sexta-feira, 27 de julho de 2018

Pré-Diabetes

Visão geral
Pré-diabetes significa que o nível de açúcar no sangue é maior que o normal, mas ainda não alto o suficiente para ser diagnosticado com diabetes tipo 2. Sem mudanças no estilo de vida, é muito provável que pessoas com pré-diabetes progridam para o diabetes tipo 2. Se você tem pré-diabetes, o dano a longo prazo  – especialmente para o coração, vasos sanguíneos e rins – pode já estar começando.
Comer alimentos saudáveis, incorporar a atividade física em sua rotina diária e manter um peso saudável pode ajudar a elevar o nível de açúcar no sangue ao normal.
O pré-diabetes afeta adultos e crianças. As mesmas mudanças de estilo de vida que podem ajudar a prevenir a progressão do diabetes em adultos também podem ajudar a trazer de volta ao normal os níveis de açúcar no sangue das crianças.
Sintomas
O pré-diabetes geralmente não apresenta sinais ou sintomas.
Um possível sinal de que você pode estar em risco de diabetes tipo 2 é a pele escurecida em certas partes do corpo. Áreas afetadas podem incluir o pescoço, axilas, cotovelos, joelhos e juntas.
Sinais e sintomas clássicos que sugerem que você mudou de pré-diabetes para diabetes tipo 2 incluem:
  • Aumento da sede
  • Micção freqüente
  • Fadiga
  • Visão embaçada
Consulte o seu médico se estiver preocupado com diabetes ou se notar quaisquer sinais ou sintomas de diabetes tipo 2. Pergunte ao seu médico sobre a avaliação da glicemia se você tiver algum fator de risco para pré-diabetes.
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Fatores de risco
Os mesmos fatores que aumentam o risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumentam o risco de desenvolver pré-diabetes. Esses fatores incluem:
Peso – Estar acima do peso é um fator de risco primário para pré-diabetes. Quanto mais tecido adiposo você tem – especialmente dentro e entre os músculos e a pele ao redor do abdômen -, mais resistentes suas células se tornam à insulina.
Padrões alimentares  Comer carne vermelha, carne processada e beber bebidas adoçadas com açúcar está associado a um risco maior de pré-diabetes. Uma dieta rica em frutas, legumes, nozes, grãos integrais e azeite de oliva está associada a um menor risco de pré-diabetes.
Inatividade – Quanto menos ativo você for, maior o risco de pré-diabetes. A atividade física ajuda você a controlar seu peso, usa glicose como energia e torna suas células mais sensíveis à insulina.
Complicações
A consequência mais séria do pré-diabetes é a progressão para o diabetes tipo 2. Isso porque o diabetes tipo 2 pode levar a:
  • Pressão alta
  • Colesterol alto
  • Doença cardíaca
  • Acidente vascular encefálico
  • Doença renal
  • Cegueira
  • Amputações
Procure o seu médico!
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Referência:
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/prediabetes/symptoms-causes/syc-20355278
Fonte: https://eueabete.com.br/pre-diabetes/

segunda-feira, 16 de julho de 2018

A família e o diabetes.

