização.
Em 16 de novembro de 2018, a ANVISA publica a RESOLUÇÃO-RE 3.161, que após a conclusão do prazo da Instrução Normativa Nº24, determinou o cancelamento do registro e consequentemente a proibição de comercialização destes produtos, cabendo a cada empresa tomar seu posicionamento e planejamento para atender as demandas de seus usuários garantindo um produto que atenda a acurácia e qualidade exigida pela norma.
Os monitores que aparecerem na tabela da ANVISA podem não só ter sido aprovados pela ISO 15.197:2013. Outras possibilidades de não terem sido mostrados é que simplesmente a empresa não comercializa mais o produto ou o produto não foi avaliado de acordo com esta norma.
Segundo a ANVISA, ainda existem alguns Sistemas em fase de análise da documentação, portanto, a Agência Nacional pode vir a publicar outras Resoluções com cancelamento de registros caso a análise seja negativa.
A Sociedade Brasileira de Diabetes reforça que esta iniciativa é de grande importância para resguardar a segurança das pessoas com diabetes no Brasil, e que se mantém ativa para que produtos que não apresentem a qualidade exigida em nível global, seguindo a atualização constante das normas vigentes, não sejam mais comercializados dentro do país.

Referências bibliográficas:
1-) ANVISA - Instrução Normativa nº24, de Maio de 2018
2-) ANVISA – Resolução Nº 3161, de 16 de Novembro de 2018
(*) King F. et al. A review of blood glucose monitor accuracy.
Diabetes Technol Ther 2018; 20(12)


FONTE:https://www.diabetes.org.br/publico/palavra-da-presidente/1750-nota-de-esclarecimento-da-sociedade-brasileira-de-diabetes-a-lista-publicada-pela-anvisa-sobre-o-cancelamento-dos-registos-de-produtos-de-medicao-de-glicose-glicosimetros

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Sessão Especial Dia Mundial do Diabetes- DMD / Cajazeiras


Sessão Especial

Foi realizada na noite da última terça-feira 13/11 na Câmara Municipal de Cajazeiras uma Sessão Especial, tendo como temática o Dia Mundial do Diabetes e as ações do Grupo de Amigos Diabéticos em Ação em Cajazeiras e região.

Na oportunidade estiveram presentes representantes de diversos segmentos da saúde no município, o Secretario Municipal de Saúde Cristovão Pinheiro, a superintendente do Hospital Universitário Júlio Bandeira de Melo Mônica Paulino, o gerente administrativo da gerência de saúde Henrique Holanda, representantes da Faculdade Santa Maria entre outros segmentos da Sociedade Civil.










Créditos Fotos: Cavalcante Fotografias 


quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Grupo de Apoio a Pessoas com Diabetes realizará 7° Edição do Dia Mundial do Diabetes em Cajazeiras. Confira!


   O município de Cajazeiras sediará mais uma edição de conscientização do Dia Mundial do Diabetes, as ações são planejadas e executadas pelo Grupo de Amigos Diabéticos em Ação- Gada e conta com patrocínio do laboratório Novo Nordisk e apoio da Faculdade Santa Maria, Isis Laticínio, Roche e AM3 Soluções.

    Está sendo organizada uma vasta programação e para o dia 14 de Novembro está sendo programada uma manhã de oferta de serviços à população com início das atividades as 7:30 da manhã na Avenida Joca Claudino (Zona Norte) próximo ao CAIC, com oferta de orientação, educação em diabetes, aferição de pressão arterial, teste de glicemia, encaminhamentos para serviços de saúde e atividades físicas.

     Dando continuidade  as ações será realizada na tarde/noite do dia 13 (Terça-feira) uma sessão espacial na Câmara Municipal de Cajazeiras atendendo solicitação do Gada.

       Para o Presidente do Gada o Jovem Ronaldo Rodrigues "desde o ano de 2012 o Grupo Gada busca ajudar e sensibilizar a população local e regional na mudança de hábitos e melhorias da qualidade de vida dos pacientes que convivem com diabetes".


