sexta-feira, 26 de abril de 2019

HIPERTENSÃO ARTERIAL: PROBLEMA ACOMETE CERCA DE 30% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA


A hipertensão arterial sistêmica, conhecida popularmente como pressão alta ou somente hipertensão, ocorre quando a pressão sanguínea ultrapassa valores fisiológicos em repouso, de forma insidiosa, cronicamente, com valores acima de 130x80mmHg. “Esse desajuste progressivo vai deteriorando os nossos centros reguladores da tensão das artérias, que são as estruturas responsáveis por manter as artérias relaxadas ou constritas. Com a perda dessa regulação, aos poucos as artérias se enrijecem, exigindo do coração cada vez mais força para bombear o sangue, e prejudicando o aporte sanguíneo nos rins, olhos, cérebro e no próprio coração”, explica a médica Dra. Julyana Zaninelli Maiolino, cardiologista do Hospital VITA, em Curitiba.
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Dados do Ministério da Saúde apontam que a hipertensão afeta hoje cerca de 40 milhões de brasileiros. De acordo com levantamento realizado pelo órgão 33 % dos adultos são hipertensos e apenas 15% desses indivíduos são diagnosticados, tratados e controlados. Dra. Julyana conta que isso acontece porque a hipertensão arterial essencial é de instalação crônica, só manifesta sintomas em fases mais avançadas quando já houve lesão de órgãos-alvo (cérebro, rins, coração).
“Muitos pacientes somente reconhecem o quadro na presença de urgências, quando a pressão aumenta a níveis muito elevados, colocando em risco a vida, podendo desencadear acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, dissecção de aorta entre outras situações de risco” Alerta Dra. Julyana. Sintomas como cefaleia, nucalgia, náuseas e vômitos, visão turva ou com pontos cintilantes, dor no peito, tontura e desmaio podem alertar para uma situação mais grave.
Segundo a médica, pesquisas apontam que a hipertensão acomete 8% das pessoas com idade entre 18 e 24 anos, contra 50% para a faixa etária acima de 55 anos. Além disso, “a hipertensão arterial acomete mais as mulheres (25,5%) do que os homens (20,7%)”, e é um dos fatores de risco para infarto do miocárdio, aneurisma, acidente vascular cerebral (AVC), hipertrofia ventricular e miocardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca e renal, problemas estes que são responsáveis por um terço das mortes no Brasil”, destaca Dra. Julyana.
A cardiologista explica que faz parte do processo natural de envelhecimento o enrijecimento das artérias, portanto ao envelhecer todos teremos algum aumento da pressão, o que não significa que chegará obrigatoriamente a valores patológicos. Porém, algumas pessoas, mesmo mais jovens, apresentam maior predisposição genética para desenvolver a hipertensão, o que, associado aos fatores externos como: estresse, má alimentação, sedentarismo, tabagismo, obesidade, e presença de outras doenças que influenciam no controle da pressão de maneira indireta e que precisam de diagnóstico e tratamento,  a hipertensão pode ter seu desenvolvimento acelerado.
“Por isso, para monitorar o valor da pressão arterial, recomenda-se realizar a aferição mínima pelo menos uma vez ao ano para população geral, e com maior frequência em portadores de comorbidades cardiovasculares e metabólicas”, ressalta a especialista.
Quanto ao controle, Dra. Julyana explica que uma vez diagnosticado, deverá ser estratificado o estágio e risco do paciente, de forma individualizada, para assim traçar o plano de tratamento. Medidas não farmacológicas como atividade física regular, dieta balanceada rica em verduras, cessação do tabagismo, emagrecimento, redução da carga de estresse são indicadas em associação aos medicamentos. “Há diferentes classes de anti-hipertensivos disponíveis, e o tratamento depende do perfil clínico do paciente e da presença de outras comorbidades, como diabetes, dislipidemia, hipotireoidismo, doença renal crônica, entre outras”, ressalta.
Fatores de risco para desenvolver hipertensão arterial:
·         – Tabagismo
·         – Colesterol e triglicérides elevados;
·         – Diabetes;
·         – Excesso de peso e obesidade;
·         – Fatores genéticos;
·         – Idade (com o envelhecimento naturalmente há o enrijecimento das artérias);
·         – Excesso de consumo de sal – a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que não ultrapasse a quantidade de 2g de sódio por dia, o que representa o máximo de 5g de sal/pessoa/dia;
·         – Etnia (maior gravidade em afrodescendentes);
·         – Sedentarismo,
·         – Estresse
Dicas de prevenção e controle:
·         – Aferir a pressão arterial periodicamente, conforme orientação do médico;
·         – Praticar atividades físicas regular;
·         – Evitar o sobrepeso e obesidade;
·         – Optar por uma alimentação balanceada e saudável – ingerir mais frutas, verduras e legumes e preferir alimentos com pouco sal e que não sejam fritos;
·         – Reduzir ou, se possível, evitar o consumo de álcool;
·         – Não fumar;
·         – Evitar o estresse. Dedicar um tempo à família, aos amigos e ao lazer;
·         – Não abandonar o acompanhamento médico, pois o tratamento é para a vida toda;
·         – Seguir as orientações médicas.

