quarta-feira, 20 de junho de 2018

Festejos Juninos e a Diabetes!

Festa Junina e Diabetes
Bolo de aipim, bolo de carimã*, bolo de milho, canjica ou mungunzá, amendoim, milho verde cozido e assado, pamonha... Quem é brasileiro, e especialmente nordestino, sabe bem de que época do ano estamos falando: Festejos Juninos!!!
Nessa época, quem tem diabetes precisa de respostas para algumas questões específicas: Como contar carboidrato do amendoim cozido, da canjica ou do bolo de milho? Posso comer alimentos com leite de coco? Isso interfere na minha glicemia?
No Nordeste, sobretudo, muitos ingredientes presentes nos festejos são utilizados ao longo do ano inteiro, mas nesse período a frequência de consumo aumenta bastante. Alimentos a base de farinha ou flocos de milho, tapioca, amendoim, além das raízes como carimã, aipim* e leite de coco... Duas dificuldades básicas nós enfrentamos nessa época: porcionamento e teor de gordura das preparações.
A forma de preparo dos alimentos é de extrema importância, pois quem tem diabetes e um bom grau de conhecimento em contagem de carboidrato pode introduzir com responsabilidade alimentos que contenham açúcar. Mas, é preciso saber se está presente no preparo, seja na forma de açúcar branco, mascavo, mel, melaço ou até leite condensado. Isso certamente fará diferença na contagem e no cálculo da dose de insulina ultrarrápida ou regular a ser aplicada.
Na grande maioria das cidades nordestinas, principalmente as do interior, ainda são acesas fogueiras para receber e aquecer as visitas de amigos, familiares e vizinhos na noite de São João, ao som de músicas e decorações típicas, e uma mesa farta de guloseimas. Por isso, todo cuidado é pouco no sentido de se conhecer o preparo específico de cada prato para não “contarmos gato por lebre”.
Uma das bebidas dessa época é o licor, muitas vezes de confecção caseira e o açúcar normalmente está presente. Cuidado redobrado deve ser dado a esse item, pois apesar de o açúcar aumentar a glicemia, o álcool pode provocar hipoglicemia, sobretudo no final do festejo e induzir a queda da glicose durante a madrugada, e pode ser perigoso.
Não custa reforçar que o conhecimento das porções dos alimentos são um dos segredos de uma boa contagem de carboidratos. Por isso, fique atento se sua fatia de bolo continua do tamanho habitual, se cresceu ou até diminuiu porque isso também fará diferença na dose final de insulina. Uma fatia de bolo pode facilmente conter de 30 a 60g de carboidratos a depender da forma de preparo. No Guia de Contagem de Carboidratos da SBD há vários tipos de bolos e outros alimentos, para facilitar este cálculo.
Outra questão é o teor de gordura na dieta, que aumenta com o maior consumo de alimentos mais gordurosos. O efeito disso é que cerca de 10% podem se converter em glicose depois de algumas horas e/ou causar certa resistência a ação da insulina, além de retardar o esvaziamento gástrico. Hoje, existem algumas técnicas que tentam mimetizar o efeito da gordura em excesso na contagem de carboidrato. Para os usuários de bomba de insulina o uso dos bolus Multionda ou Onda Dupla são fundamentais. Para quem usa caneta, fazer a divisão da dose de insulina aplicada também pode ajudar na tentativa de cobrir o efeito mais prolongado da gordura na glicemia.
* O mesmo alimento pode ter nomes diferentes nas diversas regiões do país, como o aipim = macaxeira = mandioca; o mugunzá = canjica; e o carimã = mandioca puba.
Segue a receita de uma preparação bem típica dessa época do ano, o mungunzá, muito conhecido no nordeste, chamado também de chá de burro e mingau de milho branco em algumas cidades da região norte, e de canjica branca no sudeste, centro oeste e sul:

RECEITA DE MUNGUNZÁ (canjica branca):
500g de milho para mungunzá
1 e ½ xícara de açúcar
2 paus de canela
4 cravos da índia
1L de leite
200 ml de leite de coco
1 colher de sopa de manteiga
Sal a gosto
MODO DE PREPARO:
Coloque o milho de molho de um dia para o outro. Troque a água e coloque na panela de pressão juntamente com a canela e o cravo, por 30 a 40 minutos, resfrie e observe se o milho está macio. Se necessário, leve mais alguns minutos ao fogo. Quando achar suficiente, acrescente o leite de coco, sal e a manteiga. Misture bem e acrescente o leite aquecido. Leve ao fogo mais um pouco até levantar leve fervura. Deixe esfriar um pouco e sirva com canela em pó.
Rendimento: 08 porções.
Informações nutricionais (1 xícara (chá) 200 mL):
Calorias = 353 calorias
Carboidratos = 46g
Proteínas = 4,8g
Gorduras totais = 25,4g
Fibras = 2,4g
Sódio = 80 mg