Ascom Gada

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Cresce número de homens com diabetes no Brasil.

O exame é feito de forma simples, a partir de pequeno furo no dedo
O exame é feito de forma simples, a partir de pequeno furo no dedo - 
Rio - Nos últimos 11 anos, o número de homens com diabetes cresceu em 54% no Brasil, enquanto o percentual de mulheres aumentou apenas 28,5% no mesmo período. Os dados do Ministério da Saúde apontam ainda, que o indicador de diabetes é maior entre aqueles que frequentaram a escola por até oito anos (14,8%), e que aumenta com a idade, especialmente em idosos com mais de 65 anos (24%).
Entre as capitais brasileiras, a parcela masculina da população de Boa Vista (9%), Belo Horizonte (8,6%) e Porto Alegre (8,3%) detém os maiores índices de diabetes, enquanto a de Palmas (3,7%), Cuiabá (4,2%) e Teresina (4,6%), os menores. Já a população feminina de Vitória (10,3%), Rio de Janeiro (10,3%) e Recife (8,8%) apresenta maior número de diagnósticos da doença, e as de Palmas (5,1%), Macapá (5,2%) e Florianópolis (5,6%) o menor. De 2010 e 2016, mais de 400 mil mortes foram causadas pelo diabetes no país.
"Quando os dados da pesquisa mostram um aumento do número de pessoas que sabem que tem a doença no país, especificamente os homens, é preciso entender duas coisas: a primeira é que, talvez, tenhamos mais pacientes com diagnóstico, sabendo que tem a doença; e a segunda, já confrontando com dados do mundo inteiro, mostra o aumento progressivo do número de pacientes com diabetes em todo lugar, inclusive no Brasil", diz Rodrigo Moreira, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). 
ESTIMATIVA
Estima-se hoje que 1,9 bilhão de adultos tenham sobrepeso, sendo 600 milhões com obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, um milhão de novos casos de obesidade (que é um dos fatores de risco para o diabetes) surgem por ano de acordo com o Ministério da Saúde. O consumo elevado de alimentos ricos em açúcar, gordura e sal estão diretamente ligados ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial sistêmica.
“A escolaridade pode estar relacionada pois o diabetes também possui um fator socioeconômico. Ter uma alimentação balanceada e praticar atividade física regularmente, demandam algumas mudanças mais custosas, diz o especialista. "De acordo com a pesquisa nas capitais, o Brasil está homogêneo e o número de diagnóstico vem aumentando. Mas precisamos de medidas para diagnosticar pacientes que continuam vivendo com o diabetes sem saber”, finaliza Moreira.
Fonte: https://odia.ig.com.br/vida-saudavel/2018/07/5556320-cresce-numero-de-homens-com-diabetes-no-brasil.html

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Diabetes Influencers: a importância dessa tendência a favor da saúde.