As atuais abordagens terapêuticas para todos os tipos de diabetes exigem o cuidado efetivo com envolvimento não somente do paciente, mas de toda sua família e das pessoas que lhe fornece apoio social. O apoio familiar é benéfico e necessário para pacientes de qualquer faixa etária. Seja você pai, irmão ou outro membro da família, seu apoio e disposição podem fazer toda a diferença na saúde do membro da família que possui diabetes. As orientações fornecidas por profissionais de uma equipe de saúde, preferencialmente interdisciplinar, com abordagens dos aspectos biopsicossociais centrados no paciente e na sua família devem ser estimulados, enquanto o foco exclusivo na doença deve evitado.
Quando uma pessoa é diagnosticada com diabetes, a família tem sua rotina bruscamente modificada e passa a conviver com novas situações 24 horas por dia. As várias mudanças impactantes incluem os cuidados médicos farmacológicos (comprimidos orais, terapias com insulina, monitorização glicêmica, entre outros) e não farmacológicos (adequação da alimentação, prática regular de atividade física, estilo de vida mais saudável, etc.); os custos com os tratamentos; os desafios enfrentados pelo aluno com diabetes nas escolas ou do adulto nos postos de trabalho; entre outras mudanças podem afetar negativamente a rotina familiar.
Quando a criança tem diabetes os pais costumam assumir toda a responsabilidade pelo tratamento e o manejo da doença. Com o passar do tempo, a criança consegue adquirir autonomia e torna-se capaz de desenvolver habilidades para assumir um papel progressivamente mais ativo no seu tratamento. A capacidade de participação efetiva da criança, com autonomia no processo de aquisição de habilidade de autocuidado, depende mais da sua maturidade que da idade cronológica. Por isso, é importante o envolvimento da família desde o diagnóstico do diabetes, para favorecer o desenvolvimento das estratégias de apoio que possibilitarão o amadurecimento da criança e sua corresponsabilidade pelos resultados alcançados.  
É comum que os pais sintam a necessidade de vigiar seus filhos a todo momento com o objetivo de identificar episódios de hipoglicemia ou de hiperglicemia. Isso pode desencadear uma relação marcada por conflitos em família, o que interfere negativamente na adesão do paciente ao tratamento do diabetes. Por outro ponto de vista, se a família reconhece o esforço dos pacientes e oferece seu apoio, há melhor adesão ao tratamento e melhor controle metabólico, tanto em crianças e adolescentes, quanto em adultos com diabetes.
O autocuidado relacionado ao diabetes é um aspecto crítico do manejo da doença para adultos. Como os membros da família podem desempenhar um papel vital no manejo da doença do paciente, envolvê-los em intervenções de autocuidado pode influenciar positivamente os desfechos do tratamento do diabetes neste pacientes.
Estudos recentes evidenciam que a contribuição de membros da família de crianças, adolescentes, adultos ou idosos com diabetes podem contribuir com a melhora do controle glicêmico e o gerenciamento do diabetes. Uma pesquisa de revisão sistemática analisou as intervenções familiares para adultos com diabetes realizadas em estudos publicados no período de 1994 a 2014 e avaliou o impacto do envolvimento da família nos desfechos do diabetes nos pacientes. Os autores encontramos 26 estudos descrevendo intervenções familiares na vida de adultos com adultos. As intervenções foram realizadas com diferentes populações e configurações de pacientes. O grau de envolvimento familiar variou entre os estudos, mas evidências de melhora na autoeficácia dos pacientes, no apoio social percebido, no conhecimento sobre o diabetes e no autocuidado foram identificadas nos estudos. Devido à heterogeneidade dos desenhos do estudo, tipos de intervenções, relato dos resultados e envolvimento da família, foi difícil para os autores determinar como a participação da família nas intervenções do diabetes pode afetar os resultados clínicos dos pacientes. Apenas dois dos 26 estudos eram de alta qualidade e com substancial envolvimento familiar e relato de melhora da hemoglobina glicada (HbA1c). Segundo os autores, o desenvolvimento de intervenções em diabetes que incluam a família pode ser crítico para melhorar a saúde de adultos com diabetes, embora, outros estudos são necessários para investigar claramente o papel da intervenção familiar, e para avaliar a qualidade e a extensão da participação da família neste processo, possibilitando comparar os resultados dos pacientes com e sem o envolvimento familiar.
Os indivíduos com diabetes devem se envolver em comportamentos diários de autocuidado para evitar complicações. Nas relações entre os casais, compartilhar os desafios com seus parceiros pode influenciar positivamente o relacionamento, o qual muitas vezes dificulta a autoeficácia dos pacientes para o controle do diabetes. Um estudo realizado com adultos com diabetes tipo 2 e seus parceiros analisou três aspectos dos relacionamentos que teoricamente podem afetar a autoeficácia: investimento, apoio e satisfação do parceiro no relacionamento. Os autores identificaram que as intervenções destinadas ao apoio dos pacientes em sua autoeficácia para o comportamento de autogestão podem ser melhoradas através da consideração dos relacionamentos afetivos dos pacientes.
Podemos perceber que com tantas mudanças na rotina da pessoa que possui diabetes é necessário desenvolver estratégias para reduzir os conflitos em família. O conflito familiar relacionado ao tratamento do diabetes tem sido visto como problema comum, muitas vezes necessitando intervenções comportamentais para melhorar a comunicação e promover o trabalho em equipe dentro do lar. Diante disso, compartilhar as experiências da vida diária com diabetes com outras pessoas pode auxiliar os pacientes na aceitação e no enfrentamento do diabetes, no controle glicêmico e na redução da angústia acerca do diabetes, o que consequentemente contribui para a melhora da qualidade de vida e dos relacionamentos em família na presença do diabetes.
Referências
  1. AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. For Parents & Kids: American Diabetes Associationhttp://www.diabetes.org/living-with-diabetes/parents-and-kids/
  2. LEE, Aaron A. et al. Diabetes Distress and Glycemic Control: The Buffering Effect of Autonomy Support From Important Family Members and Friends. Diabetes care, v. 41, n. 6, p. 1157-1163, 2018.
  3. MALERBI, Fani Eta Korn. Adesão ao tratamento, importância da família e intervenções comportamentais em diabetes. Sociedade Brasileira de Diabetes (Org.), Diabetes na prática clínica, 2011.
  4. REDONDO, Maria J. et al. Diabetes care provider perceptions on family challenges of pediatric type 1 diabetes. diabetes research and clinical practice, v. 129, p. 203-205, 2017.
  5. STRIZICH, Garrett et al. Glycemic control, cognitive function, and family support among middle-aged and older Hispanics with diabetes: The Hispanic Community Health Study/Study of Latinos. Diabetes research and clinical practice, v. 117, p. 64-73, 2016.
  6. VONGMANY, J. et al. Family behaviours that have an impact on the self‐management activities of adults living with Type 2 diabetes: a systematic review and meta‐synthesis. Diabetic Medicine, v. 35, n. 2, p. 184-194, 2018.
  7. WOOLDRIDGE, Jennalee S.; RANBY, Krista W. Influence of Relationship Partners on Self-Efficacy for Self-Management Behaviors Among Adults With Type 2 Diabetes. Diabetes Spectrum, p. ds170069, 2018.
FONTE: https://www.diabetes.org.br/publico/ultimas/1673-a-familia-e-o-diabetes

