sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

NOTA TÉCNICA Nº 01/18 - VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA EM PACIENTES COM DIABETES

VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA EM PACIENTES COM DIABETES

A Sociedade Brasileira de Diabetes vem recebendo várias solicitações de um posicionamento a respeito da vacinação contra a febre amarela em pacientes com diabetes.
Um estudo retrospectivo, conduzido por R. Mad’ar e colaboradores (1), avaliou 402 pacientes com diabetes quanto à segurança de uso de vacinas com vírus vivos e concluiu que, com base nos resultados deste estudo retrospectivo, que a vacinação em pacientes diabéticos está livre de qualquer risco, desde que não existam outras contra-indicações, por exemplo, alergia a componentes da vacina ou doença febril aguda grave.
No caso de glicemia instável e do sistema imunológico comprometido de forma significativa por diabetes a vacinação com vacinas vivas atenuadas deve ser cuidadosamente considerada e avaliada em relação aos riscos de exposição a todos e cada agente infeccioso específico.
Não há motivo para ter medo da vacinação em pacientes diabéticos, desde que sejam respeitadas as contraindicações gerais. Pelo contrário, este grupo de risco pode se beneficiar da vacinação de forma mais notável, porque há algum potencial para salvar vidas.
O Doutor Pedro Tauil, renomado especialista e Professor da Universidade de Brasília, resume as recomendações aplicáveis à avaliação da segurança de uso da vacina contra febre amarela em pacientes com diabetes em três tópicos:
1. Avaliar risco/ benefício
2. Não há registro de maior número ou maior gravidade de eventos adversos em pessoas com diabetes
3. Assim, se a pessoa eventualmente se expõe ao risco de adquirir a doença (viver ou se dirigir para áreas rurais, onde circula o vírus entre macacos e mosquitos silvestres ou visitar países africanos ao sul do Saara), a vacina é recomendada.
Referência bibliográfica: (1) Mad’ar R. et al. Vaccination of patients with diabetes mellitus: a retrospective study. Cent Eur J Public Health 2011; 19(2):98-101.
Fonte:http://www.diabetes.org.br/publico/ultimas/1604-vacinacao-contra-febre-amarela-em-pacientes-com-diabetes

Tomou posse, no último dia 12 de Janeiro, a nova Presidente da SBD, Dra. Hermelinda Pedrosa

Tomou posse, no último dia 12 de Janeiro, a nova Presidente da SBD, Dra. Hermelinda Pedrosa
Tomou posse, no último dia 12 de Janeiro, no Hotel Renaissance (SP), a nova Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, a Endocrinologista Dra. Hermelinda Pedrosa, do DF. A cerimônia teve início com o discurso do Dr. Luiz Turatti, Presidente do biênio 2016-2017, que deu as boas-vindas aos presentes e à nova gestão. Estiveram presentes o Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, da FENAD e da ADJ Brasil.
A Dra. Hermelinda Pedrosa pautou o seu discurso inicial com agradecimentos a todos os sócios da SBD pela confiança demonstrada para conduzir a Sociedade e destacou a importância histórica das Gestões anteriores, cujos presidentes prestigiaram maciçamente a solenidade.
Uma menção foi feita aos seus mentores internacionais, Drs Karel Bakker (Holanda) e Andrew Boulton (Reino Unido); e aos colegas da Secretaria de Saúde e da SBD-DF. Prestou também emocionantes homenagens à Dra. Laurenice Pereira Lima (in memoriam), uma das fundadoras da SBEM-Regional DF, pela sua dedicação em criar melhores condições de tratamento à população brasileira; e aos seus pais, José e Mariinha Pedrosa (in memoriam) que segundo ela, “ensinaram a família a amar e ter saudades”.
A Presidente apresentou a composição da Gestão 2018-2019 enfatizando o caráter de representação nacional que seguirá o lema "Educar. Apoiar. Transformar", e citou algumas das metas mais relevantes para os próximos dois anos.
O Dr. Leão Zagury (RJ, presidente em 2004-2005) pediu a palavra após o discurso da Presidente e agradeceu em nome dos fundadores da SBD pelo empenho e atuação de vida profissional da Dra. Hermelinda, terceira mulher na história de 48 anos da SBD a ser eleita à presidência, emocionando todos os presentes.
Agradecimento do Dr. Leão Zagury (RJ, presidente em 2004-2005) pelo empenho e atuação de vida profissional da Dra. Hermelinda Pedrosa
A apresentação da Dra. Hermelinda foi finalizada com a citação do poema de Cora Coralina (GO, 1889-1985):
“Não sei se a vida é curta ou longa para nós,
mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoa.”