influencers_1
Cada vez mais, a Roche tem se conectado com blogueiros para conseguir levar informação de qualidade ao maior número de pessoas possível. E na voz de quem convive com a doença, a mensagem sempre se torna mais leve e envolvente, especialmente para os jovens.
Por isso, no dia 18 de agosto, fez parte da iniciativa da ADJ – Diabetes Brasil-. Um workshop que reuniu 32 influenciadores digitais, com o intuito de atualizar e promover a educação em diabetes para influenciadores. A ação tem como finalidade engajar esse público à transmitir aos seguidores informações mais corretas e precisas. Assim, eles poderão colaborar ainda mais no tratamento das pessoas com diabetes, afinal, são peça fundamental na divulgação de campanhas focadas nos interesses dos pacientes.
O que rolou no do workshop?
Dra. Denise Franco comentou sobre as tecnologias existentes e como melhor utilizá-las para ajudar no tratamento do diabetes. Também relatou que aproximadamente 79 mil crianças são diagnosticadas com diabetes ao redor do mundo
a cada ano. Segundo o estudo Narayan, JAMA 2003, no mundo são 542 mil crianças com diabetes tipo 1. De acordo com o estudo JDRF CGMS study group , Diabetes Care. 2010; 33:1004-8, realizado com 176 pessoas com diabetes tipo 1 envolvendo crianças, 96,6% deste público teve ao menos uma hipoglicemia noturna, 23% deles tiveram eventos de duas horas ou mais de hipoglicemia e por isso ressaltou a importância de medir a glicemia antes de dormir.
Em seguida, a nutricionista Tarcila Ferraz de Campos explicou sobre os fatores de risco dodiabetes tipo 2, que englobam: circunferência abdominal maior que 80cm para homens e 94cm para mulher, dislipidemia que abrange HDL baixo e triglicérides alto, antecedente familiar, IMC maior que 25, doença cardiovascular, hipertensão, síndrome de ovário policístico e diabetes gestacional.
Ela também esclareceu sobre a diferença de Índice Glicêmico e Carga Glicêmica. O primeiro avalia o perfil de absorção do carboidrato após as refeições comparado a um alimento controle como o pão ou glicose, já a carga glicêmica avalia o efeito glicêmico do alimento como um todo, medindo a qualidade e quantidade do carboidrato.
Por definição chamamos de índice glicêmico a velocidade que o açúcar de um determinado alimento chega à corrente sanguínea. É uma medida da qualidade do carboidrato ingerido, porém não considera a quantidade. Pode-se diminuir o índice glicêmico adicionando fibras, alimentos proteicos, gordura ou acidificando o alimento. Exemplo: o pão branco tem IG elevado. Se for fabricado na versão integral, devido à presença de fibras, estas provocam a diminuição do índice glicêmico; se adicionarmos ao pão branco um pouco de azeite, a gordura será responsável pela queda do índice glicêmico; o mesmo ocorrerá se ingerirmos pão branco com iogurte, responsável pela acidificação do alimento.
A importância das Associações e dos Influenciadores Digitais
O Workshop também abordou a importância do papel das associações e dos influenciadores digitais. As primeiras enquadram-se num perfil de entidades do terceiro setor, com os objetivos de atender as necessidades da população, complementando a ação do Estado, fornecer educação, compartilhar experiências com outras pessoas que têm a mesma condição, atuar na alteração da política de saúde com a presença dos novos atores coletivos no processo de criação e desenvolvimento das políticas públicas.
Já os influenciadores digitais são pessoas com grande alcance e capacidade de mobilização social, que atuam como agentes de persuasão e transformação. Indivíduos que ganharam representatividade, por diversos motivos, construindo redes de seguidores e fãs que são por eles impactados ou influenciados. Com o passar do tempo, os influenciadores se tornam figuras públicas, onde seus comportamentos e opiniões são observados por aqueles, que possuem algum tipo de identificação com esta imagem. Na área da saúde, os pacientes se tornam ativos mediante transformações individuais e coletivas no campo da medicina. Compartilham conhecimento e experiências com os demais pacientes ou cuidadores.
As palestrantes Sheila Vasconcellos e Vanessa Pirolo alertaram os influenciadores digitais para que tomassem cuidado na interferência do tratamento das pessoas com diabetes. Se estes forem da área da saúde, podem postar conteúdos para incentivar a mudança de hábitos. Caso não tenha esta formação, foram desaconselhados a publicar posts, sem uma aprovação de um profissional de saúde para não prejudicarem o tratamento.
FONTE: https://debemcomavida.accuchek.com.br/diabetes-influencers-a-importancia-dessa-tendencia-a-favor-da-saude/

O mapa do diabetes no Brasil.

