sábado, 27 de fevereiro de 2016

II edição do Programa Nacional de Jovens e Adultos com Diabetes

    
          A Primeira edição do Encontro Nacional de Jovens e Adultos com Diabetes, onde tive a Honra de representar a Minha Paraiba e a querida cidade de Cajazeiras e em 2016 estarei presente novamente, Sob a coordenação da Jornalista Vanessa Pirollo também diabética Tipo I, o evento reuniu 27 representantes de Associação de todo o País e com o desligamento de alguns membros vem buscando novo representante atuantes para se juntar a causa. Republico mais uma matéria do blog convivência com o diabetes que informa sob os procedimentos de participação e espero quem sabe a nossa Paraíba e a região do Nordeste venha ganhar novos somadores nesta corrente em defesa de políticas publicas efetivas para a saúde da pessoa que convive com o diabetes.


Desde o ano passado, me tornei coordenadora do Programa Encontro Nacional de Jovens e Adultos com Diabetes, iniciativa realizada pela ADJ Diabetes Brasil. Representantes de 28 entidades foram capacitados em um encontro presencial e em nove virtuais. 

Os resultados de impacto foram muitos, entre eles: a lei municipal que institui a obrigatoriedade de realização de teste de glicemia no ato de atendimento em casa de saúde, hospitais, UBS e clínicas de tratamento, realizado pelo Grupo de Amigos Diabéticos em Ação, da Paraíba. A Lei Valentina, que consiste em realizar testes de glicemia capilar em crianças de zero a seis anos atendidas pelo posto de saúde, realizada pela ADJ de Birigui. Visando construir o empoderamento da pessoa com diabetes, para melhor conviver com a sua doença, foi criado o Projeto de educação em saúde, multiprofissional, que parceria com o Hospital Albert Sabin, em Atibaia. Ele tem a finalidade de atender, orientar e prestar informações aos pacientes.

Para conseguirmos ter uma comunicação mais estreita com o Governo Federal, agora haverá o II Encontro presencial, seguido de encontros virtuais para que possamos sensibilizar o Ministério da Saúde e os Governos Estaduais sobre 4 políticas públicas, que possam melhorar o tratamento da pessoa com diabetes no país.

Sabemos que o Governo cortou no ano passado o orçamento de R$578 milhões, o que já está refletindo na falta de medicamentos e de insumos em diversos municípios brasileiros, com estimativa de que este corte atinja 1,1 milhão de pessoas. Para população que tem diabetes, este dado resultará em mau controle da glicemia e consequentemente em complicações e em internações.

Para tentarmos reverter esta situação e, ao mesmo tempo, implantarmos políticas públicas para ajudar as pessoas com diabetes, abrimos vagas para representantes de associações de diabetes para que possam participar do processo seletivo. As associações precisam ter CNPJ e ter como missão ajudar pessoas com diabetes em seu tratamento.

Os interessados devem entrar em contato pelo email: vanessapirolo@animapress.com.br

Vamos participar desta semente e construir um futuro melhor? Assistam ao Vídeo do Encontro no ano passado!



Confira também o desdobramento do 1º ENCONTRO NACIONAL DE JOVENS E ADULTOS COM DIABETES

http://www.convivenciacomdiabetes.com.br/2016/02/programa-nacional-de-jovens-e-adultos.html

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Entrevista do Portal de Bem com a Vida!

Traga aqui uma entrevista publicada no portal de Bem com a vida pela Jornalista Vanessa Pirollo, uma amiga que também está na guerra defendendo os direitos das pessoas que convive com o diabetes em nosso País.
Espero que gostem da entrevista!

Ronaldo Rodrigues

De paciente à militante da causa do diabetes. Conheça a história de Antonio Rodrigues Sobrinho Filho

