terça-feira, 23 de outubro de 2018

Cresce número de homens com diabetes no Brasil.

O exame é feito de forma simples, a partir de pequeno furo no dedo
O exame é feito de forma simples, a partir de pequeno furo no dedo - 
Rio - Nos últimos 11 anos, o número de homens com diabetes cresceu em 54% no Brasil, enquanto o percentual de mulheres aumentou apenas 28,5% no mesmo período. Os dados do Ministério da Saúde apontam ainda, que o indicador de diabetes é maior entre aqueles que frequentaram a escola por até oito anos (14,8%), e que aumenta com a idade, especialmente em idosos com mais de 65 anos (24%).
Entre as capitais brasileiras, a parcela masculina da população de Boa Vista (9%), Belo Horizonte (8,6%) e Porto Alegre (8,3%) detém os maiores índices de diabetes, enquanto a de Palmas (3,7%), Cuiabá (4,2%) e Teresina (4,6%), os menores. Já a população feminina de Vitória (10,3%), Rio de Janeiro (10,3%) e Recife (8,8%) apresenta maior número de diagnósticos da doença, e as de Palmas (5,1%), Macapá (5,2%) e Florianópolis (5,6%) o menor. De 2010 e 2016, mais de 400 mil mortes foram causadas pelo diabetes no país.
"Quando os dados da pesquisa mostram um aumento do número de pessoas que sabem que tem a doença no país, especificamente os homens, é preciso entender duas coisas: a primeira é que, talvez, tenhamos mais pacientes com diagnóstico, sabendo que tem a doença; e a segunda, já confrontando com dados do mundo inteiro, mostra o aumento progressivo do número de pacientes com diabetes em todo lugar, inclusive no Brasil", diz Rodrigo Moreira, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). 
ESTIMATIVA
Estima-se hoje que 1,9 bilhão de adultos tenham sobrepeso, sendo 600 milhões com obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, um milhão de novos casos de obesidade (que é um dos fatores de risco para o diabetes) surgem por ano de acordo com o Ministério da Saúde. O consumo elevado de alimentos ricos em açúcar, gordura e sal estão diretamente ligados ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial sistêmica.
“A escolaridade pode estar relacionada pois o diabetes também possui um fator socioeconômico. Ter uma alimentação balanceada e praticar atividade física regularmente, demandam algumas mudanças mais custosas, diz o especialista. "De acordo com a pesquisa nas capitais, o Brasil está homogêneo e o número de diagnóstico vem aumentando. Mas precisamos de medidas para diagnosticar pacientes que continuam vivendo com o diabetes sem saber”, finaliza Moreira.
Fonte: https://odia.ig.com.br/vida-saudavel/2018/07/5556320-cresce-numero-de-homens-com-diabetes-no-brasil.html

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Diabetes Influencers: a importância dessa tendência a favor da saúde.

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Cada vez mais, a Roche tem se conectado com blogueiros para conseguir levar informação de qualidade ao maior número de pessoas possível. E na voz de quem convive com a doença, a mensagem sempre se torna mais leve e envolvente, especialmente para os jovens.
Por isso, no dia 18 de agosto, fez parte da iniciativa da ADJ – Diabetes Brasil-. Um workshop que reuniu 32 influenciadores digitais, com o intuito de atualizar e promover a educação em diabetes para influenciadores. A ação tem como finalidade engajar esse público à transmitir aos seguidores informações mais corretas e precisas. Assim, eles poderão colaborar ainda mais no tratamento das pessoas com diabetes, afinal, são peça fundamental na divulgação de campanhas focadas nos interesses dos pacientes.
O que rolou no do workshop?
Dra. Denise Franco comentou sobre as tecnologias existentes e como melhor utilizá-las para ajudar no tratamento do diabetes. Também relatou que aproximadamente 79 mil crianças são diagnosticadas com diabetes ao redor do mundo
a cada ano. Segundo o estudo Narayan, JAMA 2003, no mundo são 542 mil crianças com diabetes tipo 1. De acordo com o estudo JDRF CGMS study group , Diabetes Care. 2010; 33:1004-8, realizado com 176 pessoas com diabetes tipo 1 envolvendo crianças, 96,6% deste público teve ao menos uma hipoglicemia noturna, 23% deles tiveram eventos de duas horas ou mais de hipoglicemia e por isso ressaltou a importância de medir a glicemia antes de dormir.
Em seguida, a nutricionista Tarcila Ferraz de Campos explicou sobre os fatores de risco dodiabetes tipo 2, que englobam: circunferência abdominal maior que 80cm para homens e 94cm para mulher, dislipidemia que abrange HDL baixo e triglicérides alto, antecedente familiar, IMC maior que 25, doença cardiovascular, hipertensão, síndrome de ovário policístico e diabetes gestacional.
Ela também esclareceu sobre a diferença de Índice Glicêmico e Carga Glicêmica. O primeiro avalia o perfil de absorção do carboidrato após as refeições comparado a um alimento controle como o pão ou glicose, já a carga glicêmica avalia o efeito glicêmico do alimento como um todo, medindo a qualidade e quantidade do carboidrato.
Por definição chamamos de índice glicêmico a velocidade que o açúcar de um determinado alimento chega à corrente sanguínea. É uma medida da qualidade do carboidrato ingerido, porém não considera a quantidade. Pode-se diminuir o índice glicêmico adicionando fibras, alimentos proteicos, gordura ou acidificando o alimento. Exemplo: o pão branco tem IG elevado. Se for fabricado na versão integral, devido à presença de fibras, estas provocam a diminuição do índice glicêmico; se adicionarmos ao pão branco um pouco de azeite, a gordura será responsável pela queda do índice glicêmico; o mesmo ocorrerá se ingerirmos pão branco com iogurte, responsável pela acidificação do alimento.
A importância das Associações e dos Influenciadores Digitais
O Workshop também abordou a importância do papel das associações e dos influenciadores digitais. As primeiras enquadram-se num perfil de entidades do terceiro setor, com os objetivos de atender as necessidades da população, complementando a ação do Estado, fornecer educação, compartilhar experiências com outras pessoas que têm a mesma condição, atuar na alteração da política de saúde com a presença dos novos atores coletivos no processo de criação e desenvolvimento das políticas públicas.
Já os influenciadores digitais são pessoas com grande alcance e capacidade de mobilização social, que atuam como agentes de persuasão e transformação. Indivíduos que ganharam representatividade, por diversos motivos, construindo redes de seguidores e fãs que são por eles impactados ou influenciados. Com o passar do tempo, os influenciadores se tornam figuras públicas, onde seus comportamentos e opiniões são observados por aqueles, que possuem algum tipo de identificação com esta imagem. Na área da saúde, os pacientes se tornam ativos mediante transformações individuais e coletivas no campo da medicina. Compartilham conhecimento e experiências com os demais pacientes ou cuidadores.
As palestrantes Sheila Vasconcellos e Vanessa Pirolo alertaram os influenciadores digitais para que tomassem cuidado na interferência do tratamento das pessoas com diabetes. Se estes forem da área da saúde, podem postar conteúdos para incentivar a mudança de hábitos. Caso não tenha esta formação, foram desaconselhados a publicar posts, sem uma aprovação de um profissional de saúde para não prejudicarem o tratamento.
FONTE: https://debemcomavida.accuchek.com.br/diabetes-influencers-a-importancia-dessa-tendencia-a-favor-da-saude/