mapa
ADJ e SBD divulgam dados inéditos da doença em coletiva de imprensa
A ADJ – Diabetes Brasil -, e a SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes, se uniram para mostrar a realidade do diabetes no país. E para apresentar esse retrato atualizado, convidaram 26 jornalistas de veículos impressos e de redes de televisão. Os depoimentos dos especialistas destacaram os dados alarmantes do diabetes e as soluções para que o governo gaste menos com complicações e internações da condição.
A maioria dos 13,4 milhões de pessoas com diabetes existentes no país está com falta de controle da glicemia. O Estudo Multicêntrico Brasileiro, realizado em 28 centros terciários e secundários da Saúde Pública de 20 cidades brasileiras (Mendes AB et al. Acta Diabetol. 2010; 47(2):137-450), mostrou que somente 23,2% das crianças e dos adolescentes com diabetes conseguem o controle da glicemia e que somente 9,1% dos adultos apresentam este controle.
Outro estudo nacional (Vianna LV, Leitão CB, Kramer CK, Zucatti ATN, Jezini DL, Felício J, Valverde AB, Chacra AR, Azevedo MJ, Gross JL. Poor glycaemic control in Brazilian patients with type 2 diabetes attending the public healthcare system: a cross-sectional study. BMJpen 2013;3:e003336 doi:10.1136/bmjopen-2013-003336), envolvendo mais de 6.700 pacientes, verificou que a desigualdade brasileira também se reflete no controle do diabetes: as regiões Norte e Nordeste apresentam os piores controles de hemoglobina glicada (média da glicemia dos três últimos meses), 9,2% e 8,9% respectivamente, seguidas das regiões Sudeste (8,4%), Sul (8,3%) e Centro Oeste (8,1%).
O estudo multicêntrico, transversal: Economic status and clinical care in young type 1 diabetes patients: A nationwide multicenter study in Brazil, realizou entre 2008 e 2010 um estudo com 1.692 pacientes, em 28 clínicas públicas do Brasil, e mostrou que somente 65% dos participantes da pesquisa, com um status econômico muito baixo, frequentam o nível de atenção terciária, quando comparados com 75% dos participantes da classe média e 78% daqueles com status econômico mais elevado.
 A importância do controle glicêmico
O descontrole da glicemia é responsável por internações e várias complicações do diabetes, entre elas a retinopatia, doenças cardiovasculares, nefropatia, neuropatia e amputações.
Segundo a Dra. Denise Franco, diretora da ADJ, 27% dos pacientes que usam a metformina param de tomar a medicação no primeiro mês do tratamento, pois acreditam que assim que normalizar a glicemia, há a cura. Por isso, não adianta o médico atender a pessoa com diabetes em 15 minutos e não conseguir explicar a importância da medicação para o resto da vida, isso vai refletir em complicações do diabetes.
Por isso, os cuidados com a saúde das pessoas com doenças crônicas, como o diabetes, precisam ser contínuos, influentes no estilo de vida, dinâmicos e apropriados, e devem ser prestados por equipes de profissionais de saúde devidamente capacitadas para cuidar e ensinar o autocuidado do diabetes.
FONTE:https://debemcomavida.accuchek.com.br/o-mapa-do-diabetes-no-brasil/

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Grupo Gada Consegue Sanção de Lei de Utilidade Pública Estadual no Âmbito Paraibano.


O Grupo de Amigos Diabéticos em Ação – Gada, entidade sem fins lucrativos que atua no município de Cajazeiras desde o ano de 2012 e tem como Presidente o Jovem Ativista Ronaldo Rodrigues comemorou a sanção do Projeto de Lei n°: 11.201 sancionado e publicado no diário oficial do estado da Paraíba na manhã do dia 27 de Setembro de 2018.

O projeto de Lei de reconhecimento foi aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa da Paraíba e após analise em plenário daquela casa seguiu para sanção do Senhor Governador Ricardo Vieira Coutinho.

A propositura foi do então deputado estadual Trócolli Júnior um dos parceiros da instituição e também autor do projeto de Lei do Pé Diabético que beneficia os 200 mil diabéticos com serviços de saúde em Hospitais Públicos e Clínicas conveniadas da Paraíba.

Para o jovem Ronaldo Rodrigues a sanção do projeto de Lei permite que a associação continue na luta em busca de defender as garantias de direitos para os pacientes com doenças crônicas em toda a paraíba. Ressaltando que são essas conquistas que fazem o trabalho de formiguinha crescer em toda paraíba, tornado nossa associação pioneira na prática de advocacy.