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Sobre o Hospital VITA – A primeira unidade da Rede VITA no Paraná foi inaugurada em março de 1996, no Bairro Alto, e a segunda em dezembro de 2004, no Batel. O VITA foi o primeiro hospital brasileiro a conquistar, no início de 2008, a Acreditação Internacional Canadense CCHSA (Canadian Council on Health Services Accreditation). A certificação de serviços de saúde avalia a excelência em gestão e, principalmente, a assistência segura ao paciente. Além disso, o VITA é um dos hospitais multiplicadores do Programa Brasileiro de Segurança do Paciente (PBSP). Ele visa disseminar e criar melhorias inovadoras de qualidade e segurança do paciente. Integra também o grupo de hospitais da Associação Nacional de Hospitais Privados – ANAHP. O VITA oferece atendimento 24 horas e é referência nas áreas de cardiologia, cirurgia geral, neurologia, cirurgia bariátrica, medicina de urgência, urologia, terapia intensiva, traumato-ortopedia e pediatria. Além disso, dispõe de um completo serviço de medicina esportiva, prestando atendimento a atletas de diversas modalidades; serviço de oncologia; Centro Médico e Centro de Diagnósticos. Para garantir um alto nível de qualidade nos serviços prestados aos pacientes, o VITA tem investido em ampliação da infraestrutura, tratamentos com equipes multidisciplinares, modernização dos equipamentos, humanização no atendimento, qualificação dos profissionais e segurança assistencial. www.hospitalvita.com.br

quarta-feira, 17 de abril de 2019

DIABETES E OVOS DE PÁSCOA… PODE?


Como estamos próximos da Páscoa e a oferta de chocolate, neste período, é grande. Vamos tocar neste assunto delicioso e tentador!!! Nós já conversamos sobre alimentos diet, light e zero neste texto e tiramos algumas dúvidas de pessoas que acabaram de descobrir que têm diabetes. Vamos falar de chocolate?

O chocolate libera substâncias no corpo que dão prazer e calma. São associadas à sensação de felicidade e outras que geram efeito energético sobre a concentração e a capacidade física.

Para a maioria das pessoas é só ouvir falar de chocolate pra dar água na boca! Quem tem diabetes não precisa passar vontade. Mas precisa ter consciência da composição dos alimentos presente nas tabelas nutricionais que devem estar na embalagem de cada produto. E, claro! Atentar para as quantidades!

Veja abaixo a composição nutricional de dois ovos de páscoa. Um diet e o outro ao leite, ambos da Nestlé:
                   Ovo de Páscoa Classic Diet (30 g)           Ovo de Páscoa Classic ao Leite (30 g)
Calorias                            140 Kcal                                                      159 Kcal
Carboidratos                   16 g                                                              18 g
Gorduras                          10 g                                                              9 g
Proteínas                          2 g                                                               1,7 g

Não é porque um alimento não tem açúcar que ele não aumenta a glicemia, e isso também vale para o chocolate. Hoje sabemos que tanto o açúcar (sacarose) quanto outras formas de carboidratos, gorduras e proteínas de um alimento também aumentam a glicemia. A diferença é em quanto tempo o açúcar proveniente desses nutrientes chegarão à circulação sanguínea após a sua ingestão.
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Carboidrato se transforma em açúcar no nosso corpo

Os carboidratos são os nutrientes que elevam mais a glicemia e mais rapidamente. Os carboidratos simples, como a sacarose e frutose (açúcar das frutas), elevam a glicemia em 15 a 20 minutos após a sua ingestão.
Os carboidratos mais complexos como os que estão presentes nas farinhas, arroz, feijão, legumes, cereais, etc; chegam à circulação na forma de glicose 1 a 2 horas após a sua ingestão.