Fonte: http://www.diabetes.org.br/publico/ultimas/1605-tomou-posse-no-ultimo-dia-12-de-janeiro-a-nova-presidente-da-sbd-dra-hermelinda-pedrosa


terça-feira, 16 de janeiro de 2018

COMO ARMAZENAR A INSULINA

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Hoje constatei um problema no meu controle glicêmico que em nove anos de diagnóstico é segunda vez que me ocorre. Na verdade, o problema não está no meu controle, mas na insulina que estava usando, que acabava prejudicando esse controle.
Como todos sabem, recentemente terminei o teste da bomba 640g da Medtronic. Acabei ficando com mais da metade de um frasco de insulina Apidra na geladeira e há algumas semanas passei a usá-la com seringa para não desperdiçá-la e, de quebra, economizar minha caneta quando estivesse em casa.
O frasco só saía da geladeira para a aplicação e voltava. É bem verdade que no final do teste, esse frasco fez umas duas viagens longas, mas sempre muito bem armazenado em uma bolsinha térmica e gelo.
O fato é que cheguei à conclusão que minha linda insulininha foi para o brejo e só descobri pelos resultados estranhos que venho tendo no glicosímetro. Mesmo com repentinas “montanhas” nos gráficos, demorei uns quatro a cinco dias para chegar a essa conclusão, pois há três estou vivendo um momento de certo desgaste emocional com questões pessoais dessas que costumam tirar a gente dos eixos e pensei que essa pudesse ser a razão. Mas ontem e hoje os resultados foram ainda mais preocupantes, passando de 300 mg/dl, o que seria muito difícil acontecer por estresse.  Hoje, de volta ao equilíbrio e lidando melhor com essa situação pessoal, estou rindo mais do que pinto no lixo. Porém, vi mais uma montanha no meu gráfico da glicemia e não tive dúvidas: o efeito da insulina daquele frasco se foi.
Desconfio que a geladeira em algum momento tenha ficado aberta e, por isso, meu frasco ficou exposto a uma temperatura não muito apropriada, visto que no Rio de Janeiro a temperatura começa a subir por conta da proximidade com o verão. Nesse mesmo período achei que alguns alimentos também estragaram mais rápido do que o normal… Deve realmente ser a geladeira que ficou aberta pelo excesso de tupperwares que havia na semana passada. Hahaha!
Sendo assim, aproveitando o tema, seguem abaixo algumas recomendações da SBD(Sociedade Brasileira de Diabetes) para o correto armazenamento da insulina:
  • Se a insulina ainda não estiver aberta, conserve-a na geladeira entre 2º a 8ºC;
  • Após a abertura, pode permanecer à temperatura ambiente (abaixo de 30ºC) por até 30 dias, a não ser que você use a detemir, que pode ficar a essa temperatura por até 42 dias;
  • Evite muita incidência de luz, mantendo-a na caixinha ou com a tampa (no caso da caneta);
  • Não a deixe congelar. Se isso acontecer, descarte-a imediatamente, pois a insulina perde a sua função;
  • Ao transportá-la, certifique-se de armazená-la em lugar fresco, evitando bolsos, lugares em contato com o corpo ou outras fontes de calor;
  • Em dias muito quentes ou frios, transporte-a em bolsas térmicas e, se preciso, coloque algum gelo para mantê-la na temperatura ideal, evitando que este tenha contato direto com a insulina.
Acrescentaria a essas dicas que se evite armazenar a insulina na porta da geladeira, pela variação de temperatura que pode haver ao abrir e fechá-la muitas vezes, principalmente no verão. Da mesma forma, evitem deixá-la diante da saída de ar frio, geralmente no alto do interior da geladeira “Frostfree”, pois há um alto risco de congelamento e inutilização da insulina.
Precaver é sempre melhor do que remediar. Transporte e armazene corretamente sua insulina, ela é a sua vida dentro de um frasco ou caneta. Se mesmo com todo o cuidado isso me aconteceu, imaginem se não fizermos tudo corretamente…
Quer saber mais sobre insulinas? visite o site da SBD que serviu de referência para algumas dicas deste post, clicando aqui ou na indicação de referência no final deste texto.