Confira a Lei n°: 11.201 na integra:



Com Assessoria de Comunicação Gada


terça-feira, 11 de setembro de 2018

Movimento Para Sobreviver Bem!

A CAMPANHA
A falta de conhecimento no impacto que a doença cardiovascular tem no idoso com diabetes foi a motivação para a criação da campanha “Para Sobreviver”, formada por oito organizações que entendem que a informação pode ser importante para combater o problema.
  • Infartos e derrames, decorrentes das complicações sistêmicas que o diabetes promove no corpo são as principais causas de morte no paciente idoso.
  • Melhorar a condição de vida é mais do que uma necessidade. É uma questão de sobrevivência.
Em 2017, 4 milhões de mortes estiveram associadas ao diabetes. 1
A grande maioria destas mortes ocorreram devido a complicações cardiovasculares que poderiam ter sido evitadas se tratadas da forma correta, evitando assim a interrupção precoce da vida.

  • Quem tem diabetes apresenta, em média, 12 anos a menos de expectativa de vida.
  • De todas as mortes em consequência da diabetes no Brasil, 80% acometem pessoas com mais de 60 anos, estando relacionadas a males cardiovasculares.2
A boa notícia é que existem tratamentos capazes de controlar não apenas os índices de açúcar no sangue, mas também as complicações que a doença causa ao sistema cardiovascular.
A campanha “Para Sobreviver” tem por objetivo colaborar para o prolongamento e melhoria da vida dos idosos com diabetes tipo 2, alertando para o risco cardiovascular nesta população.
Com informação e acesso ao tratamento adequado, todo idoso terá a oportunidade de viver mais e melhor!


Fonte: http://movimentoparasobreviver.com.br/a-campanha/

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Revisão sistemática sobre aplicativos móveis para manejo do diabetes

Revisão sistemática sobre aplicativos móveis para manejo do diabetes
Em 2017 havia mais de 318000 aplicativos comercialmente disponíveis para auxílio no manejo do diabetes. Recentemente foi publicada uma revisão sistemática de estudos sobre os aplicativos (celular, tablet ou relógio) disponíveis para o monitoramento do diabetes pela Agency for Healthcare Research and Quality norte-americana. A revisão teve como objetivos avaliar a eficácia, usabilidade e características desses aplicativos.
Os estudos não foram considerações de boa qualidade pois apresentavam questões metodológicas importantes, tais como: curto período de observação (2-12 meses); inconsistência no relato da randomização, alocação e análises de perda de seguimento; frequente uso de intervenções concomitantes que poderiam alterar a interpretação dos resultados.
As conclusões principais da análise foi que embora haja centenas de aplicativos comercialmente disponíveis, apenas 11 avaliaram desfechos de saúde. Cinco aplicativos demonstraram benefícios na hemoglobina glicada clinicamente significativos (DM1: Glucose Buddy, Diabeo Telesage;DM2: Blue Star, WellTang, Gather Health)
. Nenhum dos estudos demonstrou melhora na qualidade de vida, pressão arterial, peso ou IMC.
Os autores sugerem que mais estudos com diversos desfechos de saúde relevantes e a longo prazo devem ser feitos para demonstrar se esses aplicativos realmente ajudam o manejo do diabetes melhorando o controle metabólico com possível redução das complicações crônicas.

FONTE: https://www.diabetes.org.br/publico/component/content/article/212-teste-noticia/1700-revisao-sistematica-sobre-aplicativos-moveis-para-manejo-do-diabetes?Itemid=445

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

O Gada Cajazeiras fecha parceria com Cesar Produções na 7° Mega festa Premiada.