Dr. Edson da Silva
  • Doutor em Biologia Celular e Estrutural (UFV)
  • Docente da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM
  • Coordenador do Grupo de Estudo do Diabetes da UFVJM
  • Especialista em Educação em Diabetes (UNIP e ADJ-IDF-SBD)

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Gene raro explica porque o homem com diabetes tipo 1 não precisa mais de insulina.

Um homem com diabetes tipo 1 foi informado pelos médicos, que ele tem um tipo raro de gene que explica por que ele não precisa mais depender da insulina para controlar sua condição.
Gene raro explica porque o homem com diabetes tipo 1 não precisa mais de insulinaDan Darkes, da Daventry em Northamptonshire, descobriu que tinha diabetes tipo 1 em 2010, logo após deixar o Exército. Ele começou a usar insulina, mas parou com as injeções diárias no início deste ano, quando os testes mostraram que seus níveis de açúcar no sangue estavam abaixo da média.
Sua equipe médica ficou intrigada sobre por que seu corpo não precisava mais das injeções de insulina e, assim, viajou para a América, onde testes foram realizados com ele.
Darkes, conhecido como “Miracle Dan” para seus amigos, retornou a Northampton, onde seus resultados foram analisados.
Falando ao jornal Chronicle and Echo, ele disse: “Meus testes indicaram que os médicos encontraram um gene raro nos meus resultados e isso funcionou como um sistema imunológico de ‘cópia de segurança’. Isso levou à produção de insulina no pâncreas.
“O gene basicamente recarregou meu sistema imunológico e pâncreas, colocando em ação as células beta que ficaram adormecidas durante o tempo em que eu tive o tipo 1. 
Antes das análises, os médicos estimaram a probabilidade de recuperação milagrosa de Mr Darkes ser genuína em 80%.
O mundo aguarda ansiosamente novas atualizações sobre sua condição, na esperança de que uma cura para o diabetes tipo 1 possa ter sido desenvolvida.

Referências:
http://www.dailymail.co.uk/health/article-5908883/Man-person-world-cured-type-1-diabetes.html
https://eueabete.com.br/homem-com-diabetes-cura/