Ronaldo RodriguesImagine um jovem de 22 anos, de Cajazeiras, na Paraíba, com o diagnóstico de diabetes tipo I desde 2012, recebeu este ano o convite da prefeita para assumir o cargo de Coordenador do Programa de Educação, voltado para pessoas com diabetes, e conseguiu a sanção da Lei Municipal, que institui a obrigatoriedade de realização de teste de glicemia no ato de atendimento em casa de saúde, hospitais, UBS e clínicas de tratamento.
Então, estas são as conquistas de Antonio Rodrigues Sobrinho Filho, mais conhecido por Ronaldo Rodrigues, estudante de Pedagogia e Direito. Quem o vê hoje não sabe que chegou a ter uma glicemia acima de 600 mg/dl, quando foi encaminhado junto ao SAMU até o hospital da cidade e que passou por sérios problemas, como um mês sem sua visão. Conheça um pouco a história de vida deste jovem tímido e militante da causa.
Portal De Bem com a Vida: Como formou o Gada Grupo de Amigos Diabéticos em Ação?
O Gada surgiu pala falta de informação ao qual a minha família foi submetida, pois não sabia como cuidar e nem o que era o diabetes. Com auxílio da minha endocrinologista, comecei a pesquisar sobre a doença, que iria me acompanhar pelos meus próximos dias de vivência. Assim, surgiu a necessidade de me colocar à disposição de outros jovens a lutar por melhores condições e direitos da pessoa que convive com o diabetes.
Portal De Bem com a Vida: O que te motivou a formar o Grupo?
Os problemas ao qual enfrentei no meu tratamento, por ser de família humilde onde diversos direitos foram negados a exemplo da não entrega de fitas e do próprio aparelho de glicosímetro ao qual tive que mover ações junto ao Ministério Público. Além disso, as complicações que a pessoa com a condição sofre tendo um mau controle no tratamento e a falta de informação e políticas públicas, fazendo com que as pessoas tenham uma concepção de que o diabetes é uma doença besta, onde na verdade merece uma atenção em caráter especial pelos poderes públicos.
Portal De Bem com a Vida: Como é a atuação do Grupo?
Fundada em 30 de Maio de 2012, nossa entidade trabalha com a educação e conscientização da pessoa que apresenta problemas relacionados ao diabetes, tendo uma grande atuação no sertão paraibano. Situada em Cajazeiras, nós cuidamos de 15 municípios e conhecemos a realidade local das pessoas com a condição, criando e executando projetos voltados para a região. Somos uma entidade modelo na defesa da garantia dos direitos das pessoas com diabetes.
Portal De Bem com a Vida: Que conquistas já obteve, além da lei municipal e do convite da prefeita?
Grandes avanços tivemos como a realização do Dia Mundial do Diabetes em nossa localidade desde 2012, onde em parceria com entidades e apoiadores, realizamos diversas atividades, seções especiais nas câmaras municipais para debater sobre os problemas enfrentados pela pessoa com diabetes, a conquista de uma lei a nível estadual onde o podólogo passou a ser um dos profissionais a ser inserido nos hospitais do estado e clínicas conveniadas, além de duas em nível municipal, sendo uma municipalizando a assistência à pessoa com a condição e a criação da gerência da pessoa portadora de diabetes cuja sigla é SEMAPAD.  Nossos ciclos de palestras em educação em diabetes percorrem as comunidades e auxiliam as pessoas com diabetes. Eles são realizados pela nossa equipe de profissionais voluntários.
Portal De Bem com a Vida: Quais são os planos para o Grupo?
Da conquista de uma sede própria, à criação de um centro de referência de atendimento a pessoa com diabetes, além de novos projetos de leis, que garantam condições de um tratamento digno ao paciente com diabetes.
Portal De Bem com a Vida: Quando esteve em São Paulo, para o I Encontro de Jovens e Adultos com Diabetes, o que mudou na sua vida?
Oportunizou abrir novos espaços e conhecer a realidade de outras localidades, e se fortalecer para juntos lutarmos pelos mesmos ideais.  Novas portas se abriram na região para busca de apoios em projetos.
Portal De Bem com a Vida: Há algo que queira deixar como mensagem?
Que os nossos sonhos são a metade de uma realidade. Nossa luta às vezes se torna cansativa e desgastante, mais que nunca deixemos de batalha pele efetivação de nossos direitos, pois no amanhã teremos sempre a recompensa. É sempre bom ver o reflexo do nosso trabalho ao auxiliar ao próximo.

Vanessa Pirolo

Jornalista, criadora do blog convivência com diabetes, tem diabetes desde o seus 18 anos, e redatora do Portal DBCV. Quer me conhecer melhor? Então, clique aqui!

sábado, 13 de fevereiro de 2016

12 informações que um diabético necessita saber sobre o diabetes!