O mapa do diabetes no Brasil.

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ADJ e SBD divulgam dados inéditos da doença em coletiva de imprensa
A ADJ – Diabetes Brasil -, e a SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes, se uniram para mostrar a realidade do diabetes no país. E para apresentar esse retrato atualizado, convidaram 26 jornalistas de veículos impressos e de redes de televisão. Os depoimentos dos especialistas destacaram os dados alarmantes do diabetes e as soluções para que o governo gaste menos com complicações e internações da condição.
A maioria dos 13,4 milhões de pessoas com diabetes existentes no país está com falta de controle da glicemia. O Estudo Multicêntrico Brasileiro, realizado em 28 centros terciários e secundários da Saúde Pública de 20 cidades brasileiras (Mendes AB et al. Acta Diabetol. 2010; 47(2):137-450), mostrou que somente 23,2% das crianças e dos adolescentes com diabetes conseguem o controle da glicemia e que somente 9,1% dos adultos apresentam este controle.
Outro estudo nacional (Vianna LV, Leitão CB, Kramer CK, Zucatti ATN, Jezini DL, Felício J, Valverde AB, Chacra AR, Azevedo MJ, Gross JL. Poor glycaemic control in Brazilian patients with type 2 diabetes attending the public healthcare system: a cross-sectional study. BMJpen 2013;3:e003336 doi:10.1136/bmjopen-2013-003336), envolvendo mais de 6.700 pacientes, verificou que a desigualdade brasileira também se reflete no controle do diabetes: as regiões Norte e Nordeste apresentam os piores controles de hemoglobina glicada (média da glicemia dos três últimos meses), 9,2% e 8,9% respectivamente, seguidas das regiões Sudeste (8,4%), Sul (8,3%) e Centro Oeste (8,1%).
O estudo multicêntrico, transversal: Economic status and clinical care in young type 1 diabetes patients: A nationwide multicenter study in Brazil, realizou entre 2008 e 2010 um estudo com 1.692 pacientes, em 28 clínicas públicas do Brasil, e mostrou que somente 65% dos participantes da pesquisa, com um status econômico muito baixo, frequentam o nível de atenção terciária, quando comparados com 75% dos participantes da classe média e 78% daqueles com status econômico mais elevado.
 A importância do controle glicêmico
O descontrole da glicemia é responsável por internações e várias complicações do diabetes, entre elas a retinopatia, doenças cardiovasculares, nefropatia, neuropatia e amputações.
Segundo a Dra. Denise Franco, diretora da ADJ, 27% dos pacientes que usam a metformina param de tomar a medicação no primeiro mês do tratamento, pois acreditam que assim que normalizar a glicemia, há a cura. Por isso, não adianta o médico atender a pessoa com diabetes em 15 minutos e não conseguir explicar a importância da medicação para o resto da vida, isso vai refletir em complicações do diabetes.
Por isso, os cuidados com a saúde das pessoas com doenças crônicas, como o diabetes, precisam ser contínuos, influentes no estilo de vida, dinâmicos e apropriados, e devem ser prestados por equipes de profissionais de saúde devidamente capacitadas para cuidar e ensinar o autocuidado do diabetes.
FONTE:https://debemcomavida.accuchek.com.br/o-mapa-do-diabetes-no-brasil/