RECEITA DE MUNGUNZÁ LIGHT (canjica branca light):
500g de milho para mungunzá
2 paus de canela
4 cravos da índia
1 L de leite desnatado
200 ml de leite de coco light
1 colher de sopa de manteiga light
Adoçante forno e fogão e sal a gosto
MODO DE PREPARO:
Coloque o milho de molho de um dia para o outro.
Troque a água e coloque na pela de pressão juntamente com a canela e o cravo de 30 a 40 minutos, resfrie e observe se o milho está macio. Se necessário, leva mais alguns minutos ao fogo. Quando achar suficientes, acrescente o leite desnatado aquecido, o leite de coco light, sal e a manteiga. Leve ao fogo mais um pouco até levantar leve fervura. Tire do fogo, acrescente o adoçante, misture bem, deixe esfriar um pouco e sirva com canela em pó.
Rendimento: 08 porções
Informações nutricionais (1 xícara (chá) 200 mL):
Calorias = 233 calorias
Carboidratos = 33,3g
Proteínas = 4,6g
Gorduras totais = 8,4g
Gordura Saturada = 1,5
Fibras = 2,4g
Sódio = 120 mg
FONTE:http://www.diabetes.org.br/publico/ultimas/1660-festa-junina-e-diabetes

sábado, 9 de junho de 2018

Pacientes e médicos cobram do SUS oferta de insulina.

Medicamento foi comprado, mas faltam agulhas. O governo não deu prazo para que o problema seja resolvido
Pacientes e médicos cobraram uma solução para a introdução da insulina análoga de ação rápida no Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento atende pessoas com diabetes tipo 1. O governo comprou a insulina e parte do equipamento para a aplicação, mas esqueceu as agulhas. 
Cleia Viana/Câmara dos deputados
Audiência Pública para debater sobre o acesso aos insumos, medicamentos e ao tratamento para diabetes no SUS
Debate na Comissão de Seguridade sobre diabetes, doença que atinge 16 milhões de brasileiros
Em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (5), Arnoldo de Oliveira Júnior, representante do Ministério da Saúde, não deu prazo para que o problema seja resolvido. Ele reconheceu que há má gestão na distribuição de medicamentos, dificuldades nas licitações e falta de remédios no mercado. 

Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Hermelinda Pedrosa, 80% do orçamento da saúde no Brasil são gastos com as chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como o diabetes. "A gente fica pensando nas transmissíveis, como febre amarela, dengue, malária, que são importantes, mas o impacto devastador, social e onômico de alteração da qualidade de vida é
capitaneado infelizmente pelas DCNTs", alertou.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 16 milhões de brasileiros têm diabetes. Mas por falta de investimentos na prevenção da doença, outros 7 milhões ainda não estão com o diagnóstico fechado. Quem já sabe que tem a doença enfrenta falta de insumos e medicamentos.
Ouça esta matéria na Rádio Câmara
Vanessa Pirolo, da Associação de Pacientes com Diabetes, relatou que, na região de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, por exemplo, algumas pessoas acabam machucando a ponta dos dedos, porque não existe equipamento adequado para fazer o teste de glicemia. 

"Nós precisamos ter acesso aos tratamentos adequados, à tecnologia adequada, de acordo, é claro, com a eficiência da tecnologia e muitas vezes tem que ser um passo a passo. Mas não ter lanceta para pessoa furar o dedo, é uma conta muito burra", lamentou.
Poucos médicos
Outro número considerado alarmante foi exposto durante a discussão: são apenas 5 mil endocrinologistas para fazer a prevenção e o tratamento do diabetes em todo o País.
Por isso, um consenso entre os profissionais é que uma melhor qualificação das equipes de saúde para o combate à doença poderia contornar essa falta de médicos, como explica a deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), autora do requerimento para realização da audiência. 

"Tem uma grande proposta de uma educação continuada que pode ser a distância para todos os trabalhadores da área da saúde", recomendou.

Frente Parlamentar
Depois da audiência pública, foi formalizada a criação da Frente Parlamentar Mista pela Causa do Diabetes. Uma das propostas do grupo é trabalhar pela aprovação do projeto de lei (PL 6754/13) que estabelece a Política Nacional de Prevenção do Diabetes e de Assistência Integral à Pessoa Diabética. A proposta já passou pela Câmara e agora está sendo examinada pelo Senado.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem - Cláudio Ferreira
Edição - Geórgia Moraes

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias

Fonte:http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SAUDE/558482-PACIENTES-E-MEDICOS-COBRAM-DO-SUS-OFERTA-DE-INSULINA.html

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Você Tem Problemas Com Seu Aparelho de Glicemia?



Se você tem encontrado problemas com seu glicosímetro, como variação de resultados, é necessário notificar o órgão competente, no caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
É preciso formalizar sua reclamação!!!
O caminho mais simples para reportar esse tipo de problema é via e-mail: ouvidoria@anvisa.gov.br com os seguintes dados:
- Nome completo 
- CPF
- Endereço 
- Dados do monitor (marca, modelo, número de série)
- Dados da fita (validade, lote)
- Descrever a ocorrência
- Em caso de divergência de resultados, uma opção é anexar a foto dos 2 aparelhos com os resultados diferentes obtidos no mesmo momento.

E não esqueça de enviar cópia de sua mensagem para: adj@adj.org.br

Fonte:http://www.adj.org.br/leitura-conteudo/00000986/M00003