Sempre busco auxiliar nas informações para a nossa querida comunidade de pessoas com diabetes, sabemos que a informação abre portas e em mais uma pesquisa por matérias em sites de diabetes encontrei dicas que poderá auxiliar no tratamento e muitas vezes responder a algumas dúvidas e questionamentos que podem surgir neste período. Afinal nem sempre sabemos tudo e é sempre bom inovar e buscar informação.

Veja a baixo mais uma matéria que republico do site tiabete.com e vamos nos engrandecer em informação.
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A diabetes está em proporções epidêmicas em todo o mundo e a maioria das pessoas conhece alguém que vive com esta condição. As graves complicações físicas e mentais de saúde associadas com todos os tipos de diabetes no entanto, são menos conhecidas.
Aqui estão 12 coisas que você talvez não saiba sobre a diabetes:

1. OS CUSTOS PESSOAIS E SOCIAIS DA DIABETES SÃO ENORMES

Se você vive com diabetes você sabe que isso não é apenas sobre o açúcar. A maioria das pessoas associa a diabetes com coisas doces, mas é muito mais complicado do que isso. Muitas pessoas experimentam um impacto significativo no seu bem-estar social e emocional.

2. HÁ UMA SÉRIE DE TIPOS DE DIABETES, E ENQUANTO ELAS TÊM IMPACTOS SEMELHANTES SOBRE O SEU CORPO, SÃO DOENÇAS MUITO DIFERENTES

Existem três tipos básicos – diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional (diabetes da gravidez). Elas têm semelhanças em relação à falta de insulina, mas possuem diferentes causas e regimes de gestão. O diabetes tipo 2 não se transforma em diabetes tipo 1, mas muitas pessoas com diabetes tipo 2, eventualmente, vão precisar de algumas injeções de insulina para gerenciar sua condição devido à natureza progressiva da doença, o que acaba por se assemelhar à diabetes tipo 1.

3. O DIABETES TIPO 1 É UMA DOENÇA AUTO-IMUNE E NADA TEM A VER COM O ESTILO DE VIDA OU COMER MUITO AÇÚCAR

Na diabetes tipo 1 o pâncreas não produz insulina alguma, porque as células que produzem insulina foram destruídas pelo próprio sistema imunológico do corpo. Enquanto estamos chegando mais perto, ainda não conseguimos entender porque isso acontece, mas algum conjunto de fatores causam o ataque auto-imune. Este tipo de diabetes é geralmente diagnosticada em pessoas com menos de 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade. A insulina atua como uma chave para abrir as células do sangue e liberar glicose obtida a partir do alimento para chegar ao seu cérebro, músculos e órgãos, onde é necessário para viver. A pessoa com diabetes tipo 1 para sobreviver, substitui a insulina não produzida pelo pâncreas por uma sintetizada injetável.

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4. EMBORA SEJA GERALMENTE RESTRITA A ADULTOS MAIS VELHOS, CADA VEZ MAIS JOVENS ESTÃO DESENVOLVENDO DIABETES TIPO 2

Tipo 2 é a forma mais comum de diabetes, com cerca de 85 a 90% de todas as pessoas que têm esta condição. Na diabetes tipo 2, o pâncreas ainda produz alguma insulina, mas isto se reduz ao longo do tempo. O outro problema é que a insulina em pessoas com diabetes tipo 2 não funciona eficazmente devido à resistência à insulina. Há uma forte ligação genética e esse risco é maior quando há também fatores de estilo de vida, hipertensão arterial, excesso de peso ou obesidade, não ser suficientemente ativo, comer uma dieta pouco saudável e ter o clássico corpo em “forma de maçã”, onde o peso extra é localizado em torno da cintura. Outros fatores de risco incluem grupos étnicos específicos, ter mais de 40 anos e sedentarismo. Não é verdade que as pessoas com diabetes tipo 2 provocaram a sua própria doença e ninguém deve ser responsabilizado ou se sentir culpado por ter diabetes.

5. UMA VEZ QUE VOCÊ TEM DIABETES, O IMPACTO SOBRE A SUA VIDA PODE SER IMPLACÁVEL

Dependendo do tipo de diabetes, pessoas com diabetes devem realizar tarefas diárias de auto-monitorização, como picar o dedo várias vezes por dia para verificar a glicose no sangue, fazer contagem de carboidratos em cada refeição, tomar várias injeções e medicamentos ao longo do dia, ou acoplar ao corpo uma bomba de insulina. Os riscos de não manter um controle adequado da glicose no sangue incluem cegueira, insuficiência renal, acidente vascular cerebral, ataque cardíaco e danos nos nervos.