Adquira sua cartela da sorte com um dos vendedores da 7° festa premiada. São 384 prêmios com sorteios mensais.
O sorteio principal será no dia 30 de Novembro de 2019.
Entre os prêmios estão apartamento, carro motos e prêmios em dinheiro, apenas 13 parcelas fixas de 100,00 R$.
Não perca essa chance são apenas 1.400 cartelas/ durante o evento cada cartela da o direito a 02 pulseiras, churrasco, salgado e etc.
Adquira sua cartela pelos fones:083- 9.99114.5580/ 9.9930-0782
Ou torne-se um de nossos vendedores.
Não Perca essa oportunidade.



sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Avanços em Tecnologia e novos benefícios para pessoas com diabetes.

O FreeStyle Libre, da Abbott, revolucionário sistema que liberta os pacientes com diabetes das rotineiras picadas nos dedos1, agora é usado por mais de 650.000 pessoas em mais de 42 países, incluindo o Brasil2. Este é o balanço global mais recente da campanhia. A Abbott traz também resultados de um levantamento realizado com mais de 250.000 pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2, de diferentes idades3 e usuárias da tecnologia, apresentado recentemente nos Estados Unidos, durante o “American Diabetes Association’s 78th Scientific Sessions”.
Mais benefícios no tratamento do diabetes
Segundo o levantamento, usuários da tecnologia medem seus níveis de glicose em média 13 vezes ao dia4. E, entre os que a verificam mais vezes ao longo do dia, houve redução de 37% no tempo em hipoglicemia, em comparação com o grupo que o fez com menos frequência (15,2 versus 24,2 minutos/dia). O mesmo foi verificado nos casos de hipoglicemia noturna (12,7 versus 19 minutos/noite). Com isso, o levantamento atesta que o uso mais frequente do sistema FreeStyle Libre está associado a um melhor controle da glicose5, o que, por sua vez, reduz a incidência dos episódios de hiper e/ou hipoglicemia diurna ou noturna.
Entre usuários brasileiros, a média de monitoramento com o FreeStyle Libre é de 14 vezes ao dia, o que significa três vezes mais do que o mínimo recomendado pelas diretrizes brasileiras6 para os testes tradicionais, que precisam da punção no dedo. O sistema está disponível para adultos no mercado brasileiro desde 2016 e para uso em crianças a partir de 4 anos de idade desde 20177.
 Referências:
 1. Há três circunstâncias nas quais o teste de ponta de dedo é necessário: a)Durante períodos de rápida alteração nos níveis da glicose (a glicose do fluido intersticial pode não refletir com precisão o nível da glicose no sangue); b) Para confirmar uma hipoglicemia ou uma iminente hipoglicemia registrada pelo sensor; c) Quando os sintomas não corresponderem às leituras do sistema flash de monitoramento da glicose.
2. Data on file, Abbott Diabetes Care.
3. Seibold, Alexander et al. A Meta-Analysis of Real World Observational Studies on The Impact of Flash Glucose Monitoring on Glycemic Control as Measured by HbA1c. Presented at the American Diabetes Association 78th Scientific Sessions. https://plan.core-apps.com/tristar_ada18/abstract/5188446740e191fd289345d56a78c104
4. Pryor, Heather et al. Real-world Patterns of Daytime and Nocturnal Hypoglycemia during Flash Continuous Glucose Monitoring. Presented at the American Diabetes Association 78th Scientific Sessions. https://plan.core-apps.com/tristar_ada18/abstract/5188446740e191fd289345d56a7d4359 
5. Jangam, Sujit et al. Glucose Variability and Flash Glucose Monitoring in the Real World. Presented at the American Diabetes Association 78th Scientific Sessions: https://plan.core-apps.com/tristar_ada18/abstract/5188446740e191fd289345d56a7a6d8e 
6. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech…[et. al.]; organização José Egidio Paulo de Oliveira, SérgioVencio – São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016; 26-27.
7. Um cuidador de pelo menos 18 anos é responsável por supervisionar, administrar e ajudar a criança ou adolescente de 4 a 17 anos a usar o sistema FreeStyle Libre e a interpretar suas leituras.
FS Libre Leitor Registro – MS ANVISA: 80146501903 / FS Libre Sensor – RMS ANVISA: 80146502021. Aprovação ANATEL 4072-14-9992.