FONTE:https://diabetesesporteenatureza.com.br/2017/12/12/como-armazenar-a-insulina/

DIABETES E FEBRE AMARELA: QUEM PODE SE VACINAR

Um ano após a corrida aos postos de saúde atrás da vacina contra a febre amarela, novos casos da doença reacendem o alerta, desta vez no estado de São Paulo.
Por Daniel Ramalho
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A Febre Amarela é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pela picada de mosquitos infectados. Imagem: Pixabay
Após duas mortes causadas por febre amarela, registradas na capital, mas por pessoas infectadas na região de Mairiporã, Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo divulgou neste fim de semana que a vacinação será liberada em todo o estado. Após o anúncio, uma terceira vítima, desta vez em Guarulhos, teve o óbito confirmado nesta segunda-feira, pela mesma razão.
Com a volta da doença às manchetes e chamadas dos noticiários, voltamos a nos fazer uma pergunta: quem tem diabetes pode tomar a vacina contra a febre amarela?
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), em suas Diretrizes 2015-2016, diz que “Não se considera o DM desaconselhável a nenhuma vacina, respeitando suas indicações de acordo com cada faixa etária”. Desta forma, a SBD, por tratar-se de uma vacina composta de vírus vivo atenuado, indica a vacinação contra a febre amarela a partir dos 9 meses, para pessoas que vivam em regiões onde a doença seja endêmica ou às que vão a locais pertencentes a áreas endêmicas. O documento ainda ressalta que a cada 10 anos deve ser dada uma dose de reforço, caso a pessoa permaneça ou se dirija a locais dentro das zonas de risco para a febre amarela.
syringe-1973129__340Portanto, diabético pode tomar vacina contra febre amarela, mas se seu controle glicêmico não anda lá essas coisas, todo cuidado é pouco e deve-se conversar com o médico antes de tomar qualquer atitude. Só não se deve esperar até que a enfermidade o alcance, pois o médico infectologista Crispin Cerutti explica que “Em alguns já se espera que a doença evolua de forma grave, como quem tem deficiência na imunidade e tem a diabetes descompensada”, disse à Gazeta Online do Espírito Santo.
Pessoas acima de 60 anos também devem ter cuidado e consultar um médico para avaliar os riscos de complicações e as pessoas que se encontrem em alguma das situações abaixo não podem tomar a vacina :
  • Bebês com menos de 9 meses de idade;
  • Pessoas que estejam em tratamento com quimioterapia ou radioterapia;
  • Gestantes e mulheres que estejam amamentando;
  • Pessoas com alergia a algum componente da vacina;
  • Pessoas com alergia a ovos e derivados;
  • Quem estiver com doença febril aguda, com comprometimento do estado geral de saúde;
  • Pacientes com doenças que causam alterações no sistema imunulógico (nascidas com a pessoa ou adquiridas), assim como terapias imunossupressoras – quimioterapia e doses elevadas de corticosteroides, por exemplo; indivíduos portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico ou com outras doenças autoimunes;
  • Indivíduos que tenham apresentado doenças neurológicas de natureza desmielinizante (Síndrome de Guillan Barrè, ELA, entre outras) no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina;
  • Pacientes transplantados de medula óssea;
  • Pacientes com histórico de doença do Timo;
  • Pacientes portadores de HIV;
  • Crianças menores de seis meses de idade;
  • Crianças menores de dois anos de idade que não tenham sido vacinadas contra febre amarela não devem receber as vacinas tríplice viral ou tetra viral junto com a vacina contra febre amarela. O intervalo entre as vacinas deve ser de 30 dias.
É sempre bom lembrar que mesmo que não esteja na lista acima, sempre vale a pena informar ao agente de saúde a pré-existência do diabetes e/ou de outras doenças crônicas ao chegar ao local de vacinação.

Para mais detelhes, vejam, nos links abaixo,  as matéria do Bom Dia São Paulo:
Liberação da vacinação em São Paulo: https://globoplay.globo.com/v/6404380/
Sobre para 3 o número de mortes por febre amarela na Grande São Paulo: https://globoplay.globo.com/v/6405498/

Para mais informações acessem algumas das referências usadas na elaboração deste post:
FONTE:https://diabetesesporteenatureza.com.br/2018/01/08/vacinacao-contra-febre-amarela-em-sp/

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

FNDE lança guia de alimentação escolar para estudantes com necessidades alimentares especiais


Com o objetivo de auxiliar o profissional nutricionista na elaboração de cardápios diferenciados para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o qual beneficia diariamente 41 milhões de alunos em todo o país, foi lançado recentemente - pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da educação (FNDE) - o primeiro Caderno de Referência sobre Alimentação Escolar para Estudantes com Necessidades Alimentares Especiais.
De acordo com a Lei nº 12.982/2014, é obrigatória a elaboração de cardápios diferenciados para a alimentação escolar de estudantes com alergia alimentar, diabetes, doença celíaca, intolerância à lactose e/ou outra necessidade alimentar especial. Sendo assim, o guia traz informações e recomendações práticas para subsidiar o profissional na adaptação do cardápio escolar, além de apoiar os gestores no atendimento aos alunos que apresentam alguma dessas condições clínicas.

Fonte:http://www.diabetes.org.br/publico/colunas/142-dra-maristela-strufaldi/1491-fnde-lanca-guia-de-alimentacao-escolar-para-estudantes-com-necessidades-alimentares-especiais