6. VÁRIOS ASPECTOS DA ATIVIDADE DIÁRIA PODEM AFETAR A GLICOSE NO SANGUE E MUITAS PESSOAS SENTEM COMO SE ESTIVESSEM ANDANDO NA CORDA BAMBA OU NUMA MONTANHA-RUSSA

Ginástica, estresse, alimentos, hormônios ou menopausa, são apenas algumas das coisas que podem causar variações bruscas da glicose no sangue quando o seu corpo não tem um pâncreas funcionando. Isto torna extremamente difícil de manter um controle ideal, tornando a condição muitas vezes imprevisível, única e assustadora.

7. EXISTE O DOBRO DE RISCO PARA A DEPRESSÃO COMPARANDO-SE COM O RESTO DA POPULAÇÃO E A MAIORIA DAS PESSOAS COM DIABETES SOFREM REDUÇÃO DOS NÍVEIS DE BEM-ESTAR

Devido às dificuldades associadas ao gerenciamento desta doença, por vezes incontrolável, uma condição conhecida como aflição específica diabética causa impacto em muitas pessoas. Os membros da família são afetados por isso. Isto é particularmente verdade para as pessoas que vivem com diabetes tipo 1, mas afeta a todos os tipos e pessoas de todas as idades que vivem com diabetes.

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8. DESMOTIVAÇÃO OU “BURNOUT” É UM PROBLEMA COMUM CAUSADO PELO DIABETES

Se você tem diabetes, você pode reconhecer este problema de motivação através de sinais, tais como sentimentos de exaustão e uma total falta de interesse em suas tarefas de auto-cuidado. Em vez de furar com suas injeções regulares, verificar a glicose no sangue, tomar os medicamentos, fazer exercícios e aplicar insulina, você só os faz parcialmente ou, eventualmente, neglicenciando quase tudo completamente por um período de tempo. É mais do que apenas ter um dia ruim. Você simplesmente parece não reunir a motivação para continuar a gerir e a culpa e estresse sobre o que isto está fazendo para seu corpo apenas se acumula, acrescentando-se ao seu sofrimento. Desmotivação ou “Burnout”, como é conhecido em inglês, é particularmente mais provável de surgir quando você trabalha arduamente para gerir a sua diabetes, mas os resultados não refletem aquilo que você esperava.
Também é mais provável de aparecer quando você sente pressão ou estresse em outras áreas de sua vida em que você não tem controle. Esta desmotivação pode durar pouco tempo, estar em curso, ou pode ir e vir. Estudos têm demonstrado que a maioria das pessoas que vive com diabetes passa por experiências de preocupações, medos e sentimentos negativos em algum momento de suas vidas.

9. HÁ MOMENTOS PARTICULARMENTE ARRISCADOS PARA DESENVOLVER O “BURNOUT” DEVIDO AO DIABETES

Se você ou um ente querido tem diabetes, alguns momentos de alto risco em que se pode experimentar o “burnout” incluem:
  • Se você não está cumprindo as metas para o diabetes, pode haver frustração por não atingir os objetivos
  • Experimentar problemas familiares / de relacionamento
  • Transição ou tempos de mudança em sua vida
  • Perda de alguém que você gosta ou outras perdas significativas
  • Vivenciar pobreza ou falta de moradia
  • Problemas com drogas e álcool
  • Problemas com o trabalho e estresse financeiro
  • Outros problemas com a saúde física ou mental
  • Gravidez e maternidade quando você tem diabetes
  • Envelhecer e lidar com mudanças em seu corpo, sua saúde e seu diabetes
  • Receber um diagnóstico de complicações do diabetes

10. APOIO É FUNDAMENTAL PARA O CONTROLE DO DIABETES

O desafio para as pessoas com diabetes é caminhar sobre uma linha tênue entre o estresse e as preocupações com o diabetes, e se sentir confortável sobre onde o diabetes se posiciona em sua vida. Ter uma perspectiva sobre quais são seus objetivos e como você vai gerenciar o diabetes no momento presente, pode ajudar. Quando você equilibrar isso, você será capaz de gerenciar melhor os momentos de estresse e assim evitar o “burnout” (desmotivação). Uma das maiores coisas que podem ajudar é ter um bom apoio. Não se trata apenas do apoio de seu médico ou outro educador de diabetes, o que é vital, mas também da família, amigos e outras pessoas com diabetes. Se você não conhece alguém com diabetes ou acha que precisa de apoio externo à sua família, a internet é um ótimo lugar para encontrar uma comunidade online de diabetes.