Quantidade

Portanto, preste atenção, principalmente à quantidade, mas também observe o tipo de carboidrato. As proteínas e gorduras quando ingeridas em quantidades maiores elevam a glicemia 4 a 8 horas após a sua ingestão.
Por exemplo, algumas pessoas com diabetes tipo 1 ao jantarem pizza, dormem com a glicemia adequada, mas acordam com a glicemia elevada no dia seguinte, devido à quantidade maior de gordura que aumenta a glicemia mais tardiamente.
O chocolate também possui uma quantidade considerável de gordura e a ingestão de grandes quantidades. Portanto, poderá elevar a glicemia após 4 horas da sua ingestão.

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FONTE:http://gliconline.net/chocolate-diabetes/

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Presidente do Gada Cajazeiras representou a Paraíba em Importante evento no Estado de São Paulo.


O jovem Ronaldo Rodrigues esteve entre os dias 10-12 de Abril na Cidade de São Paulo, oportunidade em que esteve presente ao evento de Advocacy produzido pela Associação de Diabetes Juvenil-ADJ.

O evento buscou fortalecer a rede de associações brasileiras que lutam pela efetivação de políticas públicas em todo o Brasil.

O Grupo Gada esteve entre os 35 selecionados do projeto e apresentou algumas das ações desenvolvidas na região do alto sertão paraibano.

Segundo Ronaldo Rodrigues: “Esse é um momento de nos unirmos e continuarmos a fortalecer a assistência dos pacientes com diabetes, precisamos continuar efetivando as nossas politicas públicas a nível municipal e estadual. É necessário que juntos somemos auxiliando um ao outro na efetivação dos direitos” destacou Ronaldo Rodrigues que também é DM Tipo I.






sexta-feira, 5 de abril de 2019

PGR DEFENDE QUE UNIÃO FORNEÇA MEDICAMENTOS PARA PORTADORES DE DIABETES DO TIPO 1


A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão liminar do presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, que suspendeu a obrigação da União de fornecer os medicamentos Glargina e Detemir a pessoas com diabetes melittus tipo 1. Esses tipo da doença é de difícil controle e, por isso, os pacientes não se adaptam às insulinas tradicionais, alerta a Procuradoria.

A PGR pede que a decisão de Toffoli seja reconsiderada ou levada para análise do Plenário, e lembra que na primeira e segunda instâncias houve determinação – em caráter liminar – para que a União fornecesse os medicamentos. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria.
“Do Supremo Tribunal Federal espera-se, por fim, em sede recursal, provimento que afaste a suspensão indevida, contrária à ordem jurídica e à saúde pública, tendo como fundamentos o princípio da dignidade humana e o direito à vida, que devem se sobrepor, em casos como o examinado, aos interesses econômicos do ente público condenado em primeira e segunda instâncias”, destaca a PGR em um trecho do recurso. Uma das alegações da União para se livrar da obrigação de fornecer os medicamentos foi o “risco de grave comprometimento à economia, saúde e ordem pública”.
Raquel Dodge se insurge contra essa argumentação. Para ela, a manutenção da decisão oferece mais riscos de atingir a ordem constitucional do que os possíveis danos econômicos pela União. Segundo a procuradora-geral, o objetivo da ação civil pública foi o de garantir o respeito ao direito fundamental das pessoas portadoras de Diabetes Melittus tipo 1, e está amparado na Carta Magna.
“Os artigos 196 e seguintes da Constituição estabelecem a saúde como direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”, pondera.
No recurso, a União também ressaltou que houve “intervenção indevida do Poder Judiciário na esfera discricionária de atuação da administração pública”. No entanto, a PGR afirmou ser “justificada essa intervenção para que a omissão do poder público seja corrigida”.
Raquel Dodge foi enfática ao afirmar que não existe discricionariedade quando o que se está em jogo é o respeito dos direitos fundamentais dos cidadãos. Ela afirmou que a ação do Judiciário, neste caso específico, vai ao encontro da defesa dos direitos constitucionais. Ressaltou, ainda, que o Judiciário não está tentando obrigar o Estado a formular política púbica, mas fazendo com que sejam cumpridas as obrigações existentes.
“Quando há dever do Estado descumprido, em especial em área tão cara como a de que tratam os autos, é plenamente justificada a intervenção do Judiciário, para correção do que segue contra a normatização em vigor, sanando omissão injustificável do Poder Público”, argumentou a chefe do Ministério Público Federal.
Em sua avaliação, a suspensão da liminar concedida à União é medida protetiva, “a ser proferida em favor de um grupo vulnerável que necessita de atuação efetiva e urgente do poder público”.
FONTE:https://www.tiabeth.com/index.php/2019/03/25/pgr-defende-que-uniao-forneca-medicamentos-para-portadores-de-diabetes-do-tipo-1/