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11. MEDITAÇÃO PROFUNDA PODE AJUDAR COM SEUS NÍVEIS DE GLICOSE NO SANGUE

Ser capaz de se sentir no controle e ter um kit de ferramentas para fazer o conserto quando as coisas começarem a ficar fora de controle em qualquer aspecto de sua vida, realmente faz a diferença. Isso inclui estratégias de exercício e de relaxamento. A meditação profunda, que ensina você a se preocupar menos e estar mais presente em sua vida diária, ajuda a reduzir a ansiedade e angústia. Estresse e problemas em outras áreas da vida causam um impacto sobre o seu diabetes. É importante se manter saudável em todas as áreas de sua vida e para superar o estresse.

12. A MANEIRA DE PENSAR E FALAR SOBRE O DIABETES TAMBÉM TEM UM GRANDE IMPACTO SOBRE COMO VOCÊ SENTE E GERENCIA A DIABETES

Usar palavras como glicose no sangue “alta e baixa” em vez de “bom e mau” pode ajudar. Também verificar em vez da palavra testar quando se fala em monitoramento de glicose no sangue. Isto parece pequeno, mas pode ter um grande impacto sobre como você se sente sobre si mesmo.
Por último, se você vive com diabetes, é importante pedir ajuda e lembrar que você não precisa fazer tudo isso sozinho. Às vezes, você vai se sentir totalmente no controle destas acrobacias e se maravilhar com o quão bem você consegue gerenciar seu diabetes. Em outras ocasiões, monitorar seus níveis de glicose no sangue, tomar medicamentos, insulina, podem fazer com que sua vida cotidiana fique no caminho e tudo poderá parecer uma grande intrusão sugadora de tempo no seu dia.
Em especial, quando você estiver sobrecarregado com muitas outras responsabilidades e tarefas, ou quando o diabetes não está jogando limpo, a sua lista de “o que fazer” na gestão diária do diabetes pode se tornar uma maratona desgastante. Em alguns momentos, isso pode pesar muito e fazer você sentir como se fosse um enorme fardo, ou mesmo uma maldição. Se você se encontrar de frente para o “burnout”, é bastante útil ser capaz de perceber isso e tomar medidas para prevenir um escorregão emocional no decorrer de todo este caminho.

Helen Edwards é um premiada blogueira, consultora, escritora e conselheira. Ela está completando seu doutorado. Encontre-a e obtenha apoio em sua página www.diabetescounselling.com.au e também emwww.recycledinteriors.org.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Entrevista Dra.Vanessa Montanari

Iniciamos o Mês de Fevereiro e trago uma entrevista republicada do site da Minha amiga e companheira de luta Vanessa Pirollo em seu Blog Convivência com o Diabetes, a Entrevista foi realizada pela Dra. Vanessa Montanari sobre o tema de Políticas Públicas confira vale a pena:

No ano passado, conheci a médica endocrinologista Vanessa Montanari em eventos de discussão sobre diabetes, tanto na Assembleia Legislativa, como na Câmara dos Vereadores de São Paulo. Ela tem filho de 9 anos tem diabetes tipo 1 e é uma pessoa muito participativa. Hoje é conselheira da ADJ e resolvi entrevistá-la, pois ela tem muito o que acrescentar. Confira entrevista abaixo:

Quais são as dificuldades que a pessoa com diabetes enfrenta no SUS?
Inicio pela falta de prevenção no Sistema Público de Saúde. Muitos projetos mirabolantes são inventados, porém a maioria das pessoas com diabetes não possui prevenção primária para controle de obesidade ou para diagnóstico precoce do diabetes. Poucos Concursos Públicos para contratação de médicos especialistas são realizados, e quando são, pagam valores muito baixos, desestimulando o especialista a continuar trabalhando no Sistema Público de Saúde. A mídia mostra que laboratórios de Análises Clínicas deixam o paciente esperar um mês para seus exames ficarem prontos. Noticiários de TV mostram filas imensas, com alta demanda de pacientes, dificultando o retorno dos mesmos com seus especialistas, postergando o tratamento favorecendo desta forma complicações.  Além disso, o pouco tempo disponível ao atendimento e a burocracia atrapalham a relação médico-paciente dificultando orientações básicas e importantes sejam passadas para o paciente. E por último, existe poucas equipes de caráter multiprofissional com psicólogos, médicos, nutricionistas, educadores físicos capacitados em diabetes e bem entrosados entre si. Todo um trabalho que deveria ser multiprofissional e na verdade se concentra apenas no médico. Como resultado, ele acaba fazendo o que pode nos seus poucos minutos de consulta.

Quando começou a se engajar mais pela causa?
Eu tive um período de adaptação, após o diagnóstico do Lucas. Nenhum pai ou mãe espera ter um filho com diabetes, e comigo não foi diferente. Sou endocrinologista de pacientes adultos, então a realidade pediátrica não fazia parte do meu dia a dia. Porém com o diagnóstico do Lucas, comecei a ver muitas dificuldades e aflições que o paciente passa. A causa do diabetes é muito maior que somente o controle. Existem muitas falhas do tratamento médico desde a falta de triagem nos hospitais (tanto públicos, como privados) para um recente diagnóstico, até a falta de capacitação, tempo, remuneração de vários profissionais da saúde para um bom auxílio e acompanhamento do paciente.

Quais são seus sonhos com relação ao diabetes?
Na verdade, meu sonho é um tratamento fácil, prático e acessível a todos os pacientes com diabetes. Lógico que como mãe, também tenho o sonho da cura, e vou lutar para isso, pois nada é impossível. Mas no momento em que vivemos, temos de investir no que é mais real como a tecnologia em favor do controle do diabetes e com acessibilidade universal.

O que  gostaria que mudasse com relação à política de saúde no país?
Gostaria que parte do Orçamento Federal fosse realmente utilizado em Saúde e Educação. Gostaria que estes recursos não fossem desviados em todas as instâncias, pois a corrupção é disseminada em nosso país e do mesmo jeito que desviam dinheiro de merenda escolar, existem aqueles que desviam dinheiro de insumos e medicamentos no SUS. Para mim, precisa mudar a cabeça de todos, independentemente de partidos políticos. Precisaria ter um choque de consciência através de um programa de ética profissional e pessoal para o funcionalismo público. Nossos governantes deveriam discutir um pouco melhor as mazelas e problemas no SUS, para que realmente ele se adeque à universalidade de oferta de uma medicina e saúde pública de qualidade para toda a população.

Quais são as políticas públicas que gostaria que o Brasil implementasse?
Devido a uma estrutura nacional, o SUS tem poucos recursos para desenvolver suas ações e serviços de saúde para toda a sociedade brasileira e infelizmente, há muitos anos, a saúde não tem sido prioridade para vários governos. Houve a Emenda Constitucional 29, que tramitou por vários anos no Congresso Nacional, que obrigaria a União a pagar 5% a mais ao orçamento da Saúde, os Estados seriam obrigados a pagar, no mínimo 7% dos seus orçamentos à saúde, e o municípios de 7% a 15%. Isso impediria cortes no orçamento da saúde, evitando fechamento de laboratórios e hospitais, além de garantir funcionamento de programas e projetos, que assistem a milhões de cidadãos. Essa PEC foi aprovada no Congresso Nacional, mas foi quase completamente vetada pela Presidente Dilma Rousseff. Essa PEC garantiria o cumprimento das diretrizes básicas do SUS que são: a universalidade, a integralidade, a equidade, a descentralização e a participação da sociedade no SUS. Precisamos de mais recursos para o SUS, de gestores capacitados e estimulados, e necessitamos campanhas de ética para evitar corrupções em todas as instâncias, que impedem o dinheiro de ser devidamente utilizado na saúde. Atualmente estou torcendo pela implantação de insulinas análogas no SUS, pelo menos para crianças e adolescentes. Este projeto está sendo conduzido pela Sociedade Brasileira de Diabetes e em breve espero ter resultados na melhora da qualidade de vida do paciente com diabetes. E tanto no sistema Público, como no Privado, necessitamos de equipes Multiprofissionais, engajadas, entrosadas, que realmente se interessem em fazer diferença na vida das pessoas com diabetes.

Confira em:http://www.convivenciacomdiabetes.com.br/2016/02/conheca-as-propostas-de-politicas.html